Me visitam

novembro 29, 2011


“Sem dúvida, não há nada de mais natural, hoje em dia, do que ver as pessoas trabalharem da manhã à noite e optarem, em seguida, por perder nas cartas, no café e em tagarelices o tempo que lhes resta para viver. Mas há lugares em que as pessoas, de vez em quando, suspeitam que exista algo mais. Isso, em geral, não lhes modifica a vida. Simplesmente houve a suspeita, o que já significa algo.”

novembro 28, 2011


Talvez a miséria tenha chegado. Não se pode viver da própria alma. Não se pode pagar o aluguel com a alma. Experimente fazer isso um dia. É o início do Declínio e a Queda do Ocidente, como Splenger dizia. Todo mundo é tão ganancioso e decadente, a decomposição realmente começou. Eles matam gente aos milhões nas guerras e dão medalhas por isso. Metade das pessoas deste mundo vai morrer de fome enquanto a gente fica por aí sentado vendo TV.

novembro 27, 2011


Pode parecer promessa, mas eu sinto que você é a pessoa mais parecida comigo que eu conheço só que do lado do avesso. Pode ser que seja engano, bobagem ou ilusão de ter você na minha. Mas acho que com você eu me esqueço e em seguida eu aconteço. Por isso deixo aqui meu endereço. Se você me procurar eu apareço. Se você me encontrar te reconheço.

novembro 26, 2011


" O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos. A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas. Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela. Eu estava esperando. Está é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação. A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direções. Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."

Que eu entre logo em erupção...

novembro 21, 2011


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço, e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

novembro 16, 2011


A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia. Somos pra sempre.

novembro 15, 2011


Conte, conte, o universo é feito de histórias, não de átomos".

novembro 12, 2011


"Queria apenas tentar viver aquilo que brotava espontaneamente de mim. Por que isso me era tão difícil?".

novembro 09, 2011


"(...) tontos de amor não dado".

novembro 06, 2011


“(...) mas sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura."



Meu tratamento com placebo está perdendo o efeito, sinto que começa me faltar o chão mais uma vez, meus medos me paralisam , meu coração acelerado faz minha mente girar. Estou em pânico, minhas mão tremulas e frias denunciam meu descontrole, meu pulso rápido precipita minhas atitudes, corro em direção a um porto que não enxergo, sinto medo de estar só mais uma vez.
Estou dentro de mim, fazendo um esforço para não fugir, estou presa a alguma forma de conforto e de ilusão que me faz ficar parada, achado que nada de mal me acontecerá, mudo meu foco, alimento-me de bons pensamentos, procuro não viver a realidade, ela muda meu eixo, me seguro, todos crêem que estou a salvo, o precipício me espia, me seduz, todos os dias tira algo de minhas mãos.

novembro 01, 2011


Sabe quando você era uma garotinha e acreditava em contos de fadas? Aquela fantasia de como sua vida seria - o vestidinho branco, o Príncipe Encantado que iria te carregar até o castelo. Você se deitava na cama à noite, fechava os olhos e acreditava piamente em tudo. No Papai Noel, na Fada dos Dentes, no Príncipe Encantado - eles estavam tão perto de você que dava para sentir o gostinho deles. Mas aí você cresce e um dia você abre os olhos e o conto de fadas desaparece. A maioria das pessoas acabam então se dedicando às coisas e às pessoas em que confiam. Mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque quase todo mundo tem um tiquinho de fé e esperança que uma dia eles vão abrir os olhos e tudo aquilo vai se tornar realidade.
Ao final de um dia, a fé se torna uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera. É como se, um dia qualquer, você percebesse que o conto de fadas é um pouco diferente do seu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E que não é tão importante ter um "felizes para sempre" e sim um "felizes nesse exato momento". E, uma vez ou outra, as pessoas podem até de deixar sem fôlego...