Me visitam

abril 21, 2010

Na vida


Há o medo, medo de como as pessoas vão te encarar lá fora, medo de como elas irão julgar teu comportamento infantil, quando nunca poderão saber que atrás daquilo que você aparenta ser tem aquilo que você é, e te faz sentir mal porque você parece ser tão pouco e pequeno diante da segurança de todos.
Há o desconforto de nem você mesmo entender porque age as vezes se importando tanto com que tipo de imagem farão de você, quando no fundo ninguém jamais se importará com todas as lágrimas que já chorou, com todos os erros que perdoou, ou quantas vezes você já parou pra pedir pela vida de quem te faria falta.
Há ainda aquilo que você não precisa, aquilo que fazem você acreditar que é vital, umas festa das quais você precisa participar pra ser da turma, uns uniformes que você tem usar pra parecer interessante, umas musicas que agridem teus ouvidos mas e preciso decorar a letra pra cantar em coro.
Não vivemos mais um ditadura militarista, não se engane, somos vitimas de nós mesmos, da falta de visão que temos quando nos olhamos no espelho e procuramos alguém parecido, igual a todos, um padrão quando é impossível padronizar a vida, quando cada um tem uma história ou melhor um ponto de vista diferente as vezes da mesma história, as vezes eu só queira um tempo, um botão de pause pra organizar minhas ideias e ver as coisas menos nessa marcha onde todos nos movemos no mesmo instante e ninguém mais consegue ver uma coisa de cada vez e tudo se torna um, o padrão está alto demais e eu já não sou compatível, não vou alcançar sorry.







"Há cento e trinta anos, depois de visitar o país das maravilhas, Alice entrou num espelho para descobrir o mundo ao avesso. Se Alice renascesse em nossos dias, não precisaria atravessar nenhum espelho: bastaria que chegasse à janela."

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