Me visitam

outubro 29, 2009


Quando entrei naquele ónibus parecia uma excursão de 8° serie e todos interagiam entre si, menos eu, sei que ando meio melancólica mas essa solidão esta virando minha marca, todos os dias as mesmas pessoas os mesmos rostos e sempre essa indiferença minha, deles.
Caminho pra casa, caminho pra rua, vou a faculdade, ao trabalho, a academia, sempre eu e meus pensamento, como a menina do copo de agua, alheia a realidade, compenetrada apenas nos meus pensamentos e nas imaginações de uma vida real.
Acho que tudo tem um limite, eu também tenho de ter o meu, onde começa minha vida onde pessoas reais com defeitos com qualidades entrarão e me farão pensara o que é certo e o que errado, as pessoas que conheço fui eu quem criou elas so tem os defeitos que eu permito. Essas já não me servem.



A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade

outubro 28, 2009


"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."

Martha Medeiros

outubro 27, 2009

Eu queria ter dito


As vezes é preciso gritar para pessoas que estão indo que fiquem, que sentiremos sua falta. Tenho muito medo da vida,  de tudo que ela é capaz de mudar em um segundo, porque essa coisa de destino pré programado por algo ou alguém é meio estranho, tem dias que você só quer que a vida pare e você possa dizer para as pessoas "eu to aqui" pense em mim as vezes porque eu me importo.
Sigo uma vida em que as coisa que eram pra mim ficaram pra depois, eu sempre aguento um pouquinho mais, quando minha mãe deixou meu pai, isso não me foi explicado direito até hoje,  me pergunto onde fiquei nessa história, ninguém me perguntou o que achava, quando meu pai resolveu sentir se ferido e magoado, esqueceu que ainda tava lá esperando um sentimento que fosse, quando decidiram com quem eu ficaria  tive de ser forte e fingir que nada mudaria na minha vida, na verdade de minha vida não tinha nada ali.
As vezes eu só preciso de um abraço e não ha ninguém lá para mim, tenho amigos que não me ouvem ou não se importam, não sente como eu, e eu sei. As pessoas estão acostumadas comigo ou resolvendo tudo e me virando, ou deixando pra lá, eu sempre aguento mais uma .




E um dia se atreveu a olhar pro alto
Tinha um céu mas não era azul
No cansaço de tentar, quis desistir
Se é coragem eu não sei

outubro 09, 2009

Eu vivo na bolha

Eu me dei conta de que o passado é um rolo compressor que vai triturando tudo e que nada volta a ser igual. Eu encontrei alguém que não via a muito tempo hoje, eu não fui eu mesma, eu não sei mais quem sou para aquela pessoa, eu não sei quem sou pra mim naquela pessoa.

Eu sinto saudade e visto o passado de roupas limpas, eu digo tudo foi duro, complicado e lindo, no fundo sabemos que não foi bem assim e nem nunca terá essa poesia que parece ter.

Eu tive muitas experiências, eu aprendi barbaridades, eu não sei de mais nada, eu só sei que estou um pouco solitária e muito cetica.

Não encontrei nenhum amor, não me reinventei diversas vezes, nem sei se valeu mesmo tudo a pena, eu ainda sinto algum vazio as vezes, quando fico em casa no final de semana na Internet, sem ter com quem conversar, ou quando saio pra dançar com amigos que nada sabem de mim, e que acham que poder me ensinar tudo daquilo que não quero aprender não trago nada novo na bagagem.

Eu sou sombria e sinuosa, eu posso estar anos com muitas pessoas e saber- me tão distante delas quanto no primeiro dia, eu posso nunca sentir falta de alguém se eu quiser, mas as vezes escolho ter sentimento que me machucam por medo de me acostumar com minha própria frieza.

Eu quero ser medica de P.S. e advogada de bandidos, eu quero viver no limite entre a vida e a morte, entre o humano e o animal que existem em cada um, quero saber sempre pra esquecer das coisas que não aprendo por mim mesma, quero permitir a outros os risco que não me permito, e viver como expectadora que sempre fui.

Vou seguir na minha bolha e ver se estive mesmo certa como sempre achei, e nessa bolha de sensibilidade e comoção que me faz frágil não quero cair e me ver como realmente sou, bruta.

Encontrarei muita gente que passou pelo meu caminho e não saberei mais ser pra ela o que fui um dia, eu mudo, sentirei medo que estar deixando muita vida pra depois, deixarei muitas oportunidades passarem e chegarei onde eu quiser por que sei quais são os caminhos dos sonhos, só não saberei identificar o que eu quero por muito tempo, eu vou por um caminho que muita gente não sabe onde vai dar eu sigo só, e não é o caminho das rosas, mas ainda sim me leva pra um lugar onde todos vão chegar.








Se lembrar não é celebrar...
Dura é a dor quando aflora
Esquecer não é perdoar
Se consagrou sangra agora

outubro 08, 2009

Vou mudando


Incrivelmente verdadeira uma coisa que li hoje, é verdade que nossos conceitos a respeito de qualquer coisa muda de acordo de como vamos vendo as coisas, de acordo com o que nos acontece, as vezes por um minuto, as vezes por uma vida inteira, vemos tudo deformado ou então tudo bonito, e assim dizer o que está certo ou errado sobre alguma coisa e muito complicado.
Quero isso pra mim essa incerteza de sempre, quero saber que nada é definitivo, gosto de inconstância, inconstância consciente, essa gente que muda de convicção todo dia não tem direito de se achar certo de nada, tem de ter humildade de dizer que não sabe das coisas as vezes, e eu não sei de quase nada nunca.

Já fui Hippie, punk, capitalista, crente, feminista, defensora do meio ambiente, e não sei o que serei daqui a um ano, quero essa leveza do não sei, ainda que tenha de ter os pés firmes no chão pra saber quem sou e não sair seguindo cada moda passageira que tem por ai, quero ter certeza por pouco tempo, mudar de opinião sempre que houver chance e verdade naquilo que passo a acreditar, qualquer verdade, a minha também.

Por que a gente é uma carga do que vai acumulando no decorrer da vida, a gente encontra gente que nos mostra seu mundo e acabamos levando algo, nos temos de seguir por caminhos que não imaginávamos e dai não saímos sem alguma bagagem, a gente vai pra faculdade e dizem coisa que não pensávamos que existissem, conhece gente que gosta de uma musica estranha, a gente ama gente que vem de outro pais e se relaciona com gente de outra cultura, a gente vê coisa velha que nos ensina coisa de hoje, a gente descobre tudo que pode até um certo tempo, depois de ter esquecido da metade e discordado do resto , a gente pensa que sabe de tudo e vive sem saber porque, e isso é vida nada de certezas que vão e vem, nada da dureza de estar certo sempre, por que não ter noção de nada nos faz livres e abertos pra tudo que possa nos preencher e depois é encontrar uma meio de selecionar as coisas que realmente vale a pena.






Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou

outubro 06, 2009

Passageiros


Nós poderíamos ter deixado tudo como estava e seguido em frente, sem tentar mais nada, não daria certo, tínhamos certeza que não daria certo, e deu?
Sei que você se pergunta por que, e não encontra qualquer motivo certo e seguro pra ter dito sim e persistido nisso, quando te perguntei por que me amavas não tinha se quer uma razão lógica e foi isso que me fez acreditar no seu amor.
Olho as coisas passando, o tempo que não espera ninguém e fico me perguntando como teria sido se não tivesse insistido se fé nenhuma como fiz contigo, não há nada mais destrutivo que insistir se fé. Tudo que nos cercava era uma uma bruta realidade dizendo que éramos o opostos em tudo e tudo nos levava pra longe em qualquer direção que fossemos, esse amor me doía, até hoje me doí.
Não sou como os outros você sabe, não estou disposta a aprender, a me envolver, a ser real, a ter qualquer coisa que possa ser motivo de orgulho, você não precisava de mim em nada e me sentia em tudo eu sei. Muito mais que física, nossa historia e astronómica e lúdica, uma poesia ao contrario contada por calculistas, mas tem ritmo, som e muita fúria essas verdades ditas por nós em momentos em que a verdade é totalmente dispensável, e ela sempre é para o amor.
Nesses encontros e desencontros que tivemos, nesses caminhos de bizarros sentimento confusos, tudo valeu a pena.
De todas as marcas que deixamos um no outro, e as cicatrizes desse amor mal resolvido, creio que as historias fizeram nossas vidas e não seriamos nada do que somos, se não nos esbarrássemos pelo caminho, e quando o tempo passar finalmente e tivermos de desembarcar em algum lugar, quando me pergutarem de que lembrarei, direi que foi voce que fez sentir viva na maior parte da viajem, e que se tiver que voltar te escolho como compania nesse caminho estranho doloroso e assustador que é a vida de cada um.









Voar Num limite improvável
Tocar O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz

outubro 05, 2009

As minhas cores


Quero ver quem consegue me dizer se há algo mais bonito e com perfeita harmonia de cores do que uma goiaba, uma melancia ou uma joaninha, eu adoro.
Tem sempre a semente de uma ameixinha azeda que eu comia na casa da minha avó, a textura da semente depois que estar na boca não tem nada parecido, ou imaginar uma banana doce e estranhamente macia sem nenhum caroço e incrível.
É dessas coisas que é feita a vida, de coisa inexplicáveis pelos sentimentos que despertam em nós, não sei se você gosta de vermelho e verde e nem sei se gosta de banana ou ameixa, mas tem coisa que não se explicam assim como as outras, tem coisa que tem um contexto de vida acarretado a ela que só você pode definir e ninguém mais.
A minha vida as vezes parece sem uma razão objetiva e tem dias que parece que não vale a pena, parece hipocrisia quando tento ver beleza enquanto tantos lutam pra mantarem-se vivos com um prato de comida por dia, isso quando há. Mas pensado bem há tanta coisa por onde se pode espiar um pouco de divertimento e uma pouco do belo, é preciso enxergar uma pouco adiante e ver como pode ser um tanto quanto melhor se conseguir ver além da minha tristeza e das minhas duvidas.
As vezes eu vou ao cinema sozinha, as vezes eu durmo até muito tarde, as vezes eu só quero não pensar nas responsabilidades do dia a dia, me divertir e deixar acontecer, esquecer que o tempo passa pra mim também, as vezes eu esqueço que estou longe de casa e que nem tudo é como eu gostaria, as vezes eu esqueço que eu fiz as coisa estarem assim como estão.
Nessas horas eu lembro que sempre foi muito engraçado ver as pessoas rindo de mim, que minha avó me pegava no colo quando eu já tinha a sua altura, que eu tinha primos que me ensinaram como não perder um segundo de uma infância perfeita, que eu tive um cachorro apaixonado por mim, que eu fui feliz e sei bem como isso pode custar pouco as vezes. Eu lembro nessa hora que se algo acontecer vai ter sempre alguém lá que se importa, que sim eu tenho alguns amigos bons que não competem comigo e acham que eu mereço, que minha mãe liga se eu estiver magoada, e ainda há muita coisa a aprender mesmo que se tenha de dar um passo para trás em alguns outros planos.

Porque na verdade eu adoro a cor vermelha, eu gosto de musica eletronica, estou para uma personagem de Almodôvar a Nelson Rodrigues, gosto de criança, quero ser mãe, tenho uma família quase perfeita, não sei o que fazer da vida, as vezes me vicio em solidão, as vezes como muito pra compensar, vejo novela, vou ao cinema ver filme dos quais nunca ouvi falar, ouço musica que as pessoas consideram muito chatas, sou capitalista, queria ser melhor, já fui o oposto de tudo isso, sonho em casar, ter uma casa na praia, morar na França por um tempo, trabalhar em NY, ou SP já tá bom, eu sou humana acima de tudo e todas as coisas que disse, o que na verdade não precisam ser ditas por que são elas que fazem o que eu sou ou o que eu vou me tornar.






Nada de novo no meu mundo
Eu vivo o segundo
Meu tempo é o meu lugar
Nada me tira do meu rumo
Eu sigo o meu prumo
O meu jeito de ser
Nada espero que não tenha
O que vier que venha
Sem me atropelar
Tudo que quero é o mar aberto