Me visitam

novembro 17, 2014

Não é diferente de nenhum dos outros momentos críticos pelos quais ja passei, mas agora não ha sequer esperança de um dia ser melhor.
Eu cheguei ao destino, aquele que fez que todos fossem deixados para trás, não há nada aqui, mas ainda há muitos esqueletos nos armários que não sei como vou me livrar.
Não me arrependo de quase nada, quem sabe uma estrada diferente, um pouco mais de pressa, e talvez ter voltado atrás em certos caminhos, no mais era isso ou nunca saber o que me esperava do outro lado.
A sensação habitual de solidão e vazio agora é certa, é uma especie de premio, a coisa mais real entre todas a ilusões perdidas, o vazio é denso e material, acredito que a física esqueceu de defino-lo, é material, eu sei, quem me ve andar na rua percebe logo que pesa.
Os hormônios voltaram a criar, bom sinal, ainda tem algo a ser dito, mesmo que não haja mais pra quem dizer, esse ascetismo nega todo o desejo, limpa, esteriliza até sangrar, me agarro a altruísmos baratos para ser salva, não há quem queria o meu bem.