Me visitam

dezembro 28, 2011


(…) E deslizo para esta solidão demasiado humana de não poder voltar a ser sozinho, como era quando tu existias, nesta mesma cidade, e eu já nem sequer pensava em ti.

dezembro 12, 2011


Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: “Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?” E o que estou tentando vivenciar. Certo, muitas ilusões dançaram — mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis, becos-sem-saída. Nada é muito terrível. Só viver, não é?

dezembro 10, 2011


Amei uma pessoa, não pelo que ela realmente era, mas por tudo que representava pra mim naquele momento e nos momentos que segui amando-a, eu na verdade não queria a liberdade de viver outro amor, não queria esquecer aquela triste história que me fazia sofrer, eu poderia viver disso eternamente, porque duas semanas de um amor de verão foram meu refugio durante os longos 5 anos de faculdade, talvez eu pudesse levar sozinha aquele sentimento por toda a minha vida e ainda que soubesse que perderia grande parte do espetáculo, não queria me livrar desse amor.
Talvez eu fosse realmente uma daquelas pessoas que amam de verdade apenas uma vez na vida, ou criei alguém perfeito que pudesse amar sem questionar esse sentimento devido a sua inexistência, tive tempo de cultivar aquele sentimento, de podar todas os defeitos daquela pessoa, ele é claro não estava totalmente isento da culpa de me iludir, ele o fez por esse caminho, de maneira fina e delicada alimentava em mim a esperanças que os apaixonados precisam pra seguir amando, dando desculpas diversas por estarmos separados, dizendo que se fosse diferente seriamos um, e a tragédia estava completa, eu estava totalmente inebriada pela dor, eu queria sentir aquilo, afinal foram muitas comédias românticas pra chegar aquele nível de inocência em relação as homens.



Uma mescla dessa maliciosa impressão que às vezes degenera na necessidade de remexermos propositadamente na ferida, pelo desejo de nos distrairmos com o nosso próprio sofrimento, reconhecendo precisamente que no exagero de toda infelicidade há também um prazer.

dezembro 08, 2011


Hoje à noite lua alta, faltei e ninguém sentiu a minha falta.


Começar qualquer pedido com o maior de todos o " Eu quero ser Feliz", e quando me pergunto o que é ser feliz já não sei responder, não é como eu imaginei que seria, ter um emprego, um marido, filhos, uma carreira promissora, nada disso é a tradução da felicidade, palavra que confunde nossas cabeças e nos faz consumir coisas do que precisamos.
Eu realmente não busco aqui uma resposta para a pergunta do que seria essa felicidade, nem me pergunto qualquer coisa, as vezes prefiro ficar com os pensamento soltos sem questionamentos que não me levam a nada, as vezes nem quero o que a maioria quer, em outras sinto que desperdiço meu tempo tentando me poupar das aflições.
Sabe ando procurando justificativa para a inercia em que vivo, a resposta é uma só, eu não quero, diante de tudo que sei, das analises que fiz, a resposta só pode ser uma, eu realmente não quero uma vida diferente dessa, eu não quero esse amor, eu não quero esse sacrifício, eu não posso abrir mão do não saber o que acontece no fim da linha.
Eu poderia simplesmente admitir que ando muito só, mas eu não gosto de pessoas, sinceramente as pessoas tem me cansado, eu não consigo mais confiar nelas, eu não consigo mais parar de vê-las por de trás do que realmente são, eu não tenho mais a boa ilusão quanto ao que poderiam me parecer, isso me fere, porque sempre é mais do mesmo, inclusive eu.
Eu não quero alguém exatamente igual a mim, alguém que fez seu próprio destino, construiu sozinho sua história, conhece o árduo caminho que percorri, eu quero alguém livre de toda mágoa que acumulei, de toda a arrogância dos que foram abandonado e sobreviveram, eu quero alguém que tenha um porto, uma saída se eu der errado, na verdade quero uma história muito diferente da minha, mais fácil, mais doce e calma.
Eu não sou triste, nem estou, um pouco amarga quem sabe, mas ainda assim eu tento manter-me na linha, sem drama, sem tipo. Eu cresci esses dias, eu me afastei de umas pessoas, elas ainda me fazem falta, não farão daqui a pouco, eu fui embora e ninguém notou, eu prefiro assim, quem sabe o destino, o universo ou a vida volte a me surpreender algum dia, ai eu volto, sofro e sinto tudo outra vez, por enquanto o que eu quero e que o tempo continue passando.

dezembro 06, 2011


Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou váriamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros).
Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpétuamente, me ponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada, por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.

dezembro 05, 2011


“Quanto a mim, não posso, dadas as tendências variadas do meu espírito, contentar-me com uma única maneira de pensar. Como poeta e artista sou politeísta, como naturalista, inversamente, sou panteísta, e uma coisa tão decididamente como a outra. Se eu tiver necessidade de um Deus para uma personalidade de ser moral, está tudo preparado para responder também a essa exigência. As coisas do Céu e da Terra são um domínio tão vasto que unicamente os órgãos de todos os seres reunidos são aptos para as envolver.”

dezembro 04, 2011


Não foi à toa que Adélia Prado disse que ‘erótica é a alma’. Enganam-se aqueles que pensam que erótico é o corpo. O corpo só é erótico pelos mundos que andam nele. A erótica não caminha segundo as direções da carne. Ela vive nos interstícios das palavras. Não existe amor que resista a um corpo vazio de fantasias. Um corpo vazio de fantasias é um instrumento mudo, do qual não sai melodia alguma. Por isso, Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita quando se pretende casar: ‘Continuarei a ter prazer em conversar com esta pessoa daqui a trinta anos?’

novembro 29, 2011


“Sem dúvida, não há nada de mais natural, hoje em dia, do que ver as pessoas trabalharem da manhã à noite e optarem, em seguida, por perder nas cartas, no café e em tagarelices o tempo que lhes resta para viver. Mas há lugares em que as pessoas, de vez em quando, suspeitam que exista algo mais. Isso, em geral, não lhes modifica a vida. Simplesmente houve a suspeita, o que já significa algo.”

novembro 28, 2011


Talvez a miséria tenha chegado. Não se pode viver da própria alma. Não se pode pagar o aluguel com a alma. Experimente fazer isso um dia. É o início do Declínio e a Queda do Ocidente, como Splenger dizia. Todo mundo é tão ganancioso e decadente, a decomposição realmente começou. Eles matam gente aos milhões nas guerras e dão medalhas por isso. Metade das pessoas deste mundo vai morrer de fome enquanto a gente fica por aí sentado vendo TV.

novembro 27, 2011


Pode parecer promessa, mas eu sinto que você é a pessoa mais parecida comigo que eu conheço só que do lado do avesso. Pode ser que seja engano, bobagem ou ilusão de ter você na minha. Mas acho que com você eu me esqueço e em seguida eu aconteço. Por isso deixo aqui meu endereço. Se você me procurar eu apareço. Se você me encontrar te reconheço.

novembro 26, 2011


" O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não que não consegui resistir a ele. Enfrentei meus sentimentos. A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas. Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela. Eu estava esperando. Está é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação. A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direções. Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."

Que eu entre logo em erupção...

novembro 21, 2011


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço, e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

novembro 16, 2011


A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar. Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia. Somos pra sempre.

novembro 15, 2011


Conte, conte, o universo é feito de histórias, não de átomos".

novembro 12, 2011


"Queria apenas tentar viver aquilo que brotava espontaneamente de mim. Por que isso me era tão difícil?".

novembro 09, 2011


"(...) tontos de amor não dado".

novembro 06, 2011


“(...) mas sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura."



Meu tratamento com placebo está perdendo o efeito, sinto que começa me faltar o chão mais uma vez, meus medos me paralisam , meu coração acelerado faz minha mente girar. Estou em pânico, minhas mão tremulas e frias denunciam meu descontrole, meu pulso rápido precipita minhas atitudes, corro em direção a um porto que não enxergo, sinto medo de estar só mais uma vez.
Estou dentro de mim, fazendo um esforço para não fugir, estou presa a alguma forma de conforto e de ilusão que me faz ficar parada, achado que nada de mal me acontecerá, mudo meu foco, alimento-me de bons pensamentos, procuro não viver a realidade, ela muda meu eixo, me seguro, todos crêem que estou a salvo, o precipício me espia, me seduz, todos os dias tira algo de minhas mãos.

novembro 01, 2011


Sabe quando você era uma garotinha e acreditava em contos de fadas? Aquela fantasia de como sua vida seria - o vestidinho branco, o Príncipe Encantado que iria te carregar até o castelo. Você se deitava na cama à noite, fechava os olhos e acreditava piamente em tudo. No Papai Noel, na Fada dos Dentes, no Príncipe Encantado - eles estavam tão perto de você que dava para sentir o gostinho deles. Mas aí você cresce e um dia você abre os olhos e o conto de fadas desaparece. A maioria das pessoas acabam então se dedicando às coisas e às pessoas em que confiam. Mas o lance é que é difícil se desprender totalmente de um conto de fadas porque quase todo mundo tem um tiquinho de fé e esperança que uma dia eles vão abrir os olhos e tudo aquilo vai se tornar realidade.
Ao final de um dia, a fé se torna uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera. É como se, um dia qualquer, você percebesse que o conto de fadas é um pouco diferente do seu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E que não é tão importante ter um "felizes para sempre" e sim um "felizes nesse exato momento". E, uma vez ou outra, as pessoas podem até de deixar sem fôlego...

outubro 31, 2011


Ai daqueles
que se amaram sem nenhuma briga
aqueles que deixaram
que a mágoa nova
virasse a chaga antiga

ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é pão feito em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não porque não tem asa

outubro 28, 2011


― Alguém disse uma vez que no momento em que paramos a pensar se gostamos de alguém, já deixamos de gostar dessa pessoa para sempre.

outubro 27, 2011


Sou filho da descrença e da dúvida, até ao presente e mesmo até à sepultura. Que terrível sofrimento me causou, e me causa ainda, a sede de crer, tanto mais forte na minha alma quanto maior é o número de argumentos contrários que em mim existe!

Sabe esse não é mais um ano como os outros, é para ser um ano diferente, mais tranquilo apesar das lutas já agendadas, é para ser um ano mais alegre, apesar das nuvens que sempre vem nos visitar nossos dias ensolarado, é para se ter esperança, qualquer que seja ela.
Sinceramente apesar de poder ver toda a verdade que há, toda desilusão que o mundo nos faz provar, eu realmente preciso me segurar no belo, no sutil, no lado positivo, é de esperança que eu preciso, pra vencer meus medos, para dar sentido aos meus dias, para não desabar de cansaço.
Eu conheço todos os argumentos da razão, mas é preciso despir-me desse meu orgulho e me dar ao luxo de crer no invisível de vez em quando, para não e me perder nesse vazio que é a vida, pra não para quando é preciso seguir, por curiosidade, por amor, por ser a única chance de experimentar desses sabores, pra conhecer todas as pessoas, pra duvidar desse destino, pra não ter nenhum controle e me surpreender, sempre.
Se eu estiver errada só eu mesma saberei ou não, se eu estiver errada a vida me corrige, quero uma vida mais fácil, mais leve, mais minha, sem certezas e com todo a fé que possa haver.

outubro 25, 2011


E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.

outubro 20, 2011

Por 2012


Enquanto não encerramos um capítulo, não podemos partir para o próximo. Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora, soltar, desprender-se. As pessoas precisam entender que ninguém está jogando com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.


Estive distante uns dias, férias talvez, eu nem lembro onde eu fui, nem sei se realmente eu vivi, estive dormindo sem sonho, acordando sem vida, estive cansada esses dias, cansada de não fazer nada. O ano finalmente chega ao FINAL, sem dor, sem mágoa, vou pensar que tudo aconteceu pra que eu esteja finalmente mais preparada pro que virá, e virá algo novo eu sei.
Para que meu ano seja melhor do que este, pra que eu seja uma pessoa melhor do que está, pra que eu aprenda a lidar melhor com a vida, com os problemas que vida me traz, com as pessoas que a vida me apresenta, por um 2012 feito exclusivamente por mim, pra que eu faça dele uma ano bom, das minhas resoluções para o ano novo a primeira é que eu mesma serei a guardiã do meu destino, do meu humor, do meu ponto de vista, sem comparações, sem ressentimentos, sem tantos rodeios.
Por um 2012 realmente transformador, é hora de virar borboleta, seguir viagem, sem esquecer de olhar pra trás e admitir que o que aconteceu não tem mais volta, mas o que eu aprendo com o que passou fará a pessoa que serei, por um 2012 em que eu me preocupe em construir mais coisas e não só em analisar situações, que eu me envolva mais com pessoas e que não tema as marcas que elas me deixarão, que eu consiga ver a verdade, não sinta apenas pena de mim, que eu abra o coração pra aprender o que tiver que ser aprendido, que seja um ano de evolução pessoal.
Por um ano em que eu finalmente seja a útil a alguém, a todos, a mim mesma, que eu finalmente entenda que não posso mudar o mundo e que isso não paralise meu ideal, que eu consiga caminhar com a mente aberta, que compreenda que nunca saberei o suficiente para não errar, que me contente em ser quem eu sou, que aceite o que eu sou, que eu realize pelo menos um dos meu desejos, que eu aprenda a dançar.

outubro 18, 2011

Joguei fora e lamentei. Sempre lamentamos ter jogado fora em certo momento da vida. Mas, se não jogamos fora, se não nos separamos, se queremos guardar o tempo, podemos passar a vida arrumando, arquivando nossa vida


Este ano eu disse pra alguém que eu o amava, eu disse sim, com muito receio, com medo de me machucar, com toda a cautela que se deve tem quando se declara sentimentos a alguém, eu arrisquei alto, eu perdi. Eu me joguei em um sentimento porque eu acreditei que ele era mais forte que tudo, eu achei que ele pudesse vencer qualquer barreira, que pudesse transmitir sensações, que soubesse interpretar palavras, eu estava enganada.
Se você me perguntar se depois de tudo isso eu deixei de acreditar, vou lhe ser sincera, sim, eu deixei de acreditar, foi frustrante, doloroso, humilhante, mas eu também aprendi que há uma coisa maior que o amor, há uma coisa que não sou eu que controlo, deve ser algum mecanismo que a vida criou pra que não desistíssemos assim tão fácil, há uma certa esperança em tudo ficar melhor.Essa esperança nos move, sem deixar que a certeza de um passado triste, nos impeça de crer em um futuro melhor, ela se instala até me corações como o meu, que já foram adaptados a solidão, que se habituaram a não ter fé, que não se comovem com facilidade.
Eu disse a alguém que eu o amava e não recebi um eu também de volta, mas eu estou livre desse sentimento em mim, eu estou livre de guardar algo até um dia em que já não seja tão bom quanto me parecia, eu tirei ele de mim e entreguei a quem devia, não sou mais responsável pelo que o outro fez com ele, eu me livrei da dúvida.
Eu me livrei de muita coisa esse ano, eu sou e estou outra, renovada como só a vida é capaz de me fazer, eu tenho esperança em uma coisa muito melhor, em amadurecimento, em confiança, em reciprocidade, eu tenho esperança de que o amor não seja apenas uma dor, que ele um dia seja leve, e que me transforme mais quantas vezes forem necessárias.

outubro 17, 2011


Mas ao contrário daquela vez não sentiu agora a comoção do amor e sim o abismo do desencanto. Num instante teve a revelação completa da magnitude do próprio engano, e perguntou a si mesma, aterrada, como tinha podido incubar durante tanto tempo e com tanta ferocidade semelhante quimera no coração.

outubro 16, 2011

Eu estava menos triste que de costume, porque a melancolia de sua expressão, a espécie de clausura que a violência da cor punha em torno dela e o resto do mundo, lhe davam alguma coisa de infeliz e solitário que me tranqüilizava.


Tem sido um ano difícil, já li vários textos começando com essa afirmação, mas tem mesmo sido um ano difícil, por esses dias possivelmente fecharei mais um ciclo de vida e por incrível que pareça não encontro entusiasmo pra comemorar, tem sido um ano cansativo.
Eu não sei o que o ano de 2011 representará na minha existência, a gente costuma lembrar pouco da horas nebulosas por que passa, os anos lembrados geralmente são os das conquistas, das vitorias, das perdas concretas e tangíveis, tem sido um ano de quebra interior.
Um ano de desesperos literalmente, de dissoluções, um ano em que me faltou o chão diversas vezes, em que eu tive de encontrar um caminho qualquer, foi um ano que me exigiu uma força que não sei se tenho, um ano de feridas abertas, onde sentir não foi pensar, um ano pra escolher continuar.
Tem sido doloroso, tediante, um ano de perguntas sem respostas, um ano sem afeto, de dureza, com fundamentos em areia, um paradigma existencial, será possível haver outro depois desse?
Tem sido um ano vazio, tem arrebentado as estruturas, tem destituindo verdades, tem feito querer parar, deveria ser o ano da aprendizagem, tem sido o ano do erro, dos errados, dos grandes grupos, da intolerância, da descrença, do ato violento em nome do normal, tem sido o ano do será.
Tem algo que ficou pra trás, lá no ano anterior, algo que não reconheceria como meu se encontrasse novamente, quem ficou no lado de lá não pertence ao lado de cá, tem sido um ano de adaptação sofrível, de rendimento zero, não tem evolução, não há compartilharmento ou comunhão, apesar da dor foi um ano de inercia.
Tem muitas de mim deixadas pra trás, umas partes de quem eu fui já me foram amputas em 2011, tem alguém aqui completamente estranho a tudo que vê, tem alguém aqui que talvez tenha crescido, mas acima de tudo envelheceu no espírito pelo ano cinza por qual passou, 2011 foi um agosto prolongado.
Talvez nunca tenha parado pra pensar em como corriam as coisas no período de um ano, saber que esse ciclo tem tempo determinado torna as coisas mais aceitáveis, pois ainda resta a esperança de que tudo melhore no ano seguinte, talvez nada esteja ligado ao calendário gregoriano, inventado simbolicamente para demonstrar a passagem do tempo, mas por mero costume prefiro achar que, findando um ciclo começa outro completamente diferente e assim consigo seguir na esperança de que o melhor me alcance.
Não quero o cinismo de saber que nada sobra da dor, quero a reação mais leve, quero manter-me conectada a vida, me surpreender com uma coisas novas, não quero que a humanidade da dor sirva de desculpa pra que eu não sonhe, que o medo não aprisione por muito mais tempo, quero liberdade pra ser inocente quanto ao que é real, quero a ilusão de que o tempo vá curar, mesmo que saiba que não há cura para o que sou.

outubro 13, 2011



"Às vezes os sentimentos melancólicos trazem consigo algum prazer também, um prazer suave, íntimo, consolador."

Provavelmente não me livrarei do estado de melancolia jamais, não porque tenha desistido de ser feliz mas principalmente porque esse é um traço que julgo importante na minha personalidade, meu psicanalista acredita que a personalidade poder ser modificada, se for assim prefiro mudar de analise.
Não gosto de ser dramatica, acho que isso chateia os outros, e acaba se tornando um fardo para os mais próximos, mas abrir mão que algo que diz quem sou a essa altura do campeonato, é me ver completamente sem rumo, a melancolia me aproxima da dor dos outros, me faz contemplativa e as vezes é charmosa, gostaria de ter uma medida que não extrapolasse a razão nem a paciência alheia, mas que permitisse que meus defeitos também fosse mantidos.
É óbvio que sei a importância das novas possibilidades e de como nos reinventamos diariamente, sei que posso ser quem eu quiser, me livrar das coisas que me causam mal, não tão facilmente como parece para alguns, mas julgo necessário admitir minhas falhas aceita-las como tal e conviver pacificamente entre elas, julgo necessário não me punir tantas vezes, nem me reprimir por não ter dado tão certo, por não levar a vida direito, por ser triste as vezes ou sempre, sem que haja uma razão especifica, me reinventar sabendo que o tempo traz mais coisas boas do que ruins, e que acima de tudo me ensina a me aceitar como sou, alegre não hilaria, melancolia não deprimente, madura não velha, me faz aceitar minha impotência diante de fatos da vida, diante de coisa que não tenho resposta, aceitar que não preciso de respostas, nem de manual, que a vida se encarrega dos meus erros.

outubro 12, 2011


O curioso sobre planos é que eles não levam o inesperado em consideração, quando lançamos uma bola com o efeito na vida temos que improvisar, mas alguns de nós são melhores nisso do que os outros, alguns de nós tem que pular para o plano "B" e fazer o melhor possível, as vezes o que nós precisamos é de um novo plano.

outubro 11, 2011


(…) E apesar de rir e fingir que não me importo, eu me importo sim. Tem dias que gostaria de ser diferente, mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com qual nasci, e mesmo assim tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.


É dificil saber se esse é um sentimento coletivo, ou algum tipo de doença emocional capaz de liquidar vidas, é difícil explicar que no contexto externo nada esta nos incomodando, mas que dentro fervilha de questionamentos vazios uma cabeça desequilibrada.
O importante é saber até onde resistiremos, até que ponto chegaremos sem que esses ferimentos nos matem, eles estão do nosso lado, mas ainda não nos consideram seus iguais, querem apenas ser legais e parecer politicamente correto, lutam para que eu esteja confortavelmente longe deles.
De tudo que não sei, as coisas que suponho não são nada encorajodoras, as vezes é preciso parar repensar a estratégia, ver quem é a massa de manobra, e fazer uma escolha pelo não, pela marcha em retirada, por jogar a toalha, alguém está me enganando e posso sentir isso a muitos quilometros de distancia, alguem me quer bem contente imaginando fazendo a diferença, a dor toma conta de uns, enquanto outros seguem sem ser atingidos, o que enlouquece alguns deles nem passa pela cabeça de outros, 7 biliões de seres produzidos em serie, poeira de espaço, sentimentos coletivos?

outubro 10, 2011



"Você me pergunta: que que eu faço? Não faça, eu digo. Não faça nada, fazendo tudo, acordando todo dia, passando café, arrumando a cama, dando uma volta na quadra, ouvindo um som, alimentando a Pobre. Você tá ansioso e isso é muito pouco religioso. Pasme: acho que você é muito pouco religioso. Mesmo. Você deixou de queimar fumo e foi procurar Deus. Que é isso? Tá substituindo a maconha por Jesusinho? Zézim, vou te falar um lugar-comum desprezível, agora, lá vai: você não vai encontrar caminho nenhum fora de você. E você sabe disso. O caminho é in, não off. Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha, nem mudando para Nova York, nem.




Eu preciso avisa-los de que essa mudança não depende somente de mim, e que não espero salvar nada além da minha pele, diga a todos que não quero redenção do meus pecados, quero viver em paz, com eles. Não me doutrine, me ajude, não ensine, me ouça, eu não procurei o caminho, eu estou apenas tentando vencer as barreiras que me impedem de caminhar.
Eu quero apenas um abraço, não um sermão, é na vivência que quero aprender, não através da esperiencia alheia, não me de uma estrada, não me mostre a direção, apenas não me impeça de ver com meus próprios olhos. Não duvido de você, mas eu sei que o que existe e maior do nos dois, eu nao quero compreender nada disso agora, nem acho que será possível a mim algum dia essa compreensão, não me venda lotes no céu, não me mostre o caminho da luz, eu preciso me arranjar, eu preciso me reequilibrar, aprender na terra qualquer coisa que ela queira me ensinar, eu não vejo outra saída, que minha humanidade não se perca nessa purificação da minha alma, eu preciso das duas coisas para ser completa.

outubro 09, 2011


Estou aqui para dizer-lhes algo
que é absolutamente inacreditável:
que vocês são deuses e deusas.
Vocês se esqueceram disso.


Tenho experimentado novas sensações por assim dizer, tenho me conectado com o infinito se é que se pode chamar assim, estou tentando entender minha espiritualidade, ultrapassando a minha humanidade ferina, indo além pra ver no que dá. O universo vem brincando comigo, existe uma atmosfera diferente em tudo que busco, talvez tenha chegado no meu limite, a loucura agora é uma questão de ponto de vista.
11:11, é assim que vejo no relógio sempre que me pergunto que horas são, não, na verdade só me pergunto que horas são as 11:11, os que me procuram logo me trazem noticias de algum tipo de Deus, ando a flor da pele, acreditando em fantasmas, temendo a morte, querendo respostas, estudando física quântica, me perguntado por que, hoje em dia por que não, tenho medo do que desconheço.
Ando tendo outros questionamentos, outras vibrações, tenho feito outro tipo de plano, me arrependido de repente pelo tempo perdido, tenho visto coisas que nem sei se existem, tenho precisando de outra conexão e tenho a plena certeza de que isso logo vai mudar, eu posso esta apenas confusa demais pra ver o que realmente está acontecendo, posso estar somente triste e fingindo que existe outro mundo além desse que me parece tão frio e solitário, minha inteligência limitadora grita para que me cerque do que é real, manda que eu finque meus pés no chão, minha cabeça gira e já não mais quem eu sou.

Talvez isso permaneça de alguma forma em mim, talvez meu ceticismo vença no final, talvez eu investigue que tipo de poder a musica tem sobre a minha alma e a energia que sinto fluindo seja, explicada mais tarde de algum modo mais pratico, talvez eu mude de opinião amanha, eu não tenho as respostas, eu não tenho certezas, eu tenho pouquissimo tempo.


outubro 06, 2011


A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber a bandeira de nossas mãos.

A história já nos deu provas suficientes do quanto podemos estar errados quando acreditamos em tudo que nós é contado por um lado só da realidade, já não vimos que não existe causas menores, ideais pequenos quando não estamos dentro de situação, que não podemos julgar sem viver, não sabemos nós, o estado deve temer seu povo e não ao contrario.
Tenho medo da minha geração, que acha que todas as causas já foram ganhas, que todas as guerras deflagradas e que ilusoriamente acreditam que vivem em um mundo perfeito, tenho medo da minha geração que discursa em favor da ordem, da moral, da "paz", que acredita que criticas ao governo e piadas sobre políticos servem apenas para se curtir nas redes sociais, minha geração que não percebe a manipulação dos noticiários, que não filtra o discurso da verdade, que não questiona, minha geração que não para pra pensar, não percebe a própria hipocrisia, o caminho que segue.
Tenho medo dessa gente que canta em coro a verdade de quem já lhe subjugou, de quem não está do seu lado, dessa gente que tenta ser parte de algo que não a quer, tenho medo de gente que puxa-saco, pra fazer parte de uma elite que precisa dela no degrau de baixo, tenho medo dessa gente que tem voz e canta o hino sem entender a letra, dessa gente que se contenta a ter opinião formada pelos outros, que demonstra ódio quando lhe pedem ajuda, que age preconceituosamente sempre em beneficio próprio, que se torna aliada de quem lhe faz mal, que mata o que não entende.
Tenho medo dessa gente, muito limpa, muita sã, muito parecida com todo mundo, mal informada, tentando ser cópia de um pais que deu certo por um tempo as custa de do esforço alheio, mas que agora está a vendo seu império ruir, tenho medo dessa perda de identidade da minha gente, dessa falta de carater disfarçado de direito, do medo que eles sente do próximo, do outro, tenho quando dão voz a essa gente e seu grito de desespero, sua luta é pela estagnação, seu ideal é egoísta, minha geração é velha tendo menos de 30 anos.

outubro 03, 2011


Tu dizes «eu» e orgulhas-te desta palavra. Mas há qualquer coisa de maior, em que te recusas a aceditar, é o teu corpo e a sua grande razão; ele não diz Eu, mas procede como Eu. Aquilo que a inteligência pressente, aquilo que o espírito reconhece nunca em si tem o seu fim. Mas a inteligência e o espírito quereriam convencer-te que são o fim de todas as coisas; tal é a sua soberba. Inteligência e espírito não passam de instrumentos e de brinquedos; o Em si está situado para além deles. O Em si informa-se também pelos olhos dos sentidos, ouve também pelos ouvidos do espírito. O Em si está sempre à escuta, alerta; compara, submete; conquista, destrói. Reina, e é também soberano do Eu. Por detrás dos teus pensamentos e dos teus sentimentos, meu irmão, há um senhor poderoso, um sábio desconhecido: chama-se o Em si. Habita no teu corpo, é o teu corpo. Há mais razão no teu corpo do que na própria essência da tua sabedoria. E quem sabe por que é que o teu corpo necessita da essência da tua sabedoria?

outubro 02, 2011


As vezes parece que eu tenho muito medo
Às vezes parece que eu só tenho dúvidas
Às vezes parece que eu não tenho…
…Nenhuma chance de escapar

A noite eu não tenho como saber o que é real, a noite tudo parece que joga comigo, distinguir entre o que realmente está acontecendo e o que eu estou imaginando fica impossível, fale comigo, diga que entende como me sinto na insônia, na escuridão, dê alguma justificativa pra isso, vou aceitar durante a noite, no dia seguinte, duvido até mesmo que tenha passado a noite em claro, mas é isso que vem acontecendo desde então.
Se eu paro pra pensar agora, fico mesmo com uma espécie de vergonha, sei que aquilo jamais iria me alcançar, jamais acreditaria no invisível, mas é perturbador, é tão próximo daquilo que consigo tocar, não há como existir, tenho medo de estar dentro do meu medo, de uma forma completamente descontrolada, de uma forma que jamais qualquer um poderia entender.
Posso de dizer com absoluta certeza que doí, como se tivesse muitas agulhas pelo meu corpo, qualquer movimento me faz sangrar, doí mais do que eu posso suportar e quem vê de fora me olha com olhos de incompreensão, não posso lhes pedir entendimento, não posso se quer pedir-lhes ajuda, o que vem de mim e mais forte do que eu, meu mundo particular criando vida própria, se ao menos eu pudesse fingir que não está acontecendo, como eu sempre faço com as outras coisas.
Eu preciso colocar isso pra fora de algum jeito, eu preciso saber que ainda tenho controle da minha racionalidade, eu consigo admitir que algo muito estranho está acontecendo, que tenho medo de algo que eu não vejo, que não durmo a alguns dias, que não tenho conseguido ficar alegre por muito tempo, mas eu posso escrever sobre isso, porque de alguma forma isso ainda não está consumindo meu raciocínio, minha função de pensar claramente, de me perguntar até onde o que eu vejo e sinto existe realmente, até onde sou eu criando monstros de olhos verdes pra esconder a real problema que estou vivendo.

setembro 30, 2011


"Olho pra frente e não vejo você;
Eu sigo em frente e você não me vê.
Não mais."



Não mais, ainda bem que não tem mais você na minha vida, pra que ela abra todas as portas que deixei fechada enquanto te esperava, que bom que não tem mais você no meu caminho, bloqueando as estradas para os que me esperavam, que bom que você foi um tempo neutro, nulo, de indiferença disfarçada de coração, foi meu sossego, minha dúvida, minha calma angustiante que agora se esvai e que vem é o novo, o belo, o vivo.
Fostes o retrato da vida de antes, eras esboço do que viria a ser, nada mais do que mero rascunho de sentimento, mal feito, mal quisto, mal visto, nem sei se vivido verdadeiramente no instante entre o dormir e acordar.

setembro 29, 2011


Há meses não havia sol, ninguém mandava notícias de lugar algum, o dinheiro estava no fim, pessoas que eu considerava amigas tinham sido cruéis e desonestas. Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode então ir tanto para Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo — nada interessa. Viajante sofre muito: é o preço que se paga por querer ver “como um danado”,feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.


Outra terapia começando hoje, entre tantas, essa já não me assustou tanto de início, é sempre a mesma dica, é sempre o mesmo diagnostico, sempre sou eu quem tem que resolver esse problema. Eu comecei escrever o blog para aprender a descrever fatos, ele acabou servindo de escape para minha tristeza muleta, hoje ja uso mais para descarregar minha fantasia, tantas vezes confusa e esquizofrenica, não sei onde todas essas coisas vão me levar, nem sei se sairei daqui algum dia, mas tem horas em que é difícil tirar toda a sujeira que está debaixo do meu tapete.
Eu minto para o meu terapeuta, talvez nem seja mentira, eu omito fatos que mudariam completamente a visão dele do meu "problema", eu omito coisas de mim mesma, coisas que fazem eu ser que eu sou, eu não acredito na minha "cura". Hoje diante de todas as coisas que contei, todos os sintomas que descrevi, toda a vida que narrei, a única recomendação que trouxe para casa foi a de que eu devia aprender a RESPIRAR, sim respirar, eu esqueço de respirar, eu falo e vivo sempre parecendo que vai me faltar tempo ou fôlego, eu sempre me apavoro, de olhos fechados eu vejo um mundo que não existe e que sempre está pronto para cair sobre mim.
Talvez, esteja exatamente ai toda a questão pratica da minha vida, as coisas básicas e fisiológicas as quais eu não dou devida importância estão saindo do meu controle, viver um amor, realizar um grande sonho, fazer grandes coisas que nem sei quais são, estão tomando uma energia desnecessária, quando respirar é algo que não poderia viver sem e faço errado, ando triste comigo, ando triste com a minha vida, mas preciso aprender a fazer o mínimo para continuar, porque afinal já passou tempo demais e existe sempre aquela curiosidade, de saber até onde eu aguento, até quando eu respiro, ate quando vão julgar a dor alheia sem jamais poder quantifica-la.

setembro 28, 2011


O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam.


E eu realmente acho, que já chega de toda essa hipocrisia da minha parte, o amor é importante é verdade, mas é que esse amor romântico, tem sido algo para o que tenho dado muito mais importância do que realmente tem. Tem coisas pelas quais já passei e que não consegui viver direito, tem coisas que deixei passar, olhando um horizonte que não é assim tão real, o amor que procurei, não era, sem dúvidas o qual eu precisava.
Eu nunca perdi uma coisa, que sem a qual não saberia viver, eu não sei o tamanho da dor realmente, eu fantasio e fantasio, porque no fundo a vida é entediante e chata, eu fantasio e fantasio, porque no fundo falta um pouco de boa vontade com vida que levo. Então por hora tentarei ser prática com minha própria crise existencial, serei mais sensível com a dor alheia, serei mais racional com meu medo da solidão. Não me falta amor, não me falta afeto, falta a mim um pouco coragem para interagir sem mascaras e sem armaduras.
Que por hoje eu possa pensar menos naquilo que deveria ser, para poder pensar mais no sou, fazer com isso o que melhor puder, levar mais tombos, porque ando muito apatica e não sinto meus pés nos chão. Que o sol que voltou a brilhar ilumine minha descrença, minha falta de fé seja preenchida por algum alento que traga pureza, que a beleza do mundo não me seja negada, que racionalize mas não racione a vida.

setembro 27, 2011


E percebo que não importa onde eu esteja, seja em um quartinho repleto de idéias ou nesse universo infinito de estrelas e montanhas, tudo está na minha mente. Não há necessidade de solidão. Por isso, ame a vida como ela é e não forme idéias preconcebidas de espécie alguma em sua mente”

Você estava na minha mente, você na verdade nunca existiu além de lá, da sua forma, na sua concepção você é o que é, da minha forma, no meu amor você nunca saberá o que é ser aquilo. Passou, dizer adeus é difícil, mas necessário as vezes, passou e nem saudade mais vai deixar, dizer adeus é bom.

setembro 26, 2011


Ah, fico me rindo. O senhor nem não diga nada. ‘Vida’ é noção que a gente completa seguida assim, mas só por lei duma idéia falsa. Cada dia é um dia.

setembro 24, 2011


Mas, o que é o amor? Existe uma regra, uma forma, uma receita? Ou é tudo casual e você só deve esperar ter sorte?

setembro 23, 2011


E então ela lamenta. Ela lamenta pela garota animada e vivaz que uma vez foi e pela mulher solitária em que se tornou. E acima de tudo, ela lamenta pelo amor que nunca irá sentir, pelo amor que ela nunca entregará.

setembro 22, 2011


Existem aqueles dias radiantes que a gente acha que sente que chegou a hora. Só que na maioria deles, a realidade tem preguiça de superar os sonhos mágicos desse meu coração, esse que também serve de depósito para restos de amores que me acertam de raspão. Olha, não sei qual dói mais. Quando acaba, quando sentimos que acabou, ou quando a gente precisa cair na real que acabou e já faz tempo.

setembro 20, 2011


"A memória guardará o que valer a pena.
A memória sabe de mim mais que eu;
e ela não perde o que merece ser salvo".

setembro 19, 2011


Que a gente siga assustando as pessoas que não merecem se encantar. Que a gente siga afugentando quem não merece ficar. Que a gente siga!


1134 dias, 37 meses, 3 anos, umas 700 postagens, todos esses números para uma pessoa só, passou tanto tempo, desde a primeira vez, que me senti culpada por ter deixado você ir sem que eu tivesse dito a palavra mágica dos relacionamento, aquela instantânea dos dias de hoje, todas essas horas passei me odiando, por ter te deixado inseguro quanto a nossa relação, você se entregara mais do eu, com isso te perdi. Perdi?
Levou todo esse tempo, para eu me dar conta do que realmente aconteceu ali, eu estava vivendo uma história de verdade, você, um conto de fadas impossível de ser real e facílimo de ser inventado, é fácil dizer coisas que realmente não sentimos, difícil é entregar sentimentos reais pra alguém que você não conhece tanto assim, demonstrar que está no chão para alguém que representa um papel a cada dia, criar todas as expectativas com alguém tem prazo de validade curto.
Todos esse tempo foi um monte de coisa pra mim, menos o tempo perdido que me parece ser agora, me arrependi cada dia desses, por não ter demonstrado todos os meus sentimentos, me arrependo hoje de todos aqueles que você notou, com os quais brincou, e nunca pode entender. A vida seguirá sem você, pra qualquer lugar, sem amor também, esse amor barato, pequeno e fácil que depositou em mim, sem um amor novelesco, ciumento e assentimental, a vida fica mais leve sem mais essa farsa.
Talvez nada novo aconteça, talvez nada cure esta ferida, mas agora eu consigo enxergar além da minha culpa, porque esse amor era culpa acima de tudo, se voce me perguntar se vou falar de outra coisa agora, eu não sei, mas falarei das coisas como realmente são, se voce me quisesse voce saberia desde o começo, sem eu ter dito, sem eu ter feito qualquer coisa, espero que a vida compense de alguma forma esse amor bonito, dramatico, real que eu senti esse tempo todo, que vida te mostre que não só de palavras são feitos os sentimentos.

setembro 16, 2011


Costuro o infinito sobre o peito
e no entanto sou água fugidia e amarga
e sou crível e antiga como aquilo que vês:
pedras, frontões no Todo inamovível.

Terrena, me adivinho montanha algumas vezes.

Recente, inumana, inexprimível.

Costuro o infinito sobre o peito.

Como aqueles que amam.

setembro 15, 2011

O alívio se confunde com o vazio, e você agora prefere morrer.


"O verdadeiro amor é suicida. O amor, para atingir a ignição máxima, a entrega total, deve estar condenado: a consciência da precariedade da relação possibilita mergulhar nela de corpo e alma, vivê-la enquanto morre e morrê-la enquanto vive, como numa desvairada montanha-russa, até que, de repente, acaba. E é necessário que acabe como começou, de golpe, cortado rente na carne, entre soluços, querendo e não querendo que acabe, pois o espírito humano não comporta tanta realidade, como falou um poeta maior. E enxugados os olhos, aberta a janela, lá estão as mesmas nuvens rolando lentas e sem barulho pelo céu deserto de anjos.O alívio se confunde com o vazio, e você agora prefere morrer.