Me visitam

julho 29, 2010


Tornei-me uma figura de livro, uma vida lida. O que sinto é (sem que eu queira) sentido para se escrever que se sentiu. O que penso está logo em palavras, misturado com imagens que o desfazem, aberto em ritmos que são outra coisa qualquer. De tanto recompor-me destruí-me. De tanto pensar-me, sou já meus pensamentos mas não eu. Sondei-me e deixei cair a sonda; vivo a pensar se sou fundo ou não, sem outra sonda agora senão o olhar que me mostra, claro a negro no espelho do poço alto, meu próprio rosto que me contempla contemplá-lo.


Não há comparação, mas as vezes me perco.

2 comentários:

Leo disse...

Eu te leio, por isso te sinto,
te conheco um pouco mais a cada
leitura, e a cada leitura vejo
teu rosto como num espelho, inauguramos então a palavra amigo.

Beijos a ti, Liana querida.

Anônimo disse...

Oii
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Beijos