Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim.
Pra onde s ela foi? Que terá feito ela se dar conta de que as coisas vão pra algum lugar que nós nunca saberemos onde fica?
Quanto desse meu heroísmo vale a perda, dessa menina que vivia dentro de mim? E hoje boçal e banal me encaro no espelho, eis que de tudo, falta a essência, aquilo que poderia ter sido e não fui, depois de tanto lutar por mais maturidade sobra em mim amargura.
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