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dezembro 11, 2010

Com o passar do tempo a gente ve que a vida segue, pra todo mundo de algum jeito, para aqueles a gente quer bem, para aqueles que você quer mal, você vai ver que o verão tem essa coisa mágica de renovar tudo, que a divisão do tempo nos dá uma oportunidade de crer que temos outras chances, que apesar de todos os erros que já foram cometidos o que a gente sempre quis foi encontrar uma maneira de acertar. Apesar de toda a certeza de que estão nos enganando de alguma forma e de que não faz nenhum sentido é preciso continuar, achar alguma dignidade nisso tudo, alguma razão e seguir em frente, se comover, se sensibilizar, porque dor mesmo a gente não para de sentir, ela só muda de lugar, os problemas só mudam de tipo, eles sempre veem, com ou sem propósitos esclarecidos ou esclarecedores, eles estão ali porque no fundo não sabemos lidar muito bem com os outros nem com nós mesmo.
E mais uma vez estamos perto de uma chance de fazer tudo diferente, uma chance de se reinventar, mais uma esperança de que desta vez de certo, as vezes acho que essa fé que todo ser humano cultiva é bonita e pueril, é algo que faz com seis bilhões de pessoas ainda resistam a tanta coisa louca que acontece, e não estou falando de política, de governos mal intencionados, de desastres ambientais, estou falando dos desajustes que temos dentro de nós mesmo, das dúvidas freqüentes de quem somos e pra onde vamos, dos nosso relacionamentos que nunca são racionais ou matemáticos, estou falando dessa nossa incapacidade de compreender bem o que ou outro diz, da nossa fragilidade e insegurança diante do outro, nos resistimos apesar de não sermos aceitos, apesar de estarmos na contra-mão, resistimos porque cremos que há uma chance de felicidade mesmo na incerteza.
Seis bilhões de pessoas ainda resistem, algumas delas não tem amor, umas não tem um deus, algumas não tem nem pão, outras ainda não tem niguém, é ai que me pergunto porque resistem? Quanto podemos alimentar nossa fé? esse tipo de fé que precisa ser alimentada, essa, que nos faz continuar apesar de toda verdade que já conhecemos e apesar de todo desconhecido que nos atormenta, não importa porque, nem para que, ainda assim renova-se de alguma forma, no verão, no ano novo, em uma noite de sono, em algum lugar do caminho, nossa fé na vida e resistimos apesar de tudo.



"E talvez não fosse tarde demais, afinal, pois começou desesperadamente outra vez a ter essa coisa sôfrega: a esperança."

2 comentários:

Leo disse...

Acho que é porque temos ainda a esperança...sempre em algum ponto, lugar...

Beijos Liana, querida.

Fernanda Barcellos disse...

Oi minha querida

Quero te desejar um lindo ano. Que tenhamos muitos sorrisos, muito amor nos nossos caminhos.
Muito Bukowski e sua insanidade genial e apaixonante!!

Beijos meus