"maria anda como eu: impossibilitada de fazer tudo o que quer. tem mãos amarradas, ar de doente, olhar de demente, cansada. maria vai acabar como eu: covarde nas decisões, amante das cousas indefinidas e querendo compreender suicidas. maria vai acabar assim sem rumo, andando por aí, fazendo versos e tendo acessos nostálgicos. maria vai acabar bem tristemente. de qualquer jeito, lendo jornais, tendo marido indefinido. (não sei porque maria quer compreender muito, demais, a vida do suicida. e maria vai acabar se fartando de vida.) a vida, coitada, é camarada, gosta de maria, quer fazer maria viver mais, porque maria é desgraçada. quer deixá-la para o fim, assim à mostra, e eu francamente não entendo porque maria não gosta da vida."
Nenhum comentário:
Postar um comentário