Me visitam

outubro 22, 2012



Primeira segunda feira de horário de verão, primeira tempestade de verão, primeiro bode de verão, não por ser segunda, não por ter chovido, mas por não suportar que alterem minha rotina, nem que seja em uma hora por dia, nem que seja uma coisa possível de prever visto que nasci quando já estava em vigência o horário de verão, não que altere qualquer coisa real na minha vida, meu problema e com as mudanças, elas me assustam mais do que qualquer coisa, enfrentar um dia com a posição do sol diferente do que meu relógio diz desestabiliza tudo a minha volta, me deixa profundamente irritada, sonolenta e desestimulada.
Eu não gosto do verão e não tenho a menor vontade de viver a vida adoidado quando ele chega, eu tenho preferencias  e já tenho idade  pra saber o que realmente vale a pena pra mim, o que eu ainda não aprendi e não reclamar do que não pode ser mudado, eu reclamo do calor como se houvesse um código que proibisse são pedro (ou sei lá eu quem cuida dessas coisas de clima) como se houvesse uma lei  que o estabelece um controle de qualidade de vida, isto e tão banal, mas é a unica coisa que me fez ver que estou viva hoje, porque ando tão apática que qualquer alteração de humor me faz perceber que ainda posso questionar alguma coisa de errado que vem acontecendo, não isso obviamente porque não conheço o tribunal do clima ainda, mas nem sei mais se sinto alguma coisa, de qualquer forma é a chuva, o calor, as pessoas na rua, a a realidade nada romântica, a vida, a vida, ela mexeu comigo hoje.


Se o cotidiano lhe parece pobre, não o acuse: acuse-se a si próprio de não ser muito poeta para extrair as suas riquezas.

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