Me visitam

janeiro 01, 2013


Não há previsões, apenas lembranças, não sei diferenciar direito dentro de mim, estou me sentindo um tanto pesada, sem chão, mas nada é uma premonição do que virá, só um certo olhar e um clima de que ja aconteceu algo desse jeito e foi difícil.
O ano começou  bem, estive feliz, com muita esperança de um novo começo, o dia tava lindo perfeito, acabamos com uma chuva sem fim, discussões e uma certa melancolia habitual, preciso amadurecer essa ideia que tenho de mim, lembro que rejeição é uma coisa recorrente, não mata, mas hoje doeu.
Não tenho ideia do irá acontecer nos próximos anos, tudo esta diferente, isso assusta muito, desestabiliza, mas não quero parar, coisas acontecem todos os dias, boas ou ruins dão dinamismo à minha vida, vou lidando com elas com as armas que tenho, sinto que estive em stand by  nos últimos anos, não lembro muito precisamente do que aconteceu ou de como eu vivi cada coisa, não sei se algo concreto realmente se formou, mas disseram que acabou e tenho de seguir em frente, deixo eles decidirem pra não pensar a respeito.
Não fiz nenhum pedido, não existem resoluções de ano novo, mergulho no desconhecido ano de 2013 de olhos fechados, sem caminho, sem razão, tudo que está por vir é novo, sem expectativas, mas com muito medo, como sempre tem sido, então torço para que como a vida, o ano, encontre seu caminho por si só, encontre um sentido em si mesmo, que seja leve, seja firme e produtivo.



Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos. 
Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça. 
Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum.

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