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agosto 29, 2010

O ponto de vista


Diferentes, distantes e nunca os mesmos, estou afundando em um mar de lamentações, onde o sol brilha mais forte e os dias são de sonhos, alheios, outrora meus, hoje alheios. É quente e tem mar, quando é frio tem vento sul, as pessoas e seus conceitos de beleza, erudição, classe, tudo se modifica e é mais belo quando contado por terceiros, as musicas dizem bobagens e transferem o paraíso para minha ilha cárcere, cárcere mental, psicológica e sem muita perspectiva.
Um ponto de vista diz da minha vida uma maravilha, os que a vêem de fora crêem realizada, os que estão dentro e são muitos não se encontram e não se perdem, vivem inertes e sem rumo, os pontos de vista são contraditórios, você não é se não se existe para outros, você não existe senão em sociedade, portanto, é o que a sociedade quer que seja, e os que vivem em você o que são?
Somos sempre o reflexo de nós, o espelho, sem ser visto não tem como ser definido, o que julgamos ser não tem nenhuma importância, chega perto quem sabe o que é para os outros, o que eles viram nunca será o que realmente foi. Estamos tão desesperados para sentir algo, que nos jogamos uns nos outros, assim destruimos nossos caminhos, deixamo-nos levar por aquilo que julgam ser quem somos, estamos perdidos em busca de nada.



Que tempos difíceis eram aqueles: ter a vontade e a necessidade de viver, mas não a habilidade.

Um comentário:

Daniel Dragomirescu disse...

Apreciada Liana,
La revista independiente y multicultural El Horizonte Literario Contemporaneo tiene ahora un nuevo website.
Su direccion es la siguente
http://contemporaryhorizon.blogspot.com
Sera un placer para nosotros que se convirtiera en un lector constante de nuestra revista. Muchas gracias !
Todo lo mejor,
Daniel D. PEACEMAN, Editor