Me visitam
novembro 30, 2010
"O bom é que escrever não serve para nada daquilo que a gente quer. Escrever é um limite, uma dor, um defeito a mais. O bom é que depois de escrever a gente se sente péssimo. Nada mudou, tudo continua no seu lugar... (...) O ruim é que ainda deseja um amor inesquecível".
Mas que grande porcaria, esse cara realmente sabe como me sinto, ele sabe onde realmente as coisas acontecem em mim, esse cara não quis acreditar.
novembro 29, 2010
O corpo humano é um sistema altamente pressurizado. A pressão sanguínea mede a força pulsando nas artérias, é importante manter essa pressão regulada. Pressão baixa ou inadequada causa fraqueza ou insuficiência. É quando a pressão fica alta demais que os problemas realmente ocorrem. Se a pressão continuar aumentando é pedido um exame detalhado porque é o melhor indicador de que há algo errado.
Todo sistema pressurizado precisa de válvula de escape, precisa ter uma maneira de reduzir o estresse. A tensão! Antes que se torne demais para suportar. Deve haver uma maneira de encontrar o escape, porque se a pressão não encontrar um meio de sair ela criará um, vai explodir. É a pressão que botamos em nós mesmos que é o mais difícil de suportar. A pressão de sermos melhor do que somos. A pressão de sermos melhores do que achamos poder. Ela nunca diminui o ritmo. Ela continua a aumentar, aumentar e aumentar.
novembro 28, 2010
“Como se não bastasse, Sérgio ligara marcando um encontro. E ela foi segura, imaginando um drink ameno no fim da tarde, preparada para o sarcasmo habitual de Sérgio com o seu sucesso, seu habitual amargor a respeito da vida. De passagem, dariam boas risadas. Sérgio costuma ser engraçado na sua crueldade. - Subitamente lá estávamos nós, nos confessando, nos penitenciando pelo que foi e pelo que poderia ter sido se tivéssemos a humildade ou talvez a coragem na época. (...)
– O que você quer, hoje?
- É tão difuso o que quero.
- Sentimentos intensos, paixão?
- Mas não a angústia antecipada da perda. E, acima de tudo, não quero ser destruída”.
Se houvesse qualquer chance, você daria ela para mim?
Se houver qualquer possibilidade você mente suas mentiras de novo para mim?
Se você ainda quer, você pode me mandar algum sinal?
Porque eu quero mais que tudo, mais do que antes, diferente de antes, nova e a mesma ainda quero você.
P.S. Talvez seja esse o nosso tempo
novembro 27, 2010
Lizzy: Você ainda tem as chaves?
Jeremy: Sim, sempre me lembro que me disse sobre nunca jogá-las fora, sobre nunca fechar as portas para sempre.
Lizzy: Às vezes, mesmo quando se têm as chaves, essas portas não podem ser abertas.
E mesmo que a porta seja aberta, a pessoa que procura talvez não esteja mais lá.
(Um Beijo Roubado)
Jeremy: Sim, sempre me lembro que me disse sobre nunca jogá-las fora, sobre nunca fechar as portas para sempre.
Lizzy: Às vezes, mesmo quando se têm as chaves, essas portas não podem ser abertas.
E mesmo que a porta seja aberta, a pessoa que procura talvez não esteja mais lá.
(Um Beijo Roubado)
"E depois de todos os blábláblás, ele falou. Disse a frase que nunca mais me esquecerei. - 'Um livro deve mexer nas feridas, aliás, deve alargá-las. Um livro deve ser um perigo'. Cioran dizia isso. E então eu levantei a mão. O professor me viu. 'Cavalli, o que é? Precisa ir ao banheiro?' - Não. Queria dizer que essa frase, a meu ver, pode ser aplicada também ao amor".
novembro 26, 2010
novembro 25, 2010
"O tempo, o tempo e suas águas inflamáveis. Esse rio largo que não cansa de correr, lento e sinuoso, ai daquele, dizia o pai, que tenta deter com as mãos o seu movimento, será consumido por suas águas. Ai daquele, aprendiz ou feiticeiro, que abre sua camisa para o confronto, há de sucumbir nas suas chamas. O tempo e suas mudanças, presente em cada sítio, em cada palmo, em cada grão, e presente também em cada instante, em cada letra dessa minha história passional, transformando a noite escura do meu retorno numa manhã cheia de luz".
Incrível ver o tempo passar, mesmo dentro do que se é, quando olho pra trás e vejo quem era e o que me tornei sinto saudade e medo, nunca imaginei me deparar com quem sou agora, nunca pensei que seria quem sou, provavelmente o que me espera lá na frente não será exatamente quem penso que encontrarei.
Pra dizer a verdade foi hard chegar até aqui, não e fácil pra ninguém com certeza é as vezes da vontade de gritar pra todo mundo OLHA AQUI CARA, VOCÊ NÃO SABE NADA A MEU RESPEITO, VOCÊ NÃO PODE SAIR POR AI PENSANDO QUE ME VENCEU, PORQUE A DISPUTA SERÁ SEMPRE EU COMIGO MESMA. Mas as vezes sou eu quem perco, as vezes é mais doloroso por não poder botar a culpa em ninguém, por ser só você contra você mesmo e não ter ninguem pra comemorar no final.
O tempo passou rápido demais, não deu pra segurar nada, agora tudo parece tão efemero, tão sem muito propósito, e vai passar também, é como se alguma visão que se possa ter apenas te enfraquecesse diante do que é real à outras pessoas, é como se aquilo que vai sendo depositado em você no decorrer do tempo fosse um veneno que mata teus mais puros ideais, quem eu fui me tornando no meio do caminho se perdeu completamente daquilo que parecia que seria, o tempo dita quem é quem.
O que posso dizer do tempo que passou é que foi duro, foi forte e vazio na maioria das vezes, me levou por caminhos que não queria percorrer, me juntou a pessoas que não precisava conhecer, o tempo me fez mais cetica, mais fria, mais triste. O tempo correu com a menina e enfeitou a mulher, o tempo passou rápido demais, não me ensinou a girar na roda, agora estou tão por fora não sei onde vou dar.
novembro 24, 2010
Os delicados podem ter vocação para o piano. Para o teatro. Para a poesia. para o magistério. Vocação para a máquina, aquele que era um tremendo joalheiro. O primo era outro delicado, um físico raro que estudava a estrutura da bolha de sabão. Mas nenhum com vocação para viver. Minha colega de academia não contava as pílulas dos tubos que ia engolindo, um primo míope tirava os óculos para não ver o sangue enquanto ia cortando os pulsos com gilete azul. Todos os delicadíssimos saindo pela porta da morte que é a mais fácil. Sem olhar pra trás. E os fortes? Na classificação sumária, acho que somos fortes apenas porque estamos vivos. E fazendo tudo para seguir nesse estado, mais do que isso, lutando por essa vida.
novembro 23, 2010
Eu não detesto as pessoas, não as odeio, acho até que são frágeis e inseguras como eu, eu só não consigo lidar muito bem com as coisas que tornam as pessoas um conjunto e tem um padrão. Sei das mesmas coisas que todas as pessoas sabem mas pra mim, as vezes é difícil lidar com isso.
Sinto-me como uma estranha, na verdade represento mal o papel que a sociedade impõe a cada um de nós, não sei lidar com meus conflitos e no fundo só preciso de um pouco de afeto. As pessoas me assustam, me envergonham, me deixam com medo, mas também acima de tudo me comovem, e com muita frequência, não detesto as pessoas só não sei lidar com o fato de estarmos aqui, assim, a esmo, sem rumo todos perdidos e todos fingido que sabemos pra onde vamos.
Mas para nós, que nos esforçamos tanto e sangramos todo dia sem desistir, envia teu Sol mais luminoso.
novembro 22, 2010
"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de
caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as
coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o
status Quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou
caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los.
Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E,
enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque
as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo,
são as que o mudam."
caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as
coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o
status Quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou
caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los.
Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E,
enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque
as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo,
são as que o mudam."
novembro 18, 2010
Não sei onde mora a felicidade mas estou convencida que a sede
da dor é o plexo solar.Pois quando minha visão mergulhou
no olho pérola da lua, um rombo se abriu naquela região
do meu corpo e me empurrou cinquenta andares para baixo em
questão de segundo,afogando-me em sofrimento.Solucei na rua,
no carro, no cinema(...)
Eu batera no fundo do poço.
O fundo do poço é o momento em que a perda, antes um vulto
esboçado de longe, preenche com nitidez sua dimensão trágica definitiva.
Você está só no mundo, camarada.
À deriva no mar cruel.
Mesmo que tivesse remo, não há terra à vista.
A bússola foi comida pelo oceano.
(...)A história acabou
novembro 16, 2010
O Amor
Um dia, quem sabe,
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zôo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.
Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em enumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.
Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
E que, ao primeiro apelo:
─ Camaradas!
Atenta se volte a terra inteira.
Para viver
livre dos nichos das casas.
Para que
doravante
a família
seja:
o pai,
pelo menos o Universo;
a mãe,
pelo menos a Terra.
novembro 15, 2010
Ninguém escolhe ser esquisito a maioria nem percebe que é esquisito até ser tarde demais para mudar. Mas não importa o esquisito que você acabe sendo. As chances são de que ainda existe alguém para você. A não ser que tenham seguido em frente. Porque quando se trata de amor nem os esquisitos podem esperar para sempre.
novembro 13, 2010
novembro 12, 2010
novembro 11, 2010
novembro 09, 2010
Voltei a pensar em você depois de muito tempo, Por que? Não sei, talvez porque não acabou, porque me doí alguma coisa ainda que o tempo não cura, que a vida não leva e que deixa limpa sua imagem na minha memória e no meu coração.
Não sinto sua falta é verdade, o tempo faz passar a dor e continuar o caminho, penso em você antes de dormir, quando estou sozinha, quando não há mais nada a pensar, não porque sofra mas porque não deixei morrer o que havia entre nós.
"Porque só termina para todo sempre o que foi artificialmente construído".
novembro 08, 2010
novembro 06, 2010
novembro 05, 2010
"Sempre tive a sensação de mal-estar no mundo, uma sensação de não caber no meu espaço, um desconforto diante de meus pares – eu me pergunto: tenho pares? Eu sabia que em mim há uma mulher que tento esconder ferozmente. Tenho medo que as pessoas identifiquem meus excessos, essa quantidade absurda de pernas e braços que camuflo sob a roupa que visto. O que diriam se soubessem das muitas que vivem em mim e tentam bravamente, numa luta corporal, projetar-se do meu corpo? Tomariam-me por uma aberração?"
Queria saber se é tão fácil ser o outro, porque ser eu é muito difícil, queria antes de julgar poder saber quem é o outro, como ele se sentem em relação ao meu julgamento, queria ser aquele outro, que está enquadrado na classificação que faço, essa, pequena e que dá rótulo a todos, como se fossem sempre da mesma espécie, queria ser o outro quando é preciso decidir quem se é.
Porque as vezes tento ver de outra forma, talvez sobre pouca coisa, pré-conceitos, encaixando cada um a uma teoria absurda, sem qualquer base, apenas com aquilo que sobra em mim, incerteza.
Quero ser o outro pra que quando for eu não me perca pelo caminho que já foi trilhado, apenas porque era o mais fácil, ser o outro é seguir por onde ninguém foi, é estar diante de todos, quero ser o outro para que ele não precise ser como muitos, pra que não haja regra, ser o outro quando doer nele aquilo que faço, ser o outro quando olhar muito rapidamente para ele e concluir qualquer coisa vazia.
Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros
novembro 03, 2010
Estava buscando alguma coisa que doesse em mim, alguma coisa que fizesse com que eu chorasse por muito tempo, que aliviasse, procurei fora de mim, uma lembrança, uma musica, uma dor passada, eu queria chorar apenas, porque talvez assim alguma coisa ia embora.
Tenho me mantido a distancia, deixando os outros determinarem quem sou, mas não posso mais ser só um conceito de alguns, de um grupo, sou mais que isso, só posso ser, quando me calo deixo formarem qualquer opinião a meu respeito, finjo não me importar, mas importa e geralmente doí.
Não deveria doer, porque já sou madura, confiante e já sei quem realmente sou, mas resolvi calar quando tantos outros disseram o que queriam do que eu era, resolvi que seria talvez essa a minha verdade, que estavam certo e já não me importava mais, não é verdade e continua me ferindo o que eles dizem e continua me agredindo sua rejeição, e fazem não por que são mesmo os donos da verdade, fazem pra se sentirem melhores com suas próprias derrotas, pra se sentirem melhores com suas próprias frustrações, sou apenas um canal que deixei ser por muito tempo pra que muitos despejassem sua próprias inseguranças.
Eu já estou ficando amarga porque deixei que dissessem quem eu sou, me fizeram outra pessoa, porque me deixaram creditar que era menor, vocês não sabem mas é devastador o que podem fazer com algumas pessoas quando elas se acham e me posição de inferioridade a um grupo, seja essa inferioridade financeira, intelectual ou de de força, é devastador quando mesmo não havendo qualquer dessas inferioridades te desmontam psicologicamente te fazendo acreditar que há algo inferior em você, para te se submeter a outros.
Não sou quem eles pensam, na verdade nem sei quem sou, me deixei levar esse tempo todo, estou exausta e machucada, mas decido agora tomar as redeas de minha vida, antes que passe tempo demais e nunca chegue a saber quem poderia ter sido.
"Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa. Onde está eu? Preciso fazer um retiro espiritual e encontrar-me enfim -enfim, mas que medo - de mim mesma."
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