"Mas isso passaria, com o tempo. Sempre passava, infelizmente. O machucado no coração que, no começo, parece tão sensível ao toque, com o tempo se transforma em todas as tonalidades do arco-íris e pára de doer. Chegamos a esquecer que temos coração, até que apareça a vez seguinte. E é quando tudo acontece de novo e nos espantamos em verificar como foi possível esquecer. Pensamos: "Este é mais forte, este é melhor...", porque na verdade, não conseguimos lembrar bem da vez anterior".
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