Me visitam

maio 04, 2011


Sabem, eu jamais soube por que estou aqui, mas pensando bem acho que é por estar pensando em coisas como estas. Não me importa em fazer isto numa rua de Paris ou num bar do Brooklyn, na verdade trata-se de uma coisa que os homens fazem em qualquer lugar e que não requer muito espaço nem perícia alguma. Daqui se vê a cidade luminosa, mas duvido que de lá possam ver a luz fraca da nossa única lâmpada, nós que estamos aqui fizemos muitas perguntas na época, mas isso ficou pra trás.
Há mais ferocidade a esta hora nos espaços vazios, nos museus incólumes, nas igrejas abandonadas. Há mais mentira ali que nos árduos motéis e nas perigosas calçadas. Estar sem você não é terrível, só triste como o tempo retido entre dois espelhos.

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