Me visitam

junho 08, 2011


Então leu o poema. Era simplesmente uma beleza. Misturava palavrões com as maiores delicadezas. Oh, Cláudio – tinha eu vontade de gritar –, nós todos somos fracassados, nós todos vamos morrer um dia! Quem? Mas quem pode dizer com sinceridade que se realizou na vida? O sucesso é uma mentira."



E meu mal não está no outro, nunca está fora de mim, o meu mal está naquilo que não posso ser, naquilo que não quero ver, em tudo que de mim foi tirado e que da ausência vivo.
Meu mal é me perguntar todo dia se vale a pena, nem sempre a resposta é positiva, eu tenho um mal e eu só o mal. Quando olho pra tras percebo que as fantasias que criei me sustentaram pelo caminho, as fantasias me trouxeram até aqui, mas já não são suficiente para carregar tudo que acumulei nesta estrada.
Meu mal é não saber de qual parte do real eu sou, não saber se o que sonho é a vida ou a vida e o meu sonho, meu mal que faz parte do meu bem dança silenciosamente dentro de mim espero um outro nome que não este, me carregará mundo a fora, me ensinará sobreviver e me levará a morte rindo como quem encontra Deus.

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