Me visitam

junho 10, 2011


“Robin é um patife talentoso, e os patifes talentosos sempre tiveram o meu coração – ou outras partes.”



Tudo que me faltava na vida agora era um amor platonico, você me chegou, assim como tudo que tem o papel de substituir algo muito importante, como um impulso vital, passo horas pensando em como seriamos juntos, leio cartas que nunca te mandarei,como esta aqui, desvendo tua vida, decifro teu olhar, interpreto cada uma das tuas palavras, te transformo no meu deus.
Penso ser lugar comum essa paixão, pois todos te querem, quem não quer dar pra você quer te comer, os outros esses só querem ser você, eu? eu penso que se me tomasse tornaria-se pra mim um homem, voltarias a habitar o mundo dos mortais, não me satisfaz a realidade ao teu lado, o que imagino e muito mais diverso e lúdico.
Tua tristeza não passa de jogo, teu ar desmedido e sem comprometimento esconde uma certa pureza casta e ordenada, pensas em redenção pela palavra como eu, nada além do que possa ser dito em voz alta quando agir já não mais é tão importante, falas de amor como se o conhece e o desprezasse, e isso é possível?
Sabemo-nos distantes, e queremos que assim continue mas por que parar agora quando tudo fica mais quente, mas pegajoso, mais difícil de esconder, não me toque, em nenhum momento faça menção a dar um passo a mais, transformaria meu mundo imaginário em real e passaria a ser meu problema, arde em mim esse desejo pueril de desperta desejo em ti, nada além disso, tão platonico, tão distante mas doce e doloroso como só certos prazeres podem ser.

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