Me visitam

julho 07, 2011


Não podem acreditar que não posso ajudá-los que não conheço as palavras. não podem acreditar que agora mesmo me dobro em meu quarto segurando minhas entranhas e dizendo. "Jesus Jesus Jesus, de novo não!" eles não podem acreditar que as pessoas mal-amadas as ruas a solidão as paredes também são minhas e quando desligo o telefone eles acham que escondi o jogo. Não escrevo a partir da sabedoria. quando o telefone toca eu também gostaria de ouvir palavras que pudessem aliviar um pouco alguma dessas coisas. é por isso que meu nome está na lista.


Como se viver fosse realmente algo fácil e dispensável, não percebemos que não há manual e a vida se complicada de uma forma, que frequentemente perdemos pra ela, há sete bilhões de seres muito parecidos conosco no mundo, nenhum tem a formula para a tranquilidade, sabe o que nos mata, é saber que vamos morrer.


Como entender esses que se vão cedo demais, depois de uma vida que todos buscam, depois de passarem de mortais a deuses, perdem as estribeiras e não tendo sido informados de que no processo de endeusamento não lhes caberia a imortalidade presencial, desmoronam ainda crianças, para nos provar que somos todos frágeis.


Quem vai me explicar o que leva uma pessoa comum a matar uma centena de desconhecidos, por crer em algo ou por ter perdido completamente a fé, a que ponto chegamos, de onde a gente veio, o que somos afinal? Sem ter essa resposta seguimos nos convencendo de que haverá um sentido, capazes de coisas lindas e monstruosas somos o verdadeiro enigma, somos nosso próprio enigma e não sabemos lidar com isso, querendo uma resposta e caímos no grande paradoxo que é viver.


Por enquanto ficarei aqui bem sentada me perguntando por que seguir em frente diante dessa complexidade toda que percebo, por enquanto não aceito sugestão alguma de como viver a minha vida, porque certamente ninguém saberia como voltar a coloca-la no trilho, se é que ha realmente esse caminho que deve ser percorrido, não somos especiais, não somos mais que do aparentamos ser, somos crianças perdidas e completamente inocentes do pecado de viver.










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