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outubro 13, 2011



"Às vezes os sentimentos melancólicos trazem consigo algum prazer também, um prazer suave, íntimo, consolador."

Provavelmente não me livrarei do estado de melancolia jamais, não porque tenha desistido de ser feliz mas principalmente porque esse é um traço que julgo importante na minha personalidade, meu psicanalista acredita que a personalidade poder ser modificada, se for assim prefiro mudar de analise.
Não gosto de ser dramatica, acho que isso chateia os outros, e acaba se tornando um fardo para os mais próximos, mas abrir mão que algo que diz quem sou a essa altura do campeonato, é me ver completamente sem rumo, a melancolia me aproxima da dor dos outros, me faz contemplativa e as vezes é charmosa, gostaria de ter uma medida que não extrapolasse a razão nem a paciência alheia, mas que permitisse que meus defeitos também fosse mantidos.
É óbvio que sei a importância das novas possibilidades e de como nos reinventamos diariamente, sei que posso ser quem eu quiser, me livrar das coisas que me causam mal, não tão facilmente como parece para alguns, mas julgo necessário admitir minhas falhas aceita-las como tal e conviver pacificamente entre elas, julgo necessário não me punir tantas vezes, nem me reprimir por não ter dado tão certo, por não levar a vida direito, por ser triste as vezes ou sempre, sem que haja uma razão especifica, me reinventar sabendo que o tempo traz mais coisas boas do que ruins, e que acima de tudo me ensina a me aceitar como sou, alegre não hilaria, melancolia não deprimente, madura não velha, me faz aceitar minha impotência diante de fatos da vida, diante de coisa que não tenho resposta, aceitar que não preciso de respostas, nem de manual, que a vida se encarrega dos meus erros.

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