Me visitam
abril 05, 2012
“Porque, para Dostoiévski, o pensamento, a
consciência, a sensação de seu “eu” e de seus direitos são os mais altos
valores que norteiam o comportamento do homem, e têm de ser afirmados
num conflito com a vida que muitas vezes apavora o protagonista. (…) A
duplicidade enreda o homem numa teia de contradições de tal ordem que
ele, ao ver-se diante de problemas que reclamam solução, não consegue
tomar uma decisão firme e unívoca porque, quando vislumbra uma saída,
logo barra em tantas saídas “contra” quanto em saídas “a favor”. E isso
vai das questões aparentemente mais simples às mais complexas, como a
existência ou inexistência de Deus.”
—
Paulo Bezerra, sobre O Duplo
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