Hoje é o último dia da viagem que prometi descrever por aqui, não consegui, confesso. No olho do furacão é difícil tirar conclusões sobre lugares, pessoas ou qualquer coisa.
Eu tenho uma conexão de 12 horas, a espera no aeroporto me fez ficar reflexiva, chorei em alguns momentos, mas elaborei a viagem de uma forma que ainda não tinha feito.
Não sei definir meus sentimentos, quando meu peito aperta e sinto vontade de chorar logo acho que pode ser tristeza, mas hoje em meio a tantas lágrimas percebi que essa angústia vem se outro lugar, talvez venha da dificuldade de nomear meus sentimentos, mas não é tristeza.
O que senti aqui, nessas ja passadas, 9 horas de espera foi uma espécie e reencontro com a Lili criança, uma mistura de medo, mas uma sensação de realizaçao, de capacidade de realização.
A paisagem meio desértica de Madri, o aeroporto quase vazio, o céu azul e o ar gelando me remetem a uma infância contemplativa, uma infância de espera, a sensação de angústia vem do encontro com o que era esperado.
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