Me visitam

setembro 11, 2008

E chove la fora




Da mesma janela de sempre, agora so posso ver essa chuva que me deixa tão abstrata, tão densa esse tempo nublado não faz bem a ninguém e pra mim, um ser a flor da pele, é capaz de ferir muito profundamente.
Quando essa chuva passar e voltar a ver a luz de um sol que descansa no domingo, volto a sorrir e prometo pensar sobre as cartas que não te envio, prometo que vou tentar ter mais coragem, dessa vez vou remete-las à você, mesmo que anonimamente, você é claro saberá que fui eu que as escrevi.
Escrevo nas cartas coisa sobre meu dia a dia, sobre a vida longe de ti, escrevo nas cartas planos que faço para quando o inverno passar e essa chuva fria for embora, para quando for dezembro e não ter mais que ficar olhando pela janela o mundo que não muda de paisagem.
Escrevo pra aliviar as coisas que ficam guardadas aqui e que sei que ninguém além de você entenderia, ainda que as as cartas digam muitas coisas que você já cansou de ouvir antes, elas estarão guardadas e quem sabe um dia voce as lerá, agora ja e muito tarde para te ligar e lá fora parece que a chuva deu uma trégua, lá a cidade vive e eu ficarei até pegar no sono olhando por essa janela que é minha companhia nos dias frios e chuvosos, espero te ver em breve, te contar da minha vida, sentir que ainda resta um que de intimidade pra que possamos nos ver como realmente somos e pra que não haja mais esse abismo que nos separa.



" minha herança pra você é uma flor
Um sino, uma canção, um sonho
Nenhuma arma ou uma pedra eu deixarei
A minha herança pra você é o amor
Capaz de fazê-lo tranqüilo, pleno
Reconhecendo no mundo o que há em si"

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