Me visitam

outubro 08, 2009

Vou mudando


Incrivelmente verdadeira uma coisa que li hoje, é verdade que nossos conceitos a respeito de qualquer coisa muda de acordo de como vamos vendo as coisas, de acordo com o que nos acontece, as vezes por um minuto, as vezes por uma vida inteira, vemos tudo deformado ou então tudo bonito, e assim dizer o que está certo ou errado sobre alguma coisa e muito complicado.
Quero isso pra mim essa incerteza de sempre, quero saber que nada é definitivo, gosto de inconstância, inconstância consciente, essa gente que muda de convicção todo dia não tem direito de se achar certo de nada, tem de ter humildade de dizer que não sabe das coisas as vezes, e eu não sei de quase nada nunca.

Já fui Hippie, punk, capitalista, crente, feminista, defensora do meio ambiente, e não sei o que serei daqui a um ano, quero essa leveza do não sei, ainda que tenha de ter os pés firmes no chão pra saber quem sou e não sair seguindo cada moda passageira que tem por ai, quero ter certeza por pouco tempo, mudar de opinião sempre que houver chance e verdade naquilo que passo a acreditar, qualquer verdade, a minha também.

Por que a gente é uma carga do que vai acumulando no decorrer da vida, a gente encontra gente que nos mostra seu mundo e acabamos levando algo, nos temos de seguir por caminhos que não imaginávamos e dai não saímos sem alguma bagagem, a gente vai pra faculdade e dizem coisa que não pensávamos que existissem, conhece gente que gosta de uma musica estranha, a gente ama gente que vem de outro pais e se relaciona com gente de outra cultura, a gente vê coisa velha que nos ensina coisa de hoje, a gente descobre tudo que pode até um certo tempo, depois de ter esquecido da metade e discordado do resto , a gente pensa que sabe de tudo e vive sem saber porque, e isso é vida nada de certezas que vão e vem, nada da dureza de estar certo sempre, por que não ter noção de nada nos faz livres e abertos pra tudo que possa nos preencher e depois é encontrar uma meio de selecionar as coisas que realmente vale a pena.






Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou

Nenhum comentário: