Me visitam
novembro 26, 2009
novembro 15, 2009
Não procure entender
E tudo muda e eu sempre soube disso, as vezes você quer acreditar que será para sempre aquele ódio, aquela amizade, aquele amor, você sabe lá no fundo que não inventaram nada pra sempre.
Pensei sinceramente que sentiria aquela repulsa por aquele lugar por muitos anos, e que viria embora festejando, viria embora? Para onde? Depois de um tempo nem tua casa abandonada é mais tua casa e é preciso de tempo pra transforma-la novamente em lar, em refugio, cheguei acreditar que tinha planos bem definidos, eles mudaram sem eu ter notado, meus sonhos, os que foram deixados para trás ainda que possam ser realizados não me despertam o mesmo interesse, as ruas que julgava a mais fáceis de serem percorridas já não fazem parte da jornada da minha vida, as pessoas que me acompanhariam em qualquer aventura me abandonaram no primeiro obstáculo, assim mesmo, a vida segue de qualquer forma, segue pra mim até um tempo e seguira sem mim por um tempo ainda maior do que eu consigo imaginar, sei de uma coisa que as coisas mudam e isso dá dinamismo as nossas vidas, isso nos faz esperar por outro dia, é essa curiosidade do que não conhecemos que faz termos fé em algo melhor que virá um dia.
As vezes queremos mudar e mudamos por um tempo, as vezes queremos fugir e fugimos de tudo menos de nós mesmos, a mudança, a fuga, a vida, o ódio, o amor e tudo mais que nos faz humanos imperfeitos perdidos, tudo isso escreve nossa história, escreve quem somos para os outros, quem somos para nós. E eu que nada sabia de mim deixei marcas para criarem minha história, eu que nada sabia da vida acabei vivendo as muitas possibilidades que soube aproveitar, eu que não queria ir não sei voltar.
E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer
novembro 07, 2009
Falhei, fracassei completamente nessa história, sou boa pra conseguir coisas desde que sejam materiais, sou péssima com pessoas e sentimentos e hoje eu posso dizer com certeza que falhei quanto ao que era minha família e quanto ao que seriamos, falhei quando não me fiz ouvir, quando acreditei que o amor poderia tudo, quando achei que faria tudo sozinha com paciência, ainda assim não posso deixar de acreditar que nesse momento quem sabe a vida esteja apenas nos dando uma oportunidade de nos reformular. A vida, não posso deixar de acreditar, ainda nos dá chances de começar de novo agora de outra forma, agora com outras armas e soldados mais forte e firmes que sabem por quê estão lutando.
Eu falhei sentindo todo amor possível de sentir, impotente como só amor pode ser, e sou a figura do fracasso escancarada, eu nem sei mais quem sou. Eu não sei por onde começar de novo, eu não sei como unir as correntes que nos fazem nós, não sei como levantar da queda, ando muito distraída com a vida pra começar uma nova guerra.
Não tenho pra quem mandar cartas e dizer que já não estou mais aguentando a saudade, não sei quem vai chorar comigo minha dor, eu falo falo e tudo que sai de mim parece pesar nas pessoas e me torna uma companhia desagradável, eu não tenho pra onde voltar e não me sinto em casa em lugar algum, gostaria de vagar, vagar até chegar num porto onde haja abraços me aguardando.
Eu fracassei porque o que mais temia me aconteceu, estou presa na solidão com muitas pessoas junto de mim, somos todos ilhas incomunicáveis mas se não temos amor temos as estradas ainda, e o que mais me move hoje é esse ímpeto de fugir, sem deixar pista pra que pelo menos saudade ainda exista.
A tua ausência faz silencio em todo lugar
novembro 03, 2009
Um grande feriado, nada melhor pra botar as coisas em ordem e mais uma vez tudo adiado. Teve quatro dias de sol e calor e eu como sempre faço nas oportunidades de conhecer gente nova, dormi, dormi muito vi vários filmes que já tinha visto, e me encantei de novo por eles.
Eu assisti novamente o filme indiano do Aamir Khan onde ele é professor de um menino com dislexia, o menino arrasa ele comove do inicio ao fim, tem uma expressividade que nunca vi em alguém, me apaixono do inicio ao fim por essa criança problema que não orgulha a família.
Quero poder fazer a diferença sem notar, como esse professor, quero fazer a diferença sem tornar esse meu cativo, quero saber quando as coisas precisam de muito pouco pra serem mais bonitas.
Esse filme me mostra exatamente isso, que as vezes se importar e muito mais sutil do que a gente ta acostumado, se importar não se demonstra por palavras mas por atitudes, o filme me comove não há nada mais a dizer é uma visão infantil de uma criança magnificamente diferente e encantada cheia de imaginação e isso é que faz das crianças tão especiais, a capacidade quem tem de extrair do pouco tudo que precisam.
Eu quero manter minha capacidade de chorar vendo crianças brincar, quero manter minha sensibilidade a flor da pele pra coisas que outras pessoas não enxergam, quero parecer boba e infantil pra pessoas que acham que amargura é sinal de segurança e amadurecimento, quero parecer provinciana para pessoas que embarcam em qualquer barco que esta na moda e esquecem do que existe lá atrás e de como foi que chegaram em qualquer lugar, eu quero e preciso ter o meu aval pra ser eu mesma sempre, por que mais dia menos dias eu sei que vou amar ter sido quem sou.
" Porque ver é permitido, mas sentir já é perigoso."
Assinar:
Postagens (Atom)