Olha sei que prometi não mais escrever, deixar o tempo curar, sei também que tem sempre uma parte que acha que não foi tão bom assim, e fica impressionado com a outra enlouquecida, por coisas insignificantes, sei que sou a parte que mais se doeu. Enfim escrevo pra dizer que senti saudade de voce hoje, senti ontem tambem e venho sentindo nos últimos dias uma saudade insuportável, não sei porque mas penso em você agora mais do que pensei nos primeiros dias em que decidimos não nos ver mais, penso em você sem querer no meio de uma leitura, vendo um filme, planejando o futuro.
Sempre acho que de alguma forma quando seus pensamentos tomam uma direção certa no meio do caminho, quando você já não os controla é porque alguma força exterior te atrai àquilo, e chego a imaginar que quando sonho contigo, sonhas comigo e nos encontramos de alguma forma,, pra fazer dar certo o que não teve tempo de ser avaliado. Quero antes de tudo que saibas ficou faltando alguma coisa, uma explicação mais convincente que fosse, ficou faltando tempo pra ver no que ia dar.





"Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando.
Quando penso que poderia ter sido diferente. "

A alma de Capitu é um labirinto, quem sou eu para julgar o que traz cada um em sua história?
Sou domada por emoções e todas as coisas que acontecem, só são avaliadas de acordo com que tipo de sentimento despertam em mim, acredito que deve ser assim pra muita gente, Capitu e sua ambiguidade, que erros pode ter cometido? O maior de todos colocou em mim dúvidas, não me deu um culpado, e o que será essa tal de culpa?
O homem não há de negar sua natureza, o homem em estado de natureza, criamos a nós mesmos e achamos que nossos instintos nos desumanizam, o que somos afinal, como contar a essencia senão mostrar o bem e o mal de cada um, dúvidas, dúvidas, duvidas.





"...os que amam a natureza como ela quer ser amada, sem repúdio parcial nem exclusões injustas, não acham nela nada inferior."

Não sei se concordo

Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o. Com ele ia subindo a ladeira da vida. E, no entanto, após cada ilusão perdida... Que extraordinária sensação de alívio!

Ontem fui ver Woody Allen no cinema, tinha um certo preconceito com ele, na verdade eu nem tinha visto muita coisa, era mais pelo que eu ouvia mesmo, me surpreendi, de verdade acho que cinema depende da fase de cada um, ando muito cética ultimamente com relação a tudo estou numa fase Woody Allen, prefiro rir das minhas desgraças a ficar tentando achar um culpado.



Mais do que em qualquer outra época, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva ao desespero absoluto. O outro, à total extinção. Vamos rezar para que tenhamos a sabedoria de saber escolher.

Não consigo parar, já caminhei a casa inteira, já comi muita coisa pra ver se saciava essa loucura, caminhei um pouco, li um livro inteiro, mas tem dias que tua ausência fica tão evidente que minha alma, sentindo tua falta se manda, me abandona sozinha e de repente faço coisas no automático, sem sentir, sem pensar, minha alma ainda te procura, não superou, é difícil no inverno superar um amor.





“Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar.”

O Pôr do Sol de Floripa

Não deveria estar aqui hoje, estou no final de um semestre da faculdade, e isso com certeza me limita muito quanto a pensar em qualquer coisa que não seja estudar, para as benditas provas.
Porém, acho mais apropriado escrever, porque depois de tanto tempo sem nenhuma vontade de expressar qualquer sentimento volto a sentir alguma coisa, talvez eu nem saiba explicar do que se trata o que sinto, porque surgiu hoje no meio de uma curta viagem do trabalho pra casa quando o sol tava se pondo em Floripa, e meus caros ele se põe todos os dias em muitos lugares mas aqui, de alguma forma é a coisa mais linda que existe, ao menos pra mim que as vezes torço o nariz para essa tal Ilha da Magia.
Depois daquela visão passei a sentir isso, um saudade que não sei exatamente do que era, mas me faz parecer um pouco perdida aqui nessa cidade, longe de todos os laços que deveria ter, as coisas que todos ou a maioriadas pessoas da minha idade, geração, sei la mais o que fazem ou tem, tudo muito cliche mas nem me acho muito diferente ou uma exceção, nada disso, senti falta de alguma coisa e isso ta me incomodando, de um abraço talvez, de alguém com novidades pra me contar, e muita saudades minhas, alguém além da minha mãe que reze por mim as vezes, e isso é muita solidão eu sei mas é que as vezes quando eu vejo o pôr do sol fica difícil por não ter em quem pensar.






"É esquisito, sempre orientei minha vida nesse sentido o de não ter laços, o da independência, de poder cair fora na hora que quisesse"

Vivemos, agimos e reagimos uns com os outros; mas sempre, e sob quaisquer circunstâncias, existimos a sós. Os mártires penetram na arena de mãos dadas; mas são crucificados sozinhos. Abraçados, os amantes buscam desesperadamente fundir seus êxtases isolados em uma única autotranscedência; debalde. Por sua própria natureza, cada espírito, em sua prisão corpórea, está condenado a sofrer e gozar em solidão. Sensações, sentimentos, concepções, fantasias – tudo isso são coisas privadas e, a não ser por meio de símbolos, e indiretamente, não podem ser transmitidas. Podemos acumular informações sobre experiências, mas nunca as próprias experiências. Da família à nação, cada grupo humano é uma sociedade de universos insulares.

Quando penso que escapei de minha timidez, há um gesto inesperado que me faz corar e regressar, rendido, para a ausência de lugar. O corpo não é um esconderijo seguro.

Viva! viva a maravilhosa vida de que dispõe! Não queira perder nada! Busque sempre novas sensações!"

Porque viver é uma coisa tão complexa, e as pessoas são cada vez mais surpreendentes, uma coisa eu estou aprendendo só se vive quando se aceita que é de gente que é feito mundo.

Sinto que provavelmente não me acompanharás até onde quero chegar, você certamente vai estar em outro caminho, quando eu chegar perto do que desejo, não sou do tipo de pessoa que é seguida, é fácil abrir mão da minha companhia, e não sou exatamante daquelas que chega formando multidões ao seu redor. Sou para poucos, uns e outros, geralmente estes serão incompreendidos, pela opção que fazem por mim.
Quando você desvia o olhar e pensa em como não sou eu a escolha que faria, estou em outra sintonia procurando uma estação para que nós não sintamos qualquer dor na despedida, sou do tipo que gosta de inverno no litoral e dançar sozinha no espelho, sou do tipo que imagina discursos que nunca serão dados e que prevê um futuro bonito pra pessoas bonitas. Você aceitaria dançar comigo esta noite? Está tocando John Mayer no fone e você não quer dançar comigo, veja bem menino está frio e dançar deixa tudo melhor, não sou sua melhor opção mas é inverno, apenas dance comigo está noite e amanha quando as pedras que foram rejeitadas estiverem lapidadas e descobrirem nelas algum valor, será tarde demais e já não tocara nossa musica.




"Ainda assim, ao dar as costas para o sol que nascia e ao entrar no túnel, ela se questionou como um coração que não mais batia podia sentir-se despedaçado."

" - Procure não se machucar. - Não me farão mal algumas escoriações - disse Ana, pensando que há muito tempo não descia ao infernos dos sentimentos comuns dos mortais. - O que estou querendo dizer - explicou - é que isso é vital para meu trabalho e para a minha alma. Você sabe que quando estou apaixonada escrevo melhor".



De alguma forma para alguns é muito importante descer aos infernos algumas vezes, sem convite, sem medos, não que precise de melancolia pra viver ou coisa do tipo, nem saberia na verdade explicar, mas é como se tivesse vivido tanto tempo por lá, que há dias que bate uma saudade de tudo que passou até esse momento em que me retirei vitoriosa e quando olho todas as marcas que ficaram tento lembrar que tipo de sentimento experimentei naquele "lugar", geralmente a dor é mais produtiva, porque na felicidade as coisas passam rápido demais pra você perder tempo com auto-analise, a dor te leva pra dentro e o que há dentro de você ou no inferno do teu ser é vasto.

A casa do Oscar era o sonho da família. Havia o terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.

Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e sai batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguazes, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquale casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.

Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando a minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é a casa do Oscar.

Porque pensando bem, quantas casas do Oscar se controem dentro de mim e quantas vezes eu mudo de ideia e não de sentimento.

"Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio"

E quais são esse segredos que nem a mim mesma admito, será que quando me vejo o reflexo é sempre parcial? Qualquer reflexão minha parte da ideia que faço de mim, nada é exatamente o que sou ou gostaria de ser, nada mais eu do que aquilo que não controlo ou limito, nada mente tanto pra mim quanto eu mesma, meus segredos de mim serão sempre dentre todos os mais secretos, porque não quero desvenda-los.

"Sofrer é desnecessário. Mas temos de sofrer antes de sermos capazes de perceber que isto é assim mesmo. Somente então o verdadeiro significado do sofrimento humano fica claro. No último momento desesperado - quando já não podemos sofrer mais! - algo acontece, com a natureza de um milagre. A grande ferida aberta que vertia o sangue da vida se fecha, o organismo floresce como uma roseira. Estamos "livres", por fim, e não "com saudades da Rússia", mas com a ânsia de mais liberdade, de mais felicidade. A árvore da vida é mantida viva não por meio de lágrimas, mas pelo conhecimento de que a liberdade é real e perpétua."

Estilo é a resposta para tudo.
Novo jeito de encarar um dia estúpido ou perigoso.
Fazer algo estúpido com estilo é preferível a fazer algo perigoso sem estilo.
Fazer algo perigoso com estilo, é o que chamo de arte.
Touradas podem ser uma arte.
Boxe pode ser uma arte.
Amar pode ser uma arte.
Abrir uma lata de sardinha pode ser uma arte.
Não muitos têm estilo.
Não muitos podem manter o estilo.
Eu vi cachorros com estilo mais do que homens.
Apesar de não muitos cachorros terem estilo.
Gatos têm em abundância...
... Estilo é a diferença, um jeito de se fazer, um jeito de ser feito...

Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais.


Chega ao fim a viajem do elefante, depois de tantos ensaios e de ter sido levantado do chão nessa terra de pecado, a intermitencia da morte acabou, e verás, ou não, se houve mesmo um evangelho segundo Jesus Cristo.
Teu manual de pintura e caligafria serão a base de todos os nossos cadernos, viverás em nossas pequenas memórias , em tua bagagem de viajante levaras todas as duvidas e certezas deste mundo e do Outro e provavelmente alegria, entre todos os nomes chamarão você José Saramago.

"Dos medos nascem as coragens; e das dúvidas as certezas. Os sonhos anunciam outra realidade possivel, e os delirios, outra razão. Somos, enfim, o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas a sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia. Nesta fé, fugitiva, eu creio. Para mim, é a única fé digna de confiança, porque é parecida com o bicho humano, fodido mais sagrado, e à louca aventura de viver no mundo. "




O que me faz humano me santifica.

"Cadeira de balanço é móvel da tradição brasileira que não fica mal em apartamento moderno."

Ao final de um dia, a fé é uma coisa engraçada. Ela aparece quando você menos espera. É como se um dia você percebesse que o conto de fadas é um pouco diferente do seu sonho. O castelo pode não ser bem um castelo. E não é tão importante ser feliz depois de tudo, apenas que seja feliz agora. Veja, de vez em quando, muito raramente, as pessoas vão te surpreender. E de vez em quando, as pessoas vão querer te fazer parar de respirar.

Talvez nós gostemos da dor, talvez nós fomos colocados no mesmo caminho, porque sem ela, eu não sei, talvez não nos sentiriamos reais... Como é aquele ditado? "Por que eu continuo a me bater com um martelo? Porque me sinto tão bem quando eu paro.

Nada é mais fácil para essa gente comum, de inteligência restrita, do que se mostrar original e mesmo exceção, e folgar com essa ilusão, nunca chegando a perceber o equívoco.Basta a muita de nossas mocinhas cortarem o cabelo de certo modo e usarem óculos azuis e se cognominarem de niilistas, para ficarem de vez persuadidas de que, com isso só, obtiveram automaticamente convicções próprias. Basta a certos cavalheiros sentir o mais leve prurido de qualquer emoção bondosa e humanitária para que imediatamente fiquem persuadidos de que ninguém mais sente o que eles sentiram, e de que formaram a vanguarda da cultura.Basta a certos indivíduos assimilar uma idéia expressa por outrem, ou ler qualquer página solta, para imediatamente acreditarem que essa é sua a opinião pessoal espontâneamente brotada do seu cérebro.




Acabo de me apropriar da opinião de Dostoievski, nada original é claro mas bem apropriado pra as circunstâncias em que vivo, nada em excesso me agrada, a inteligencia e originalidade muito aparente me assusta, as vezes me parece falta de bom senso, whatever estou um pouco de saco cheio de erudição.

"Sentado ali, bebendo, considerei a opção do suicídio, mas me senti estranhamente apaixonado pelo meu corpo, pela minha vida. Apesar das cicatrizes que marcavam meu corpo e minha existência, ambos eram propriedades minhas. Eu podia me levantar agora e sorrir com escárnio para meu reflexo no espelho da cômoda: se você tem que ir, que leve ao menos uns oito junto, uns dez, uns vinte...Era uma noite de dezembro, um sábado. Estava no meu quarto e tinha bebido muito mais que o de costume, acendendo um cigarro no outro, pensando nas garotas e na cidade e nos empregos e nos anos que ainda viriam. Olhando para o devir, eu gostava muito pouco do que via. Eu não era um misantropo ou um misógino, mas gostava de estar sozinho. Era bom estar solitário num lugarzinho, sentado, fumando e bebendo. Sempre tinha sido uma boa companhia para mim mesmo."


Existe uma certa magia em estar vivo, mesmo quando tudo vai muito mal, mesmo nos momentos em que meus conflitos internos já estão me tirando o sono, quando minha janela pede que me atire do quinto andar, existe uma curiosidade por essa magia, que me faz resistir, pra saber o que virá amanha e me fará novamente questionar essas coisas todas, pra saber se ainda temos chance quando acredito que fracassamos todos nessa nossa tarefa de viver.

"Quando se dá a uma criança um brinquedo complexo demais para o seu espírito infantil ou demasiadamente belo para os seus olhos ainda mal abertos, a criança destrói o objeto , se for voluntário, ou, se for indiferente, afastar-se-á para ir brincar com os outros companheiros. Eis o que sucedeu contigo. Apoderaste-te da minha vida, mas não sabias o que fazer com ela. Não poderias saber: era coisa extraordinária em excesso para as tuas mãos."

Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária.
A estabelecer relações ordinárias.Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.

"Porque amanha é só uma data e não uma sentença de pra sempre"

"A memória é deveras um pandemônio, mas está tudo lá dentro, depois de fuçar um pouco o dono é capaz de encontrar todas as coisas."



Ficamos juntando peças inventando histórias, achando os culpados pra cada coisa, pra fingir que faz sentido, nem sempre faz, nem tudo tem uma explicação, depois quando já estivermos distante do tempo das coisas encaixaremos tudo de forma que fique mais claro.

"Tem muita gente que se distrai e é feliz pra sempre, sem conhecer as delícias de ser feliz por uns meses, depois infeliz por uns dias... Viver não é seguro. Viver não é fácil. E não pode ser monótono. Mesmo fazendo escolhas aparentemente definitivas, ainda assim podemos excursionar por dentro de nós mesmos e descobrir lugares desabitados em que nunca colocamos os pés, nem mesmo em imaginação. E, estando lá, rever nossas escolhas e recalcular a duração de "pra sempre". Muitas vezes o "pra sempre" não dura tanto quanto duram nossa teimosia e receio de mudar."



Estou terrivelmente feliz nesses últimos dias, e isso me assusta muito porque sei que acaba logo, transfiro meus prazeres ou pra um sonho futuro ou uma saudade do passado, mesmo quando sinto um vento gelado que me agrada muito acho que um dia vai ser perfeito ou penso que já foi bom um outra vez em um tempo distante.
Eu sei que acaba mas volta a aparecer com um livro, um amigo, uma paisagem ou a possibilidade de qualquer sentimento que me torne humana, viver não é fácil mesmo, mas as vezes é mágico.

Hoje li uma frase em um texto que não acabei, que dizia " Eu não sou Clarice, eu sou Macabeia", exatamente eu não sou a Clarice ainda que seja triste e diante de toda minha opacidade na vida nem sei as vezes do que se trata essa tal felicidade, só posso ser Macabeia, qualquer dia uma estrela me encontra ou uma jamanta express como diria o Caio.

"Quem nunca se perguntou: eu sou um monstro, ou isto é ser uma pessoa?"

Senhores, a única forma de alcançar o impossível é pensar que é possível.

Acordei e tive a impressão que realmente aquilo estava acontecendo e era real, parecia que nunca poderia sentir daquela forma, ainda no decorrer da tarde me perguntava se estava mesmo acontecendo tudo aquilo e seria mesmo tão bom como parecia, sim meus caros era vida e era real.

"O raciocínio transformado em argumento é muito mais sólido que o mais contundente adjetivo."


E lá vamos nós, me instiga, isso me leva e me carrega por que agora me tens.

"O Mundo só está vivo para a pessoa que desperta para ele. Só o relacionamento com os outros nos desperta do perigo de deixar nossa vida adormecida."


Amanha as coisas já não serão as mesmas, ontem ainda não eram como agora, mas definitivamente tenho me sentido muito bem em muitas ocasiões as vezes por um período muito curto de tempo mas as vezes vale muito a pena.
Conheci rapidamente um sonho que agora tenho que ficar tentando realizar como é bom fugir por um segundo da mediocridade de sonhar o sonho alheio, me encontro me perco e vou mas com muitas possibilidade ainda.

Quando te vejo fico logo pensando em como vai ser seu fim de tarde, quando nos separarmos e cada um for pra seu mundo, voce não tem ideia de como me facina saber que existe alguma coisa tão diferente do que eu vivo em cada um que vejo durante um dia de rotina, onde tudo parece igual e na verdade é diverso e bonito.

Quando voce vier não me conte nada, nem tente me explicar, porque quando me olhas decifras a eterna dúvida que tenho a respeito de ti, não fale baixo pra que eu não ouça porque o que dizes sem saber que te observo faz meu mundo, não vamos figir que somos iguas, que bom que não somos porque não teria uma vida de verdadeiramente interesante se não ficasse tentando imaginar como é a sua quando se vai e não estamos mais no mesmo raio de distancia, que passamos todos os dias por um periodo pequeno do seu e do meu tempo.





'Escreva sobre o que te dá medo, sobre o que te dá vergonha, sobre o que você ama. Escreva sem julgar, escreva sobre os outros. Escute conversas alheias, mesmo se as pessoas te parecerem estranhas. Ande de ônibus e de metrô e observe tudo. Lide com pessoas de diferentes profissões e idades. Não fique cercado por pessoas que tem a sua idade e fazem a mesma coisa que você. Aliás, fuja delas'.

E sabe de uma coisa, as pessoas realmente esperam um amor, e quando eu temo minha velhice temo na verdade a esperança do amor que se esvai com o passar do tempo, não conheço pessoa alguma que possa ser considerada bem sucedida enquanto não amou de alguma forma alguém. Sabe o que é pior eu não sei amar, quando me entrego geralmente é a amores platonicos e silenciosos que passam sem nunca terem ultrapassado minha mente, eu não sei amar e me deixar ser amada e isso fere todos os dias.

Não creio que haja realmente algo impossível no campo das realizações, mas quando se trata de outra pessoa me sinto impotente, não sei bem como agir e nem sei bem como me sinto, quando se trata de interferir na vida de outra pessoa a ponto de torna-la objeto de meu desejo, e deixar que essa interfira e entre em minha vida clandestina me assusto terrivelmente e fico inerte, sem qualquer movimento que me leve a diante, eu temo a solidão, mas o amor e desorientação.

"...mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo- quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo,não sei me entregar à desorientação."

No fundo, há só uma verdade: me sinto só.
Talvez seja essa a causa dos meus males.
Ou será o desconhecimento do que sou, (...)
O que sei é que as coisas que preocupam
podem ser resumidas em poucas palavras:
Deus, solidão. E no fundo, o que existe sou eu.
Como um grande ponto de interrogação sem resposta.'