Me visitam

dezembro 12, 2010


Ao ver o corpo de Diadorim – ainda sem a revelação de sua nudez –, Riobaldo recusa aceitar a morte do ser amado. Se a realidade é apenas o que pode ser nomeado pelas palavras, ele emudecerá para sempre: “Não escrevo, não falo – para assim não ser: não foi, não é, não fica sendo! Diadorim.” (...)


Eu estendi as mãos para tocar naquele corpo, e estremeci, retirando as mãos para trás, incendiável; abaixei meus olhos. E a Mulher estendeu a toalha, recobrindo as partes. Mas aqueles olhos eu beijei, e as faces, a boca. Adivinhava os cabelos. Cabelos que cortou com tesoura de prata.... Cabelos que só, no só ser, haviam de dar para baixo da cintura... E eu não sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo:
- “Meu amor!...” "

Um comentário:

Unknown disse...

lindas suas letras o sentir profundo de elas sao maravilhosas...

saludos
otima semana
abracos

feliz ano novo