Ok, se temos mesmo que tratar desse assunto deixe eu explique melhor meu ponto de vista.
Não se trata unicamente de de aversão, é antes de qualquer coisa uma falta de habilidade incrível para tanto, o que existe antes de tudo no campo dos sentimentos é a sensação de violação da intimidade, uma certa inadequação para que haja troca, quesito básico nesse assunto. É claro há desejo, que a evitação vai muito além da insegurança com o corpo, o que assusta é o outro, o mistério que ronda cada um, a incapacidade do contato, o medo da dependência e rejeição que sempre parece tão certa.
As questões são sempre as mesmas, o que tem de desejável em alguém, que não seja exatamente igual ao que há no outro? O que tem pra amar em quem em alguém que nunca amou?
Racionalizar tudo isso torna a coisa mais sacra, mais santa, a ciência é a nova religião, ela nos livra do outro, o torna menor, nos coloca acima dos animais que se entregam à seus instintos, a razão nega a pele, nega o toque, controla a vida. A razão cura a demência, mantém a ordem, exorciza os demônios, é Deus.
A verdade liberta, mas fere, endurece, nem sempre cura, a verdade é super valorizada, seria mais leve sem essa busca por uma verdade por tras de tudo, mas agora já não tem como negar a que a ternura se foi. Não procuro provar que estou certa, quero apenas que minha atitude não seja interpretada como arrogância, descuido, quero apenas que não seja eu a causadora de alguma mal àqueles que ainda acreditam, quero voltar para casa sem deixar feridas em alguém, mesmo que o preço disso seja
não deixar nenhuma marca no mundo.
"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."
Me visitam
julho 29, 2013
julho 15, 2013
“Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar.Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.”
É incrivel como o Caio vai e vem na minha vida, ele parece tão adolescente as vezes, não se enquadra mais com a minha idade, mas tem dias que ele sabe dizer exatamente o que acontece, Leminsk disse que é a poesia ou a prosa nesse caso é feita pra suprir a necessidade do poeta, mas poeta também é o receptor da poesia, então é disso que vivemos os que escrevem e os que leem, de poesia.
É incrivel como o Caio vai e vem na minha vida, ele parece tão adolescente as vezes, não se enquadra mais com a minha idade, mas tem dias que ele sabe dizer exatamente o que acontece, Leminsk disse que é a poesia ou a prosa nesse caso é feita pra suprir a necessidade do poeta, mas poeta também é o receptor da poesia, então é disso que vivemos os que escrevem e os que leem, de poesia.
julho 11, 2013
Pensei em te ligar hoje, pra dizer o que voce esta cansado de saber, as coisas se esvaziam de vez
em quando, fico muito aflita com essa falta de habilidade de lidar com a minha vida, fico angustiada
de ter que falar com alguém sobre isso quando ninguém consegue realmente chegar mais perto sem
que eu pire.
Eu penso em te ligar, mas logo em seguida vem aquele freio que não permite que eu peça ajuda a
ninguém, sou racional o suficiente pra saber que o que preciso realmente é de atenção
quando me sinto invisível, preciso criar problemas pra me certificar que existo realmente, a única
forma de existir e ser reconhecido pelo outro, se o outro não te procura voce inventa um história e
ele te enxerga de alguma forma.
Eu penso em ligar quando to decida a ir embora, mas se eu te ligasse e voce pedisse pra eu ficar
seria pelo motivo errado, se eu te ligasse e voce me mostrasse que eu quero ficar eu acharia que
voce esta só dizendo o obvio quando na verdade eu to mesmo é cansada, não quero que ninguém
me diga nada, só que alguém queira olhar pro meu abismo sem ter medo, é um buraco negro que
pode esta meio cheio ou meio vazio, a escolha é sua.
As pessoas me cansam, me machucam suas atitudes, queria me manter quentinha, protegida, como
quando ainda habitava o útero da minha mãe, as vezes me pergunto por que diabos foram me tirar
de lá, minha caixinha de proteção, o mundo é vasto, aberto e frio, posso ser engolida por sua
grandeza, estar exposto doi.
Quando finjo que não quero machucar ninguém na verdade estou tentando proteger a mim mesma, quando digo que não gosto de ninguém por perto, quero me manter longe da possibilidade de que não me queiram. Eu não sei mais o que é real em mim, eu nem sei onde estou quando estou contigo, o papel que eu interpretei por muito tempo é tudo que restou do que eu realmente sou, a confusão é tamanha que quando as luzes se apagam e as cortinas fecham não tenho mais pra onde ir.
Não vejo outra caminho, ou eu aceito o teatro da minha vida e represento até o fim essa peça louca ou eu assumo que não sei nem por onde começar a escrever minha própria história, você não pode ser responsável pelo roteiro, o cenário é desolador o final eu ja sei qual é.
A primeira diligência do espírito é a de distinguir o que é verdadeiro do que é falso. No entanto, logo que o pensamento reflete sobre si próprio, o que primeiro descobre é uma contradição.
em quando, fico muito aflita com essa falta de habilidade de lidar com a minha vida, fico angustiada
de ter que falar com alguém sobre isso quando ninguém consegue realmente chegar mais perto sem
que eu pire.
Eu penso em te ligar, mas logo em seguida vem aquele freio que não permite que eu peça ajuda a
ninguém, sou racional o suficiente pra saber que o que preciso realmente é de atenção
quando me sinto invisível, preciso criar problemas pra me certificar que existo realmente, a única
forma de existir e ser reconhecido pelo outro, se o outro não te procura voce inventa um história e
ele te enxerga de alguma forma.
Eu penso em ligar quando to decida a ir embora, mas se eu te ligasse e voce pedisse pra eu ficar
seria pelo motivo errado, se eu te ligasse e voce me mostrasse que eu quero ficar eu acharia que
voce esta só dizendo o obvio quando na verdade eu to mesmo é cansada, não quero que ninguém
me diga nada, só que alguém queira olhar pro meu abismo sem ter medo, é um buraco negro que
pode esta meio cheio ou meio vazio, a escolha é sua.
As pessoas me cansam, me machucam suas atitudes, queria me manter quentinha, protegida, como
quando ainda habitava o útero da minha mãe, as vezes me pergunto por que diabos foram me tirar
de lá, minha caixinha de proteção, o mundo é vasto, aberto e frio, posso ser engolida por sua
grandeza, estar exposto doi.
Quando finjo que não quero machucar ninguém na verdade estou tentando proteger a mim mesma, quando digo que não gosto de ninguém por perto, quero me manter longe da possibilidade de que não me queiram. Eu não sei mais o que é real em mim, eu nem sei onde estou quando estou contigo, o papel que eu interpretei por muito tempo é tudo que restou do que eu realmente sou, a confusão é tamanha que quando as luzes se apagam e as cortinas fecham não tenho mais pra onde ir.
Não vejo outra caminho, ou eu aceito o teatro da minha vida e represento até o fim essa peça louca ou eu assumo que não sei nem por onde começar a escrever minha própria história, você não pode ser responsável pelo roteiro, o cenário é desolador o final eu ja sei qual é.
A primeira diligência do espírito é a de distinguir o que é verdadeiro do que é falso. No entanto, logo que o pensamento reflete sobre si próprio, o que primeiro descobre é uma contradição.
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