Há agora esse desejo novo, desejo da escrita, canalizando a dor, a verdade, o poder que ainda resta, mas se esvai. Eu espero que essa escrita não me escape, percebo que o caminho se afunila para uma dor real que está próxima, preciso criar esse válvula que me manterá viva, essa empatia asfixiante ainda vai me matar, eu sei.
Começo de dissertação, pesquiso a dor alheia, sinto a dor alheia, vivo a dor, não compreendo, desconforto, medo e distancia são as únicas coisas que possuo diante dessa realidade, mas ninguém pode me dizer que eu não sinto essa dor. essa é também a minha dor.
Eu preciso escrever, escrever, escrever, até que sai alguma coisa que faça finalmente sentido, eu preciso materializar essas ideias confusas e desembaraça-las como faria com um novelo de lã esperando ser blusa, eu preciso estancar essa sangue que jorra manchado as calçadas por onde passo, cegando minhas vistas, enfraquecendo meus movimentos, silenciando meu grito. Eu, preciso.
Me visitam
fevereiro 26, 2016
fevereiro 05, 2016
Diário de Bordo da Vida Real
As redes socias tem nós dado a impressão de que o mundo está mudado, as pessoas tem discutido racismo.w homofobia, machismo, o mundo evolui, as pessoas estão sabendo seus direitos, tudo maravilhoso. Contudo, preciso contar pra vocês que no mundo real essas modernices ainda chegaram.
Eu por exemplo, sai da faculdade linda, cheia de ideais, pensando que ninguém jamais iria me humilhar como estava acostumada, tudo mentira. Venho tentando explicar pras pessoas com as quais convivo que não é preciso mais aceitar condutas ofensivas da chefia ou dos colegas de trabalho, que reclamações em relação à essas condutas não configuram em hipótese alguma estar quebrando as regras ou cometento algum ato ilicito, mas isso é balelaporque eu sou concursada, eu ainda tenho a estabilidade no trabalho como garantia, meus colegas ao contrário jamais poderiam se dar ao luxo de abrir mão desse trabalho, eles teriam de enfrentar realidade de um processo administrativo e a possibilidade de não ter ninguém que testemunhasse ao seu favor. Teriam de encontrar outro emprego com o estigma de quem tem processos trabalhistas. Essa é a realidade de um trabalhador fora das redes sociais, os seus chefes ainda estão com a chibata em punho, ainda tem um tronco como aviso do que vai acontecer se reclamar, ainda acham que fazem um favor aos colaboradores quando lhes oportunizam uma vaga com salários de fome e tratamento desigual.
É muito legal ter todas as informações referentes aos direitos que possuo, mas ao mesmo tempo e muito frustante nao ter coragem pra colocar esse direito em prática, a vida longe das redes e "fail", é triste, é enloquecedora.
Eu por exemplo, sai da faculdade linda, cheia de ideais, pensando que ninguém jamais iria me humilhar como estava acostumada, tudo mentira. Venho tentando explicar pras pessoas com as quais convivo que não é preciso mais aceitar condutas ofensivas da chefia ou dos colegas de trabalho, que reclamações em relação à essas condutas não configuram em hipótese alguma estar quebrando as regras ou cometento algum ato ilicito, mas isso é balelaporque eu sou concursada, eu ainda tenho a estabilidade no trabalho como garantia, meus colegas ao contrário jamais poderiam se dar ao luxo de abrir mão desse trabalho, eles teriam de enfrentar realidade de um processo administrativo e a possibilidade de não ter ninguém que testemunhasse ao seu favor. Teriam de encontrar outro emprego com o estigma de quem tem processos trabalhistas. Essa é a realidade de um trabalhador fora das redes sociais, os seus chefes ainda estão com a chibata em punho, ainda tem um tronco como aviso do que vai acontecer se reclamar, ainda acham que fazem um favor aos colaboradores quando lhes oportunizam uma vaga com salários de fome e tratamento desigual.
É muito legal ter todas as informações referentes aos direitos que possuo, mas ao mesmo tempo e muito frustante nao ter coragem pra colocar esse direito em prática, a vida longe das redes e "fail", é triste, é enloquecedora.
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