Me visitam

julho 09, 2012


O cansaço é tão grande que chego a ter vontade de chorar, pensei em reler um velho livro, busco na prateleira alguma inspiração pra continuar, as pessoas nos magoam, nos abandonam, seguem suas vidas sem nos fazer falta, os livros são os mesmo de cinco anos atras, a leitura hoje talvez mais rapida e menos sentimental tire aquele ar de intimidade que tinha com o autor.
Comecei o mesmo livro que li da primeira vez em que notei a falta de sentido, sei o final, não gosto de como o lirico se torna humano e se perde no cotidiano do meu personagem favorito. Voce acha possivel que autores diferentes escrevam com nomes distintos uma historia diferente para o mesmo personagem?
Pois agora acabo de descobrir que desde sempre na minha imaginação o Vasco da trilogia Clarissa do Erico Verissimo é o mesmo Santiago Nasar de cronica de uma morte anunciada do Gabo e eu sou apaixonada por ele, a angustia da leitura me toma novamente, uma vontade de não ser daqui, a certeza de estar vivendo em 1930, de ter sido roubada de um conto policial latino americano, a certeza de não pertecer ao mundo que eu vivo, vou fugir desse mundo por uns dias.


Frescor agradecido de capim molhado como alguém que chorou e depois sentiu uma grande, uma quase envergonhada alegria, por ter a vida continuando…

Um comentário:

Alessandra Knoll Pereira disse...

vá pra 1930, tipo no filme do wood allen :) meia noite em paris.