"O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa "esse lugar confuso", o Amor um dia".
As vezes eu olho para as coisas de antes e acho que tudo foi melhor lá, eu sei que não pode ser verdade, porque antes o que eu buscava era o agora. Eu fui lá atrás algumas vezes e voltei ainda mais vazia, porque além de não trazer nada eu deixei a ilusão de que em uma parte qualquer da vida estava a cura para o que sempre senti.
Não tem como saber como seriam as coisas se alguma decisão, que não poderia ser minha, tivesse sido tomada de outra forma, o que sei é que nessa busca cansativa e incessante por resposta eu acabo sempre conferindo ao passado um valor que de fato ele não teve, conferindo as escolhas dos outros uma responsabilidade sobre minha vida que na verdade não interferiram no que eu sou. O que sei é que eu sinto uma falta gigantesca de algo que não consigo nomear, e como agora está difícil olhar pra frente e buscar lá essa falta eu reviro o passado e tento colorir essa vida meio cinza que já não volta.
Talvez isso seja mesmo saudade, só que não sei muito bem o que fazer diante dela, nem tenho como lidar com isso agora, saudade é algo estranho, porque não dá pra parar de sentir quando a gente quer, não dá pra curar quando dói de verdade, ela fica ali latejando e você tem que aguentar,
talvez seja só o desejo de que as pessoas saibam, sem que você precise dizer, que elas foram importantes, que você sente muito, que você não é indiferente.
Me visitam
dezembro 08, 2013
novembro 16, 2013
Há barcos para muitos portos, mas nenhum para a vida não doer, nem há desembarque onde se esqueça. Tudo isto aconteceu há muito tempo, mas a minha mágoa é mais antiga.
Eu só queria morrer um pouquinho, não essa morte dramática, cênica e que todos vem ver pra se sentir melhor e ainda vivos, morrer por um dia dois, depois voltar e perceber o bem que é a vida, morrer e descansar,viajar no inconsciente e perceber que dentro de mim ainda há respostas que fundamentam a existência e a permanência nesse caos que se tornou o mundo desde que aqui cheguei.
Morrer simbolicamente, não dolorosamente, morrer pra essa realidade que não favorece a ninguém, porque a balburdia esta armada, e ainda que pense não encaixo naquilo que visto como meu.
Morrer é minha metáfora, minha razão, pra estar vivo é preciso que a morte não doa, não pese, não assuste, que a vida faça algum sentido, seja de alguma forma o grande significado, que o investimento seja são, sem ter que contar nos dedos o prazeres que ainda me são escassos, os desejos que me são impossíveis, os laços que não nunca se prendem.
Morrer pra esse padrão, pra essa verdade absoluta que me faz tão in, pra esse caminhar pra frente, sem toque, tem gesto, morrer pra essa morte que chega lentamente e certeira e espera outra morte real, sem ameaças e sem pedido de atenção, morrer um pouquinho pra caminhar dentro de mim e descobrir ai meu lugar seguro.
Matar o que eu sou e ser um novo, assimilando minha dor, fazendo útil a angustiante espera, tornar a angustia a propulsora do prazer, do movimento, da mudança, da produtividade. Matar as escolhas que fiz e ditaram quem eu seria, matar o eu que não quer mais ser, ser e não ser na ambivalência predominante de todo ser, matar o certo, o pensar, o ruminante pensar que se apodera do que sou e toma todas as possibilidade de agir, matar e matar porque a morte é a única porta que leva á algum lugar, criar e recriar, inventar um tempo que não passe cronologicamente e que pare no que for mais importante do que a própria vida.
Eu só queria morrer um pouquinho, não essa morte dramática, cênica e que todos vem ver pra se sentir melhor e ainda vivos, morrer por um dia dois, depois voltar e perceber o bem que é a vida, morrer e descansar,viajar no inconsciente e perceber que dentro de mim ainda há respostas que fundamentam a existência e a permanência nesse caos que se tornou o mundo desde que aqui cheguei.
Morrer simbolicamente, não dolorosamente, morrer pra essa realidade que não favorece a ninguém, porque a balburdia esta armada, e ainda que pense não encaixo naquilo que visto como meu.
Morrer é minha metáfora, minha razão, pra estar vivo é preciso que a morte não doa, não pese, não assuste, que a vida faça algum sentido, seja de alguma forma o grande significado, que o investimento seja são, sem ter que contar nos dedos o prazeres que ainda me são escassos, os desejos que me são impossíveis, os laços que não nunca se prendem.
Morrer pra esse padrão, pra essa verdade absoluta que me faz tão in, pra esse caminhar pra frente, sem toque, tem gesto, morrer pra essa morte que chega lentamente e certeira e espera outra morte real, sem ameaças e sem pedido de atenção, morrer um pouquinho pra caminhar dentro de mim e descobrir ai meu lugar seguro.
Matar o que eu sou e ser um novo, assimilando minha dor, fazendo útil a angustiante espera, tornar a angustia a propulsora do prazer, do movimento, da mudança, da produtividade. Matar as escolhas que fiz e ditaram quem eu seria, matar o eu que não quer mais ser, ser e não ser na ambivalência predominante de todo ser, matar o certo, o pensar, o ruminante pensar que se apodera do que sou e toma todas as possibilidade de agir, matar e matar porque a morte é a única porta que leva á algum lugar, criar e recriar, inventar um tempo que não passe cronologicamente e que pare no que for mais importante do que a própria vida.
outubro 31, 2013
É preciso esgotar a morte pra que eu consiga viver, eu não gosto de parecer tão triste, eu não quero que minha presença pese na vida das pessoas, não quero falar desse gosto amargo que sinto ao levantar, ninguém merece ser o muro das lamentações de alguém que tem como luta diária apenas a dificuldade de escolher a cor da roupa que ira vestir.
O sofrimento visto daqui é a coisa mais patética em mim, venci barreiras que não me sabia capaz, agora a única coisa que venço diariamente é vontade incessante de morrer sem dor. Existe um mundo de realizações que me esperam, existe uma uma boa causa pra se buscar, há quem precise mais do que um sentido pra vida, mas não me movo sem ter vontade.
A morte parece o caminho mais fácil, diante dela tudo se torna menor, o mundo hostil e confuso é uma breve passagem, os outros, caminhos sem roteiros que encontro na vida, se tornam nada, a dor de fazer parte de uma especie tão mesquinha se vai, a morte responde a tudo com alivio.
Ainda que eu saiba que é preciso viver amanha, porque eu sei que acordo com a mesma cara, digo a todos o mesmo bom dia, sigo adiante para que o futuro me alcance com resposta a dor, ainda que eu saiba que entre o desejo e o ato existe coisas que não explico, que morrer não é bem o que quero, respondo com morte a todos os impulsos de vida que pareço ter.
A morte é minha fé, minha ultima cartada, meu refugio de dor, é finitude que diminui o que parece eterno, é a irônica derrota diante do acumulo de vitórias que preciso ter pra ter alguma identidade, é um saber superior que não permite que me apegue, é o que deixo sempre pra outro dia, porque só pode existir outros dias porque ela existe, a vida se torna mais leve por causa da morte.
A morte pode dar ensejo a dois sentimentos opostos: ou fazer pensar que morrer é tornar-se o mais vulnerável dos seres, sem defesa contra o desconhecido; ou que é tornar-se invulnerável e afastado de todos os males possíveis. Em quase todos, esses dois sentimentos existem e alternam-se. Passa-se a vida temendo ou desejando a morte.
A morte pode dar ensejo a dois sentimentos opostos: ou fazer pensar que morrer é tornar-se o mais vulnerável dos seres, sem defesa contra o desconhecido; ou que é tornar-se invulnerável e afastado de todos os males possíveis. Em quase todos, esses dois sentimentos existem e alternam-se. Passa-se a vida temendo ou desejando a morte.
outubro 20, 2013
Tudo aquilo em que ponho afeto
caminho pela vida afora.
Tudo aquilo em que ponho afeto
fica mais rico e me devora.
Diante das diversas realidades encontradas nos últimos dias chego a pensar que encontrei respostas pra questões que me atormentaram por muito tempo. O amor é algo ruim, a esquiva que desenvolvi foi em decorrência do fato de saber qual é o meu limite diante da morte, o amor pra mim só pode ser dor.
Eu criei durante toda a minha vida barreiras de fantasia e ilusão que me fizeram só, mas me mantiveram viva, a minha luta foi sempre pela sobrevivência, o amor demanda muita energia, muita entrega e principalmente muita fé, não tenho forças para tanto.
Eu pergunto a mim mesma todos os dias o que me faz ser quem sou, se por um roteiro diferente minha vida seria outra, eu sofri durante muito tempo uma solidão que me estigmatizava, eu tentei me enquadrar, dar uma resposta pra isso não me faz livre da sensação de erro e falta de ajuste, mas deixa um tanto mais claro esse caminho sem mapa que faço em direção ao meu destino.
Eu pergunto a mim mesma todos os dias o que me faz ser quem sou, se por um roteiro diferente minha vida seria outra, eu sofri durante muito tempo uma solidão que me estigmatizava, eu tentei me enquadrar, dar uma resposta pra isso não me faz livre da sensação de erro e falta de ajuste, mas deixa um tanto mais claro esse caminho sem mapa que faço em direção ao meu destino.
outubro 02, 2013
Um dor física que parece prever algo ruim, uma sensação de estar presa a esse corpo, aquele velho desencaixe agora é também interno. Meu corpo dói, não há mais prazer em nada, não tem luz na fim do túnel, só essa vontade de não fazer parte de mais nada, o que vejo em volta é um vazio, mas a dor física agora grita mais alto do que qualquer desilusão com o mundo.
A velha sensação de depressão pós-coito, o mundo gira mais lentamente, ninguém nota o desequilíbrio com que vagueio, tudo é apatia, tudo é insalubre, não quero nada e faço muita força pra alcançar meu objetivo. Não há o que querer, mas ficar pra trás é uma derrota, meu corpo dói, preciso dormir, mas não quero sonhar, o mundo dos meus sonhos é pior que realidade, é la que me encontro comigo mesma, não é saudável o que vejo.
É muita lamentação pra um destino tão pequeno, é muito abismo pra pouco peso, tudo parece tão escuro e frio como sempre, a distancia é cada vez maior, já não vejo mais ninguém.
Não são os males violentos que nos marcam, mas os males surdos, insistentes, toleráveis - aqueles que fazem parte de nossa rotina e nos minam meticulosamente, como o tempo.
A velha sensação de depressão pós-coito, o mundo gira mais lentamente, ninguém nota o desequilíbrio com que vagueio, tudo é apatia, tudo é insalubre, não quero nada e faço muita força pra alcançar meu objetivo. Não há o que querer, mas ficar pra trás é uma derrota, meu corpo dói, preciso dormir, mas não quero sonhar, o mundo dos meus sonhos é pior que realidade, é la que me encontro comigo mesma, não é saudável o que vejo.
É muita lamentação pra um destino tão pequeno, é muito abismo pra pouco peso, tudo parece tão escuro e frio como sempre, a distancia é cada vez maior, já não vejo mais ninguém.
Não são os males violentos que nos marcam, mas os males surdos, insistentes, toleráveis - aqueles que fazem parte de nossa rotina e nos minam meticulosamente, como o tempo.
setembro 11, 2013
“Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida…
Sou isso, enfim…
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.”
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida…
Sou isso, enfim…
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.”
agosto 19, 2013
A
loucura bateu a porta de casa, todas foram prontamente abrir, entrou devastou o
que ainda restava de pé.
A loucura varreu os meus dias mais
doces, me mostrou quanto pesa o viver.
A loucura arrastou com ela os
esforços pra me manter entre os outros, ditou sua regra.
A loucura não ouve ninguém, por mais
que se diga, a verdade não existe na sua presença.
A loucura testa os nervos e as regras
sociais, é dona de si, é dona do mundo.
A loucura violenta derruba as portas
e pula das janelas do último andar.
A loucura pensa que é gênio, que é
arte, mas não enxerga a destruição que produz, ela só pode ser dor.
A loucura bateu minha porta, estava inteira e desviou sua
fúria de mim
julho 29, 2013
Só me toque quando eu mandar
Ok, se temos mesmo que tratar desse assunto deixe eu explique melhor meu ponto de vista.
Não se trata unicamente de de aversão, é antes de qualquer coisa uma falta de habilidade incrível para tanto, o que existe antes de tudo no campo dos sentimentos é a sensação de violação da intimidade, uma certa inadequação para que haja troca, quesito básico nesse assunto. É claro há desejo, que a evitação vai muito além da insegurança com o corpo, o que assusta é o outro, o mistério que ronda cada um, a incapacidade do contato, o medo da dependência e rejeição que sempre parece tão certa.
As questões são sempre as mesmas, o que tem de desejável em alguém, que não seja exatamente igual ao que há no outro? O que tem pra amar em quem em alguém que nunca amou?
Racionalizar tudo isso torna a coisa mais sacra, mais santa, a ciência é a nova religião, ela nos livra do outro, o torna menor, nos coloca acima dos animais que se entregam à seus instintos, a razão nega a pele, nega o toque, controla a vida. A razão cura a demência, mantém a ordem, exorciza os demônios, é Deus.
A verdade liberta, mas fere, endurece, nem sempre cura, a verdade é super valorizada, seria mais leve sem essa busca por uma verdade por tras de tudo, mas agora já não tem como negar a que a ternura se foi. Não procuro provar que estou certa, quero apenas que minha atitude não seja interpretada como arrogância, descuido, quero apenas que não seja eu a causadora de alguma mal àqueles que ainda acreditam, quero voltar para casa sem deixar feridas em alguém, mesmo que o preço disso seja
não deixar nenhuma marca no mundo.
"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."
Não se trata unicamente de de aversão, é antes de qualquer coisa uma falta de habilidade incrível para tanto, o que existe antes de tudo no campo dos sentimentos é a sensação de violação da intimidade, uma certa inadequação para que haja troca, quesito básico nesse assunto. É claro há desejo, que a evitação vai muito além da insegurança com o corpo, o que assusta é o outro, o mistério que ronda cada um, a incapacidade do contato, o medo da dependência e rejeição que sempre parece tão certa.
As questões são sempre as mesmas, o que tem de desejável em alguém, que não seja exatamente igual ao que há no outro? O que tem pra amar em quem em alguém que nunca amou?
Racionalizar tudo isso torna a coisa mais sacra, mais santa, a ciência é a nova religião, ela nos livra do outro, o torna menor, nos coloca acima dos animais que se entregam à seus instintos, a razão nega a pele, nega o toque, controla a vida. A razão cura a demência, mantém a ordem, exorciza os demônios, é Deus.
A verdade liberta, mas fere, endurece, nem sempre cura, a verdade é super valorizada, seria mais leve sem essa busca por uma verdade por tras de tudo, mas agora já não tem como negar a que a ternura se foi. Não procuro provar que estou certa, quero apenas que minha atitude não seja interpretada como arrogância, descuido, quero apenas que não seja eu a causadora de alguma mal àqueles que ainda acreditam, quero voltar para casa sem deixar feridas em alguém, mesmo que o preço disso seja
não deixar nenhuma marca no mundo.
"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."
julho 15, 2013
“Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar.Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.”
É incrivel como o Caio vai e vem na minha vida, ele parece tão adolescente as vezes, não se enquadra mais com a minha idade, mas tem dias que ele sabe dizer exatamente o que acontece, Leminsk disse que é a poesia ou a prosa nesse caso é feita pra suprir a necessidade do poeta, mas poeta também é o receptor da poesia, então é disso que vivemos os que escrevem e os que leem, de poesia.
É incrivel como o Caio vai e vem na minha vida, ele parece tão adolescente as vezes, não se enquadra mais com a minha idade, mas tem dias que ele sabe dizer exatamente o que acontece, Leminsk disse que é a poesia ou a prosa nesse caso é feita pra suprir a necessidade do poeta, mas poeta também é o receptor da poesia, então é disso que vivemos os que escrevem e os que leem, de poesia.
julho 11, 2013
Pensei em te ligar hoje, pra dizer o que voce esta cansado de saber, as coisas se esvaziam de vez
em quando, fico muito aflita com essa falta de habilidade de lidar com a minha vida, fico angustiada
de ter que falar com alguém sobre isso quando ninguém consegue realmente chegar mais perto sem
que eu pire.
Eu penso em te ligar, mas logo em seguida vem aquele freio que não permite que eu peça ajuda a
ninguém, sou racional o suficiente pra saber que o que preciso realmente é de atenção
quando me sinto invisível, preciso criar problemas pra me certificar que existo realmente, a única
forma de existir e ser reconhecido pelo outro, se o outro não te procura voce inventa um história e
ele te enxerga de alguma forma.
Eu penso em ligar quando to decida a ir embora, mas se eu te ligasse e voce pedisse pra eu ficar
seria pelo motivo errado, se eu te ligasse e voce me mostrasse que eu quero ficar eu acharia que
voce esta só dizendo o obvio quando na verdade eu to mesmo é cansada, não quero que ninguém
me diga nada, só que alguém queira olhar pro meu abismo sem ter medo, é um buraco negro que
pode esta meio cheio ou meio vazio, a escolha é sua.
As pessoas me cansam, me machucam suas atitudes, queria me manter quentinha, protegida, como
quando ainda habitava o útero da minha mãe, as vezes me pergunto por que diabos foram me tirar
de lá, minha caixinha de proteção, o mundo é vasto, aberto e frio, posso ser engolida por sua
grandeza, estar exposto doi.
Quando finjo que não quero machucar ninguém na verdade estou tentando proteger a mim mesma, quando digo que não gosto de ninguém por perto, quero me manter longe da possibilidade de que não me queiram. Eu não sei mais o que é real em mim, eu nem sei onde estou quando estou contigo, o papel que eu interpretei por muito tempo é tudo que restou do que eu realmente sou, a confusão é tamanha que quando as luzes se apagam e as cortinas fecham não tenho mais pra onde ir.
Não vejo outra caminho, ou eu aceito o teatro da minha vida e represento até o fim essa peça louca ou eu assumo que não sei nem por onde começar a escrever minha própria história, você não pode ser responsável pelo roteiro, o cenário é desolador o final eu ja sei qual é.
A primeira diligência do espírito é a de distinguir o que é verdadeiro do que é falso. No entanto, logo que o pensamento reflete sobre si próprio, o que primeiro descobre é uma contradição.
em quando, fico muito aflita com essa falta de habilidade de lidar com a minha vida, fico angustiada
de ter que falar com alguém sobre isso quando ninguém consegue realmente chegar mais perto sem
que eu pire.
Eu penso em te ligar, mas logo em seguida vem aquele freio que não permite que eu peça ajuda a
ninguém, sou racional o suficiente pra saber que o que preciso realmente é de atenção
quando me sinto invisível, preciso criar problemas pra me certificar que existo realmente, a única
forma de existir e ser reconhecido pelo outro, se o outro não te procura voce inventa um história e
ele te enxerga de alguma forma.
Eu penso em ligar quando to decida a ir embora, mas se eu te ligasse e voce pedisse pra eu ficar
seria pelo motivo errado, se eu te ligasse e voce me mostrasse que eu quero ficar eu acharia que
voce esta só dizendo o obvio quando na verdade eu to mesmo é cansada, não quero que ninguém
me diga nada, só que alguém queira olhar pro meu abismo sem ter medo, é um buraco negro que
pode esta meio cheio ou meio vazio, a escolha é sua.
As pessoas me cansam, me machucam suas atitudes, queria me manter quentinha, protegida, como
quando ainda habitava o útero da minha mãe, as vezes me pergunto por que diabos foram me tirar
de lá, minha caixinha de proteção, o mundo é vasto, aberto e frio, posso ser engolida por sua
grandeza, estar exposto doi.
Quando finjo que não quero machucar ninguém na verdade estou tentando proteger a mim mesma, quando digo que não gosto de ninguém por perto, quero me manter longe da possibilidade de que não me queiram. Eu não sei mais o que é real em mim, eu nem sei onde estou quando estou contigo, o papel que eu interpretei por muito tempo é tudo que restou do que eu realmente sou, a confusão é tamanha que quando as luzes se apagam e as cortinas fecham não tenho mais pra onde ir.
Não vejo outra caminho, ou eu aceito o teatro da minha vida e represento até o fim essa peça louca ou eu assumo que não sei nem por onde começar a escrever minha própria história, você não pode ser responsável pelo roteiro, o cenário é desolador o final eu ja sei qual é.
A primeira diligência do espírito é a de distinguir o que é verdadeiro do que é falso. No entanto, logo que o pensamento reflete sobre si próprio, o que primeiro descobre é uma contradição.
junho 27, 2013
Você vai me reconhecer, estarei me movimentando do mesmo jeito que você, a gente se reconhece de imediato no outro, quando percebe que ele também não cabe no próprio corpo, de alguma forma escondemos uma alma inchada, escorregadia, que balança dentro dessa coisa morta que nos carrega por ai.
Você sabe que eu também não estou aqui, que dentro de mim tem um universo multi colorido, um refugio convidativo que bloqueia a vida, eis minha contradição.
Eu penso que um dia vou acordar e perceber que o tempo passou de repente, e que sentei no meio do caminho, não deixei ele me levar, um dia vou acordar e querer dormir novamente, pra esquecer o breve instante que é a vida, se houver depois ele vem carregado de arrependimentos muito provavelmente, mas ninguém inventou um manual.
Ninguém consegue me convencer que é ruim me proteger, mas sei exatamente a sensação que há em estar em perigo, ninguém pode me dizer quanto estou perdendo quando já perdi tanto resignada, o que pulsa ainda está longe, numa fortaleza, não salva-se-á, mas estará intacto sem rachadoras quando tudo acabar.
De todo jeito não é de todo mal ser assim, é tenso, mas é calmo, não doí sempre, existe uma ilusão de que tudo vai bem, é preciso ter fé de que esse despertar nunca venha, que não haja depois questionando o que era vida, apropriar-se do nada e dele fazer minha casa.
Tenho as opiniões desmentidas, as crenças mais diversas - É que nunca penso nem falo nem ajo... Pensa, fala, age por mim sempre um sonho qualquer meu em que me encarno no momento.
Vem a fala e falo-eu-outro. De meu, só sinto uma incapacidade enorme, um vácuo imenso, uma incompetência ante tudo o que é a vida. Não sei os gestos a acto nenhum real.
Nunca aprendi a existir.
Você sabe que eu também não estou aqui, que dentro de mim tem um universo multi colorido, um refugio convidativo que bloqueia a vida, eis minha contradição.
Eu penso que um dia vou acordar e perceber que o tempo passou de repente, e que sentei no meio do caminho, não deixei ele me levar, um dia vou acordar e querer dormir novamente, pra esquecer o breve instante que é a vida, se houver depois ele vem carregado de arrependimentos muito provavelmente, mas ninguém inventou um manual.
Ninguém consegue me convencer que é ruim me proteger, mas sei exatamente a sensação que há em estar em perigo, ninguém pode me dizer quanto estou perdendo quando já perdi tanto resignada, o que pulsa ainda está longe, numa fortaleza, não salva-se-á, mas estará intacto sem rachadoras quando tudo acabar.
De todo jeito não é de todo mal ser assim, é tenso, mas é calmo, não doí sempre, existe uma ilusão de que tudo vai bem, é preciso ter fé de que esse despertar nunca venha, que não haja depois questionando o que era vida, apropriar-se do nada e dele fazer minha casa.
Tenho as opiniões desmentidas, as crenças mais diversas - É que nunca penso nem falo nem ajo... Pensa, fala, age por mim sempre um sonho qualquer meu em que me encarno no momento.
Vem a fala e falo-eu-outro. De meu, só sinto uma incapacidade enorme, um vácuo imenso, uma incompetência ante tudo o que é a vida. Não sei os gestos a acto nenhum real.
Nunca aprendi a existir.
junho 26, 2013
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham.
junho 19, 2013
junho 13, 2013
Será preciso optar? Não hesito: quero ser povo.
Um homem do povo não saberia fazer nenhum mal; um nobre não quer nenhum bem e é capaz de grandes malefícios; um, só se forma e se exerce nas coisas úteis; o outro, acrescenta as perniciosas: ali, mostram-se ingenuamente a grosseria e a franqueza; aqui, esconde-se uma seiva maligna e corrompida sob a casca da polidez: o povo não tem espírito e os nobres não têm alma; aquele tem bom fundo e não tem boa aparência; estes só têm aparências e uma simples superfície. Será preciso optar? Não hesito: quero ser povo.
Jean de La Bruyére,
Mas afinal o que causa um ódio assim tão grande pelo povo, o comentário infeliz, como qualquer outro que ja foi feito pelo Jabor, a respeito da manifestação pela redução da tarifa de onibus começa exatamente assim, mas o objeto de ódio é a cidade. Eu realmente não consigo entender o medo da impressa , uma impressa manipuladora e detentora de poder tão absurdo no pais, mas que visivelmente treme diante qualquer movimento democrático que demonstre um pensamento critico, acredito que o que se passa na verdade como conclui o próprio comentarista, é uma imensa ignorância política, é burrice misturada a um rancor sem rumo.
Hoje jornalistas foram feridos, assim como tantas outras pessoas , o que me espanta é que a midia não protege se quer os seus, jornalistas, colegas de profissão, gente que até mesmo está lá a serviço deles, são chamados baderneiros, vândalos e qualquer outro nome que descaracterize o direito constitucional de se manifestar, que tipo baderna pode haver em um impressa livre que tem o direito de transmitir a prisão de estudantes, de dizer a verdade em relação a atitude brutal assumida pela policia, policia essa que se quer sabe quem está defendo, porque considerando o salario pago a essa policia, deveriam ser os primeiros a repudiar o aumento de 20 centavos no preço da tarifa de onibus.
Eu devia estar estudando agora, mas não consigo parar de pensar no que acontece no mundo nesse momento, na violência com que tem sido tratado o povo quando se levanta pra lutar, eu não consigo parar de pensar nas imagens que vi hoje no meu país, ontem ainda estava tão longe de casa, eu não consigo entender gente batendo em gente, sem pensar, sem questionar seus atos, cumprindo seu dever, eu não sei em que momento politico ou histórico estamos, não sei que direção tomar.
A impressa livre que foi conquistada na unha se volta contra a luta, as informações completamente manipuladas me fazem ver, quanto tempo de alienação foi necessária pra que para nos transformar em cordeiros resignados, que não gritam no abate, confesso que não sei se temo a repressão do Estado que tenta esmagar com força bruta a manifestação popular ou se me encho de esperança diante de uma levante dos movimentos sociais, diante de uma gente que não precisa de vinte centavos, mas que sai na rua pra garantir que quem precisa não seja lesado, porque a imbecilidade maior no ponto de vista do Jabor é a de acreditar que o pão e circo cegariam pra sempre essa gente sem ideais, é acreditar que a luta politica ali é mera questão de siglas partidárias, a questão é politica sim, mas sinceramente acredito que seja contra esse sistema econômico engolidor de sonhos e fazedor de maquinas que consomem.
Jean de La Bruyére,
Mas afinal o que causa um ódio assim tão grande pelo povo, o comentário infeliz, como qualquer outro que ja foi feito pelo Jabor, a respeito da manifestação pela redução da tarifa de onibus começa exatamente assim, mas o objeto de ódio é a cidade. Eu realmente não consigo entender o medo da impressa , uma impressa manipuladora e detentora de poder tão absurdo no pais, mas que visivelmente treme diante qualquer movimento democrático que demonstre um pensamento critico, acredito que o que se passa na verdade como conclui o próprio comentarista, é uma imensa ignorância política, é burrice misturada a um rancor sem rumo.
Hoje jornalistas foram feridos, assim como tantas outras pessoas , o que me espanta é que a midia não protege se quer os seus, jornalistas, colegas de profissão, gente que até mesmo está lá a serviço deles, são chamados baderneiros, vândalos e qualquer outro nome que descaracterize o direito constitucional de se manifestar, que tipo baderna pode haver em um impressa livre que tem o direito de transmitir a prisão de estudantes, de dizer a verdade em relação a atitude brutal assumida pela policia, policia essa que se quer sabe quem está defendo, porque considerando o salario pago a essa policia, deveriam ser os primeiros a repudiar o aumento de 20 centavos no preço da tarifa de onibus.
Eu devia estar estudando agora, mas não consigo parar de pensar no que acontece no mundo nesse momento, na violência com que tem sido tratado o povo quando se levanta pra lutar, eu não consigo parar de pensar nas imagens que vi hoje no meu país, ontem ainda estava tão longe de casa, eu não consigo entender gente batendo em gente, sem pensar, sem questionar seus atos, cumprindo seu dever, eu não sei em que momento politico ou histórico estamos, não sei que direção tomar.
A impressa livre que foi conquistada na unha se volta contra a luta, as informações completamente manipuladas me fazem ver, quanto tempo de alienação foi necessária pra que para nos transformar em cordeiros resignados, que não gritam no abate, confesso que não sei se temo a repressão do Estado que tenta esmagar com força bruta a manifestação popular ou se me encho de esperança diante de uma levante dos movimentos sociais, diante de uma gente que não precisa de vinte centavos, mas que sai na rua pra garantir que quem precisa não seja lesado, porque a imbecilidade maior no ponto de vista do Jabor é a de acreditar que o pão e circo cegariam pra sempre essa gente sem ideais, é acreditar que a luta politica ali é mera questão de siglas partidárias, a questão é politica sim, mas sinceramente acredito que seja contra esse sistema econômico engolidor de sonhos e fazedor de maquinas que consomem.
junho 12, 2013
eu entrei lá sabendo o que iria acontecer, não que eu não precisasse realmente de ajuda, mas a motivação maior era a curiosidade, a possibilidade de um encontro como meu desejo. Eu estraguei as coisas para o acaso, ele não será piedoso diante disso, adiantei o tempo pra nós, que com certeza ja estivemos muitas vezes nos mesmos lugares, dividimos os mesmos amigos, esbarramos pela rua nos desculpando sem olhar direito, o acaso demorou eu me adiantei, agora estou só diante do nosso destino.
Como poderia dizer que não podemos seguir se não quero ir embora.
Não existe nada mais estranho e espinhoso do que a relação entre pessoas que só se conhecem de vista - que diariamente, mesmo hora a hora, se encontram, se observam e que têm assim de manter, sem cumprimentos e sem palavras, a aparência de desconhecimento indiferente, devido ao rigor dos costumes ou a caprichos pessoais. Entre elas existe inquietação e curiosidade exacerbada, a histeria da necessidade insatisfeita, anormalmente recalcada, de conhecimento e comunicação e sobretudo também uma forma de consideração tensa. Pois o ser humano ama e respeita o outro ser humano enquanto não está em posição de o julgar e o desejo é produto de um conhecimento insuficiente.
Como poderia dizer que não podemos seguir se não quero ir embora.
Não existe nada mais estranho e espinhoso do que a relação entre pessoas que só se conhecem de vista - que diariamente, mesmo hora a hora, se encontram, se observam e que têm assim de manter, sem cumprimentos e sem palavras, a aparência de desconhecimento indiferente, devido ao rigor dos costumes ou a caprichos pessoais. Entre elas existe inquietação e curiosidade exacerbada, a histeria da necessidade insatisfeita, anormalmente recalcada, de conhecimento e comunicação e sobretudo também uma forma de consideração tensa. Pois o ser humano ama e respeita o outro ser humano enquanto não está em posição de o julgar e o desejo é produto de um conhecimento insuficiente.
abril 15, 2013
Eu resolvi parar um pouco, é preciso chorar de vez em quando, eu resolvi parar de crescer, de ser paciente, de tomar o controle das coisas, eu resolvi que era hora de me desesperar e ver no que dava. Não deu em nada, no outro dia tive que acordar de manha com a mesma cara e seguir em frente, o analista ainda acha que fui eu quem criou essas regras, mas eu sei dentro de mim que elas já estavam ali quando eu cheguei.
Eu tento me sentir bem, eu faço de conta que isso é normal pra todo mundo, mas eu me sinto sozinha na maior parte do tempo, eu sinto que se fosse embora demoraria pra me acharem entre os gatos com os quais eu vivo, eu sinto que no final vou mesmo ter certeza que não tinha pote de ouro nenhum depois do arco-iris.
Eles não entendem com é ser vazio, nem tem ideia de como é
pesado carregar esse corpo de um lado pro outro sem saber muito bem o que fazer, eles não percebem que eu descobri a verdade, que depois de muitas conquistas e muitos fracassos não sobra mais nada pra querer. Eles até acham que eu estou mesmo seguindo a caravana, mas eu me perdi já faz tempo, eu sei que atravessar o deserto não trará a redenção que esperam, eu fui até lá e voltei.
Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, do meu nada, e agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer, fui péssimo em tudo
Eu tento me sentir bem, eu faço de conta que isso é normal pra todo mundo, mas eu me sinto sozinha na maior parte do tempo, eu sinto que se fosse embora demoraria pra me acharem entre os gatos com os quais eu vivo, eu sinto que no final vou mesmo ter certeza que não tinha pote de ouro nenhum depois do arco-iris.
Eles não entendem com é ser vazio, nem tem ideia de como é
pesado carregar esse corpo de um lado pro outro sem saber muito bem o que fazer, eles não percebem que eu descobri a verdade, que depois de muitas conquistas e muitos fracassos não sobra mais nada pra querer. Eles até acham que eu estou mesmo seguindo a caravana, mas eu me perdi já faz tempo, eu sei que atravessar o deserto não trará a redenção que esperam, eu fui até lá e voltei.
Cheguei numa fase da minha vida que vejo que a única coisa que fiz até agora foi fugir, fugir de mim mesmo, do meu nada, e agora não tenho mais para onde ir, nem sei o que vou fazer, fui péssimo em tudo
março 22, 2013
março 21, 2013
Deixo Sísifo no sopé da montanha! Encontramos sempre o nosso fardo. Mas
Sísifo ensina a fidelidade superior que nega os deuses e levanta os
rochedos. Ele também julga que tudo está bem. Esse universo enfim sem
dono não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada
estilhaço mineral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um
mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher um
coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz.
março 12, 2013
"No decorrer dos séculos, a História dos povos não
passa de uma lição de mútua tolerância, e assim, o sonho último será
envolvê-los todos numa ternura comum para os salvar o mais possível da
dor comum. No nosso tempo detestar-se e ferir-se porque não se tem o
crânio construído exactamente da mesma maneira, começa a tornar-se a
mais monstruosa das loucuras."
Não se trata de estar certo ou errado, as vezes mesmo estando certa fui eu quem pediu desculpas primeiro, pra acabar com um conflito, pra aliviar uma ambiente, pra não perder um amigo, mas nesse momento da minha vida preciso rever essas coisas que me causam gastrite, porque eu to sem saco pra relevar gente estúpida e ignorante ditando a verdade enquanto eu fico aqui parada fingindo que é só de paz que eu preciso.
Eu vi Django Livre hoje no cinema, a pergunta que um dos personagens se faz e exatamente a que eu sempre me fiz, por que diabos aquelas criaturas não se rebelaram, por que sendo mais fortes não tomaram o poder? Por que nós não nos rebelamos, mantemos a diplomacia e relevamos que riam da nossa cara todo dia porque isso faz com que eles se sintam melhores, eu to cansada de gente com uma bíblia embaixo do braço justificando a barbárie, eu to cansada de acusação de perseguição e uso pelo demônio toda vez que resolvo pensar por conta própria, eu to cansada de gente sem argumento pedindo respeito a sua fé quando não respeita a minha, quando não quer saber de onde vem o que eu acredito, quando se tranca na sua verdade e aponta o erro dos outros sem admitir que não tem idéia do que esta fazendo.
Eu tenho amigos maravilhosos, de todas as crenças, até os sem nenhuma, mas eu convivo, e me livrar disso sem dúvida vai ser uma das resoluções de ano novo, com gente que não me ouve quando eu falo, não me pergunta de onde vem o que acredito, que não esta interessado senão em apontar erros dos outros, com intenção é claro de que a mediocridade de sua vida seja aliviada pelo julgamento ignorante que faz da vida alheia, eu preciso não me importar mais com essa gente, lembrar que gente também passa na nossa vida.
Eu me torno mais uma intolerante diante a alienação desse tipo de gente, eu fico violenta, sem limites, não consigo ser civilizada quando gente do século XXI me diz que racismo é coisa de gente escandalosa, que os negros se usam dessa tática pra se beneficiar, que é algo que obviamente não existe, esse individuo na mesma conversa consegue expor sua observação social dizendo que é moda ser gay, e que em posição profissional a qual almeja jamais deixaria uma criança ser adotada por uma casal de homossexual devido aos efeitos maléficos que isso causaria na pobre criança, preferível é mesmo que está continue em um desses abrigos que servem sempre de palanque políticos ou religioso de esmola e arrecadações, gente que paga dizimo todo mês e diz que não se importa com fim dado ao seu dinheiro, pois seu pacto é com Deus, gente que não julga pastor corrupto porque essa é uma tarefa divina, mas que se importa com como é usado o órgão sexual de cada uma das pessoas do mundo, pois ela é conhecedora eximia de todas as regras que regem o universo a esse respeito.
Diante dessas coisas que me doem, machucam e tiram o sono, que posso fazer se sou minoria?
Tenho tanto medo de onde pode chegar o poder dessa gente, tenho medo do quanto ainda vão se usar de sua verdade para machucar gente inocente, tenho medo de ficar parada aqui sem fazer nada porque não é a mim que combatem, tenho horror de ver gente que sofre com essa atitude ficar calada esperando a poeira baixar. Eu grito, esperneio, choro, mas não vejo a mudança que o mundo precisa não nos vejo caminhando pra algum ponto mais tolerante, porque nem mesmo eu tolero com facilidade esse tipo gente.
Acho que não estamos maduros o suficiente para discutirmos de forma civilizada nosso ponto de vista, porque nem eu nem eles queremos fazer parte de outro grupo que não seja o nosso, porem, temo que os adeptos da fé cega ainda queiram interferiam bruscamente na vida dos que não crêem, a mudança que eu busco nega a fé dessas pessoas, assim sendo ajo eu exatamente como eles, essa contradição me mata, não quero interferir na escolha das pessoas, mas não preciso que suas escolhas ditem como eu devo agir.
De qualquer forma ainda é ódio que esse tipo de atitude gera em mim, deveria ser piedade pela burrice que tais pessoas demonstram, porque limitações como essa não pode ser culpa das pessoas, deve ser algum ponto do caminho que ela percorreu pela estrada diferente da minha, essa dependência de um manual que ela precisa deve ser falta de confiança em criar sozinho um mundo melhor pra se viver. Gostaria de deixar claro que tenho amigos que maravilhosos que creem na bíblia sagrada, eu mesma já li muitas passagens desta, o que assusta é gente sem argumento nenhum que justifica todo sua ignorância baseado nesse livro antigo, buscam justificar a dor de seus iguais para fingir que não podem ou deve se rebelar contra seus algozes por tratar das palavras de Deus, a escravidão foi justificada por ela, as cruzadas foram justificadas por ela, quanto mais vamos deixar que a ignorância de alguns alimente o ódio entre nós?
Não se trata de estar certo ou errado, as vezes mesmo estando certa fui eu quem pediu desculpas primeiro, pra acabar com um conflito, pra aliviar uma ambiente, pra não perder um amigo, mas nesse momento da minha vida preciso rever essas coisas que me causam gastrite, porque eu to sem saco pra relevar gente estúpida e ignorante ditando a verdade enquanto eu fico aqui parada fingindo que é só de paz que eu preciso.
Eu vi Django Livre hoje no cinema, a pergunta que um dos personagens se faz e exatamente a que eu sempre me fiz, por que diabos aquelas criaturas não se rebelaram, por que sendo mais fortes não tomaram o poder? Por que nós não nos rebelamos, mantemos a diplomacia e relevamos que riam da nossa cara todo dia porque isso faz com que eles se sintam melhores, eu to cansada de gente com uma bíblia embaixo do braço justificando a barbárie, eu to cansada de acusação de perseguição e uso pelo demônio toda vez que resolvo pensar por conta própria, eu to cansada de gente sem argumento pedindo respeito a sua fé quando não respeita a minha, quando não quer saber de onde vem o que eu acredito, quando se tranca na sua verdade e aponta o erro dos outros sem admitir que não tem idéia do que esta fazendo.
Eu tenho amigos maravilhosos, de todas as crenças, até os sem nenhuma, mas eu convivo, e me livrar disso sem dúvida vai ser uma das resoluções de ano novo, com gente que não me ouve quando eu falo, não me pergunta de onde vem o que acredito, que não esta interessado senão em apontar erros dos outros, com intenção é claro de que a mediocridade de sua vida seja aliviada pelo julgamento ignorante que faz da vida alheia, eu preciso não me importar mais com essa gente, lembrar que gente também passa na nossa vida.
Eu me torno mais uma intolerante diante a alienação desse tipo de gente, eu fico violenta, sem limites, não consigo ser civilizada quando gente do século XXI me diz que racismo é coisa de gente escandalosa, que os negros se usam dessa tática pra se beneficiar, que é algo que obviamente não existe, esse individuo na mesma conversa consegue expor sua observação social dizendo que é moda ser gay, e que em posição profissional a qual almeja jamais deixaria uma criança ser adotada por uma casal de homossexual devido aos efeitos maléficos que isso causaria na pobre criança, preferível é mesmo que está continue em um desses abrigos que servem sempre de palanque políticos ou religioso de esmola e arrecadações, gente que paga dizimo todo mês e diz que não se importa com fim dado ao seu dinheiro, pois seu pacto é com Deus, gente que não julga pastor corrupto porque essa é uma tarefa divina, mas que se importa com como é usado o órgão sexual de cada uma das pessoas do mundo, pois ela é conhecedora eximia de todas as regras que regem o universo a esse respeito.
Diante dessas coisas que me doem, machucam e tiram o sono, que posso fazer se sou minoria?
Tenho tanto medo de onde pode chegar o poder dessa gente, tenho medo do quanto ainda vão se usar de sua verdade para machucar gente inocente, tenho medo de ficar parada aqui sem fazer nada porque não é a mim que combatem, tenho horror de ver gente que sofre com essa atitude ficar calada esperando a poeira baixar. Eu grito, esperneio, choro, mas não vejo a mudança que o mundo precisa não nos vejo caminhando pra algum ponto mais tolerante, porque nem mesmo eu tolero com facilidade esse tipo gente.
Acho que não estamos maduros o suficiente para discutirmos de forma civilizada nosso ponto de vista, porque nem eu nem eles queremos fazer parte de outro grupo que não seja o nosso, porem, temo que os adeptos da fé cega ainda queiram interferiam bruscamente na vida dos que não crêem, a mudança que eu busco nega a fé dessas pessoas, assim sendo ajo eu exatamente como eles, essa contradição me mata, não quero interferir na escolha das pessoas, mas não preciso que suas escolhas ditem como eu devo agir.
De qualquer forma ainda é ódio que esse tipo de atitude gera em mim, deveria ser piedade pela burrice que tais pessoas demonstram, porque limitações como essa não pode ser culpa das pessoas, deve ser algum ponto do caminho que ela percorreu pela estrada diferente da minha, essa dependência de um manual que ela precisa deve ser falta de confiança em criar sozinho um mundo melhor pra se viver. Gostaria de deixar claro que tenho amigos que maravilhosos que creem na bíblia sagrada, eu mesma já li muitas passagens desta, o que assusta é gente sem argumento nenhum que justifica todo sua ignorância baseado nesse livro antigo, buscam justificar a dor de seus iguais para fingir que não podem ou deve se rebelar contra seus algozes por tratar das palavras de Deus, a escravidão foi justificada por ela, as cruzadas foram justificadas por ela, quanto mais vamos deixar que a ignorância de alguns alimente o ódio entre nós?
fevereiro 27, 2013
Chegou o dia do fim, esse blog teve origem na terapia depois no primeiro semestre da faculdade, devido as grandes dificuldade que eu tinha para me relacionar com as pessoas da nova vida que a universidade me trouxe. O maior objetivo dele foi o de que eu pudesse exteriorizar meus sentimentos e que controlasse meu desejo de atirar nos meus colegas, ele cumpriu seu objetivo satisfatoriamente.
O que é mais estranho nisso tudo, é que hoje, a um dia da minha formatura, tudo o que sinto é um terrível vazio que a faculdade vai deixar, eu tive muita sorte em relação a minha turma de faculdade, eu tropecei em gente maravilhosa nesse caminho, eu não encontrei a direção que eu pensava que ia encontrar, mas descobri mais coisas sobre mim do que em toda a minha vida. Acabou a faculdade e obviamente não serei eu a oradora da turma,devido a falta de jeito que sempre tive com pessoas e com as palavras, mas é preciso dizer que não consigo lembrar das coisas ruins que aconteceram.
A dor não me toca de tão longe, já as coisas boas me encantam nesse momento, a tentativa a todo custo de me afastar da pessoas durante quase cinco anos da minha vida deram muitíssimo certo, duvido que sejam muitas as pessoas que saibam sequer o tom da minha voz depois te tanto tempo que estiveram comigo, duvido que alguns deles saibam que meu pai morreu quando eu estava na quarta fase da faculdade, que minha avó adoeceu e eu não tinha com quem compartilhar a minha dor e chorava ao telefone sempre que recebia alguma noticia vinda da minha cidade, duvido que saibam que eu fiquei imensamente feliz quando recebi a noticia de que seria madrinha de uma menininha linda que fez quatro anos outro dia ou que perceberam que minha timidez me impedia de ser mais simpática com qualquer um deles, eu não os culpo, foram lindos sempre que puderam, não sabiam que eu fiz todo tipo de terapia, acupuntura, reike, yoga e até sem saber escrever nada escrevia um blog pra me tornar menos neurótica e me adequar a nova situação.
Acabou a faculdade e aprendi que pudia amar as pessoas mesmo sem que elas soubessem, que amor talvez seja energia, e que espalhada no ar faz algum bem ao universo, eu pensei muitas vezes que esse dia não chegaria, eu não sabia que era capaz de atravessar tanto o meu próprio limite, o que estou sentindo hoje vai passar bem rápido amanha, e quando chegar um novo desafio nem vou mais lembra de como me senti nesse momento, mas é preciso registrar cada emoção ou então ela se perde, desvia seu caminho e se transforma em mais uma coisa que eu não sei lidar.
Eu não sei se esse blog seguirá daqui, talvez sim, mas ele só tem razão em função do seu papel diário de classe, diário de vida e agora é hora de se despedir, quando você faz parte de alguma coisa especial você também se torna especial, é assim que me sinto hoje, especial por fazer parte desse momento, tenha um sentido também especial nisso tudo, pra que nada se perca que cinco anos de vida sejam alicerce seguro pra algo muito maior.
janeiro 20, 2013
Trauma, muda tudo. Depois de um choque, nada jamais é igual. Você se adapta à dor, mas não é mais o mesmo. Mas talvez seja bom, que as coisas mudem. Talvez elas tenham que mudar. Porque podemos ficar emperrados, como uma coisa só, uma identidade só. Mas nós não somos uma coisa só. Nós nunca somos uma coisa só. Nem para nós mesmos, nem para os outros.
janeiro 19, 2013
As vezes voce olha para o telefone, procura a lista de contatos e não encontra ninguém pra quem ligar a quem voce possa chorar, ninguém que voce realmente saiba que vai se importar, que vai mandar a policia na sua casa com medo que voce faça alguma loucura, porque você está tão dentro de si mesma, que ninguém percebe qual é o seu limite, e no fim das contas não é culpa da sociedade egoísta que nada percebe e nada ve alem de si mesma, não é culpa sua por não se permitir confiar a ninguém suas dores, frustrações traumas, não há culpa, é apenas a certeza que em algum lugar dentro de você, tudo é tão frio e tão escuro que a ninguém é permitida entrada, algum lugar que voce acessa sem querer onde há um espelho que só voce é refletido, uma figura que você não queria ter que conhecer, mas conhece, uma figura que voce não queria ter que encarar, mas que encara.
Chorar sozinho não faz sentido, é tão patético quanto reclamar dor quando não tem alguém por perto pra te ajudar, a minha existência só faz sentido quando reconhecida no outro, não existindo o outro não existo, porque não há quem afirme essa existência, a solidão não mata, o estar em so não mata, mas confunde, desestabiliza e não deixa perceber até onde vai o real, estar sozinho é não estar ou quando esta não se reconhecer, reconhecendo não admitir ser quem é.
Talvez eu já não esteja completamente aqui. Nem lá, seja onde for. Antes de viajar, fico pairando. Talvez a alma parta antes e não saiba direito aonde ir sem o corpo. Na morte deve ser parecido".
Chorar sozinho não faz sentido, é tão patético quanto reclamar dor quando não tem alguém por perto pra te ajudar, a minha existência só faz sentido quando reconhecida no outro, não existindo o outro não existo, porque não há quem afirme essa existência, a solidão não mata, o estar em so não mata, mas confunde, desestabiliza e não deixa perceber até onde vai o real, estar sozinho é não estar ou quando esta não se reconhecer, reconhecendo não admitir ser quem é.
Talvez eu já não esteja completamente aqui. Nem lá, seja onde for. Antes de viajar, fico pairando. Talvez a alma parta antes e não saiba direito aonde ir sem o corpo. Na morte deve ser parecido".
janeiro 01, 2013
Não há previsões, apenas lembranças, não sei diferenciar direito dentro de mim, estou me sentindo um tanto pesada, sem chão, mas nada é uma premonição do que virá, só um certo olhar e um clima de que ja aconteceu algo desse jeito e foi difícil.
O ano começou bem, estive feliz, com muita esperança de um novo começo, o dia tava lindo perfeito, acabamos com uma chuva sem fim, discussões e uma certa melancolia habitual, preciso amadurecer essa ideia que tenho de mim, lembro que rejeição é uma coisa recorrente, não mata, mas hoje doeu.
Não tenho ideia do irá acontecer nos próximos anos, tudo esta diferente, isso assusta muito, desestabiliza, mas não quero parar, coisas acontecem todos os dias, boas ou ruins dão dinamismo à minha vida, vou lidando com elas com as armas que tenho, sinto que estive em stand by nos últimos anos, não lembro muito precisamente do que aconteceu ou de como eu vivi cada coisa, não sei se algo concreto realmente se formou, mas disseram que acabou e tenho de seguir em frente, deixo eles decidirem pra não pensar a respeito.
Não fiz nenhum pedido, não existem resoluções de ano novo, mergulho no desconhecido ano de 2013 de olhos fechados, sem caminho, sem razão, tudo que está por vir é novo, sem expectativas, mas com muito medo, como sempre tem sido, então torço para que como a vida, o ano, encontre seu caminho por si só, encontre um sentido em si mesmo, que seja leve, seja firme e produtivo.
“Arranca metade do meu corpo, do meu coração, dos meus sonhos.
Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça.
Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum.”
Tira um pedaço de mim, qualquer coisa que me desfaça.
Me recria, porque eu não suporto mais pertencer a tudo, mas não caber em lugar algum.”
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