Eu poderia te escrever, alimentar isso da melhor forma possível, tenho os instrumentos pra te recriar, eu poderia querer isso, mas não dá mais, ha alguma coisa aqui que está diferente, que quer mais do que eu posso criar, mais do que eu posso ver, mais do que eu posso ouvir, algo aqui quer toque, eu ainda não sei o porquê, mas algo aqui não acredita em nós, no entanto, não há nada pra se querer além de nós.
Se você quebra a sequência, eu caio no mundo real, se você segue, eu não vivo, não há forma pra mim em lugar algum, contigo sou outra, fora de ti, nada.
Me visitam
abril 13, 2014
março 22, 2014
“Ninguém alcança logo de saída a frivolidade. É um privilégio e uma arte; é a busca do superficial por aqueles que, tendo descoberto a impossibilidade de toda certeza, adquiriram nojo dela; é a fuga para longe desses abismos naturalmente sem fundo que não podem levar a parte alguma.
Permanecem, entretanto, as aparências: por que não alçá-las ao nível de um estilo? Isto é o que permite definir toda época inteligente. Chega-se a encontrar mais prestígio na expressão do que na alma que a sustenta, na graça do que na intuição; a própria emoção torna-se polida. O ser entregue a si mesmo, sem nenhum preconceito de elegância, é um monstro; só encontra em si zonas obscuras, onde rondam iminentes, o terror e a negação. Saber, com toda sua vitalidade, que se morre e não poder ocultá-lo, é um ato de barbárie. Toda filosofia sincera renega os títulos da civilização, cuja função consiste em velar nossos segredos e disfarçá-los com efeitos rebuscados. Assim, a frivolidade é o antídoto mais eficaz contra o mal de ser o que se é: graças a ela, iludimos o mundo e dissimulamos a inconveniência de nossas profundidades. Sem seus artifícios, como não envergonhar-se por ter uma alma? Nossas solidões à flor da pele, que inferno para os outros! Mas é sempre para eles, e às vezes para nós mesmos que inventamos nossas aparências…”
Permanecem, entretanto, as aparências: por que não alçá-las ao nível de um estilo? Isto é o que permite definir toda época inteligente. Chega-se a encontrar mais prestígio na expressão do que na alma que a sustenta, na graça do que na intuição; a própria emoção torna-se polida. O ser entregue a si mesmo, sem nenhum preconceito de elegância, é um monstro; só encontra em si zonas obscuras, onde rondam iminentes, o terror e a negação. Saber, com toda sua vitalidade, que se morre e não poder ocultá-lo, é um ato de barbárie. Toda filosofia sincera renega os títulos da civilização, cuja função consiste em velar nossos segredos e disfarçá-los com efeitos rebuscados. Assim, a frivolidade é o antídoto mais eficaz contra o mal de ser o que se é: graças a ela, iludimos o mundo e dissimulamos a inconveniência de nossas profundidades. Sem seus artifícios, como não envergonhar-se por ter uma alma? Nossas solidões à flor da pele, que inferno para os outros! Mas é sempre para eles, e às vezes para nós mesmos que inventamos nossas aparências…”
março 15, 2014
“Acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus, ou quando sua risada se confunde com a minha.”
Você precisa desse sentimento mais do que do objeto dele, você procura estar nessa condição porque não se reconhece longe dela, você conhece a formula, a receita, o caminho, você sabe por onde ir, só não sabe se isso é mesmo real ou mais uma fantasia que alicerça seu castelo nas nuvens.
Você já escolheu a trilha sonora desse episodio, e não crê num deus que não ri, então ai determina-se qual será a moeda de troca desse jogo perigoso, músculos faciais contraídos, dentes expostos, eis a anatomia do amor pra você. Na verdade o jogo vira por muito pouco, como se o ser mitológico pousasse naquele instante e acertasse o alvo, configurando ali essa nova realidade de busca por mais sinais, mais detalhes e alimento pra que isso cresça ate ter vida própria.
O real já se perdeu no meio da estrada, mas quem se importa, quem determina alias o que é real entre todas as abstrações que esse tipo de sentimento despertam em uma pessoa? Você sabe que precisa de um estimulo vital, de um pra que toda manha, agarrar-se à uma imagem do que você gostaria que acontecesse não te torna menos honesto dos os que preferem o cinismo da verdade, saber que não se trata de fato de matéria não deixa de liberar hormônios de satisfação no seu corpo, vida real e fantasia amalgamadas homogeneamente, ninguém nota onde uma começa e a outra acaba.
Você precisa desse sentimento mais do que do objeto dele, você procura estar nessa condição porque não se reconhece longe dela, você conhece a formula, a receita, o caminho, você sabe por onde ir, só não sabe se isso é mesmo real ou mais uma fantasia que alicerça seu castelo nas nuvens.
Você já escolheu a trilha sonora desse episodio, e não crê num deus que não ri, então ai determina-se qual será a moeda de troca desse jogo perigoso, músculos faciais contraídos, dentes expostos, eis a anatomia do amor pra você. Na verdade o jogo vira por muito pouco, como se o ser mitológico pousasse naquele instante e acertasse o alvo, configurando ali essa nova realidade de busca por mais sinais, mais detalhes e alimento pra que isso cresça ate ter vida própria.
O real já se perdeu no meio da estrada, mas quem se importa, quem determina alias o que é real entre todas as abstrações que esse tipo de sentimento despertam em uma pessoa? Você sabe que precisa de um estimulo vital, de um pra que toda manha, agarrar-se à uma imagem do que você gostaria que acontecesse não te torna menos honesto dos os que preferem o cinismo da verdade, saber que não se trata de fato de matéria não deixa de liberar hormônios de satisfação no seu corpo, vida real e fantasia amalgamadas homogeneamente, ninguém nota onde uma começa e a outra acaba.
março 10, 2014
janeiro 20, 2014
"Quem quer que
haja construído um novo céu, só no seu próprio
inferno encontrou
energia para fazê-lo!"
Não trata apenas de fatos, as interpretações são fundamentais, nada do que acontece é exatamente o que todo mundo vê, a realidade pesa, ilumina a verdade desesperadora, você é só, não há mais nada o que se possa fazer.
As verdades absolutas precisam urgentemente ser tamponadas com ilusão pra valer um dia a mais, quando você sente que o corpo não pode mais resistir, quando olha no espelho e vê seu inimigo maior, quando se depara consigo mesma tentando segurar a onda, nesse instante dispara um alarme que te informa do que mesmo você é feito, frágeis ossos de vidro, um vento tudo se foi.
Um dia a dor bate sua porta, você nunca imaginou que suportaria chegar tão longe, o pior momento entre vocês é a pergunta mais pratica que poderia existir, que tipo de tesouro existe depois desse arco-iris de desolação? O que te faz mesmo dilacerado continuar? O que há na vida que pra seguir mesmo sabendo de sua condição humana fraca?
Essa relação com uma realidade dura de solidão e desamparo, pode ser seu xeque-mate na vida, ela te sobrepuja, te humilha, troça de sua fragilidade e arrogância pueril, mas quando você olha direto nos seus olhos e adivinha todo dor que é capaz de sentir sem cair, a luta passa a ser justa, porém agora você é só mais um soldado.
Quando caminhares na rua ninguém desconfiará de seu abismo interior, dirão da capa que cobre sua alma que está é você, traçarão metas para uma vida que você já venceu, você encontrará um novo jeito de ver as coisas, mas aquilo que está morto dentro de você irá feder irremediavelmente, a queda livre permanente em que vives causará náuseas sem fim, terá forças opostas te puxando para todos os lados enquanto sorris, é DOR o nome da vida.
dezembro 08, 2013
"O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa "esse lugar confuso", o Amor um dia".
As vezes eu olho para as coisas de antes e acho que tudo foi melhor lá, eu sei que não pode ser verdade, porque antes o que eu buscava era o agora. Eu fui lá atrás algumas vezes e voltei ainda mais vazia, porque além de não trazer nada eu deixei a ilusão de que em uma parte qualquer da vida estava a cura para o que sempre senti.
Não tem como saber como seriam as coisas se alguma decisão, que não poderia ser minha, tivesse sido tomada de outra forma, o que sei é que nessa busca cansativa e incessante por resposta eu acabo sempre conferindo ao passado um valor que de fato ele não teve, conferindo as escolhas dos outros uma responsabilidade sobre minha vida que na verdade não interferiram no que eu sou. O que sei é que eu sinto uma falta gigantesca de algo que não consigo nomear, e como agora está difícil olhar pra frente e buscar lá essa falta eu reviro o passado e tento colorir essa vida meio cinza que já não volta.
Talvez isso seja mesmo saudade, só que não sei muito bem o que fazer diante dela, nem tenho como lidar com isso agora, saudade é algo estranho, porque não dá pra parar de sentir quando a gente quer, não dá pra curar quando dói de verdade, ela fica ali latejando e você tem que aguentar,
talvez seja só o desejo de que as pessoas saibam, sem que você precise dizer, que elas foram importantes, que você sente muito, que você não é indiferente.
As vezes eu olho para as coisas de antes e acho que tudo foi melhor lá, eu sei que não pode ser verdade, porque antes o que eu buscava era o agora. Eu fui lá atrás algumas vezes e voltei ainda mais vazia, porque além de não trazer nada eu deixei a ilusão de que em uma parte qualquer da vida estava a cura para o que sempre senti.
Não tem como saber como seriam as coisas se alguma decisão, que não poderia ser minha, tivesse sido tomada de outra forma, o que sei é que nessa busca cansativa e incessante por resposta eu acabo sempre conferindo ao passado um valor que de fato ele não teve, conferindo as escolhas dos outros uma responsabilidade sobre minha vida que na verdade não interferiram no que eu sou. O que sei é que eu sinto uma falta gigantesca de algo que não consigo nomear, e como agora está difícil olhar pra frente e buscar lá essa falta eu reviro o passado e tento colorir essa vida meio cinza que já não volta.
Talvez isso seja mesmo saudade, só que não sei muito bem o que fazer diante dela, nem tenho como lidar com isso agora, saudade é algo estranho, porque não dá pra parar de sentir quando a gente quer, não dá pra curar quando dói de verdade, ela fica ali latejando e você tem que aguentar,
talvez seja só o desejo de que as pessoas saibam, sem que você precise dizer, que elas foram importantes, que você sente muito, que você não é indiferente.
novembro 16, 2013
Há barcos para muitos portos, mas nenhum para a vida não doer, nem há desembarque onde se esqueça. Tudo isto aconteceu há muito tempo, mas a minha mágoa é mais antiga.
Eu só queria morrer um pouquinho, não essa morte dramática, cênica e que todos vem ver pra se sentir melhor e ainda vivos, morrer por um dia dois, depois voltar e perceber o bem que é a vida, morrer e descansar,viajar no inconsciente e perceber que dentro de mim ainda há respostas que fundamentam a existência e a permanência nesse caos que se tornou o mundo desde que aqui cheguei.
Morrer simbolicamente, não dolorosamente, morrer pra essa realidade que não favorece a ninguém, porque a balburdia esta armada, e ainda que pense não encaixo naquilo que visto como meu.
Morrer é minha metáfora, minha razão, pra estar vivo é preciso que a morte não doa, não pese, não assuste, que a vida faça algum sentido, seja de alguma forma o grande significado, que o investimento seja são, sem ter que contar nos dedos o prazeres que ainda me são escassos, os desejos que me são impossíveis, os laços que não nunca se prendem.
Morrer pra esse padrão, pra essa verdade absoluta que me faz tão in, pra esse caminhar pra frente, sem toque, tem gesto, morrer pra essa morte que chega lentamente e certeira e espera outra morte real, sem ameaças e sem pedido de atenção, morrer um pouquinho pra caminhar dentro de mim e descobrir ai meu lugar seguro.
Matar o que eu sou e ser um novo, assimilando minha dor, fazendo útil a angustiante espera, tornar a angustia a propulsora do prazer, do movimento, da mudança, da produtividade. Matar as escolhas que fiz e ditaram quem eu seria, matar o eu que não quer mais ser, ser e não ser na ambivalência predominante de todo ser, matar o certo, o pensar, o ruminante pensar que se apodera do que sou e toma todas as possibilidade de agir, matar e matar porque a morte é a única porta que leva á algum lugar, criar e recriar, inventar um tempo que não passe cronologicamente e que pare no que for mais importante do que a própria vida.
Eu só queria morrer um pouquinho, não essa morte dramática, cênica e que todos vem ver pra se sentir melhor e ainda vivos, morrer por um dia dois, depois voltar e perceber o bem que é a vida, morrer e descansar,viajar no inconsciente e perceber que dentro de mim ainda há respostas que fundamentam a existência e a permanência nesse caos que se tornou o mundo desde que aqui cheguei.
Morrer simbolicamente, não dolorosamente, morrer pra essa realidade que não favorece a ninguém, porque a balburdia esta armada, e ainda que pense não encaixo naquilo que visto como meu.
Morrer é minha metáfora, minha razão, pra estar vivo é preciso que a morte não doa, não pese, não assuste, que a vida faça algum sentido, seja de alguma forma o grande significado, que o investimento seja são, sem ter que contar nos dedos o prazeres que ainda me são escassos, os desejos que me são impossíveis, os laços que não nunca se prendem.
Morrer pra esse padrão, pra essa verdade absoluta que me faz tão in, pra esse caminhar pra frente, sem toque, tem gesto, morrer pra essa morte que chega lentamente e certeira e espera outra morte real, sem ameaças e sem pedido de atenção, morrer um pouquinho pra caminhar dentro de mim e descobrir ai meu lugar seguro.
Matar o que eu sou e ser um novo, assimilando minha dor, fazendo útil a angustiante espera, tornar a angustia a propulsora do prazer, do movimento, da mudança, da produtividade. Matar as escolhas que fiz e ditaram quem eu seria, matar o eu que não quer mais ser, ser e não ser na ambivalência predominante de todo ser, matar o certo, o pensar, o ruminante pensar que se apodera do que sou e toma todas as possibilidade de agir, matar e matar porque a morte é a única porta que leva á algum lugar, criar e recriar, inventar um tempo que não passe cronologicamente e que pare no que for mais importante do que a própria vida.
outubro 31, 2013
É preciso esgotar a morte pra que eu consiga viver, eu não gosto de parecer tão triste, eu não quero que minha presença pese na vida das pessoas, não quero falar desse gosto amargo que sinto ao levantar, ninguém merece ser o muro das lamentações de alguém que tem como luta diária apenas a dificuldade de escolher a cor da roupa que ira vestir.
O sofrimento visto daqui é a coisa mais patética em mim, venci barreiras que não me sabia capaz, agora a única coisa que venço diariamente é vontade incessante de morrer sem dor. Existe um mundo de realizações que me esperam, existe uma uma boa causa pra se buscar, há quem precise mais do que um sentido pra vida, mas não me movo sem ter vontade.
A morte parece o caminho mais fácil, diante dela tudo se torna menor, o mundo hostil e confuso é uma breve passagem, os outros, caminhos sem roteiros que encontro na vida, se tornam nada, a dor de fazer parte de uma especie tão mesquinha se vai, a morte responde a tudo com alivio.
Ainda que eu saiba que é preciso viver amanha, porque eu sei que acordo com a mesma cara, digo a todos o mesmo bom dia, sigo adiante para que o futuro me alcance com resposta a dor, ainda que eu saiba que entre o desejo e o ato existe coisas que não explico, que morrer não é bem o que quero, respondo com morte a todos os impulsos de vida que pareço ter.
A morte é minha fé, minha ultima cartada, meu refugio de dor, é finitude que diminui o que parece eterno, é a irônica derrota diante do acumulo de vitórias que preciso ter pra ter alguma identidade, é um saber superior que não permite que me apegue, é o que deixo sempre pra outro dia, porque só pode existir outros dias porque ela existe, a vida se torna mais leve por causa da morte.
A morte pode dar ensejo a dois sentimentos opostos: ou fazer pensar que morrer é tornar-se o mais vulnerável dos seres, sem defesa contra o desconhecido; ou que é tornar-se invulnerável e afastado de todos os males possíveis. Em quase todos, esses dois sentimentos existem e alternam-se. Passa-se a vida temendo ou desejando a morte.
A morte pode dar ensejo a dois sentimentos opostos: ou fazer pensar que morrer é tornar-se o mais vulnerável dos seres, sem defesa contra o desconhecido; ou que é tornar-se invulnerável e afastado de todos os males possíveis. Em quase todos, esses dois sentimentos existem e alternam-se. Passa-se a vida temendo ou desejando a morte.
outubro 20, 2013
Tudo aquilo em que ponho afeto
caminho pela vida afora.
Tudo aquilo em que ponho afeto
fica mais rico e me devora.
Diante das diversas realidades encontradas nos últimos dias chego a pensar que encontrei respostas pra questões que me atormentaram por muito tempo. O amor é algo ruim, a esquiva que desenvolvi foi em decorrência do fato de saber qual é o meu limite diante da morte, o amor pra mim só pode ser dor.
Eu criei durante toda a minha vida barreiras de fantasia e ilusão que me fizeram só, mas me mantiveram viva, a minha luta foi sempre pela sobrevivência, o amor demanda muita energia, muita entrega e principalmente muita fé, não tenho forças para tanto.
Eu pergunto a mim mesma todos os dias o que me faz ser quem sou, se por um roteiro diferente minha vida seria outra, eu sofri durante muito tempo uma solidão que me estigmatizava, eu tentei me enquadrar, dar uma resposta pra isso não me faz livre da sensação de erro e falta de ajuste, mas deixa um tanto mais claro esse caminho sem mapa que faço em direção ao meu destino.
Eu pergunto a mim mesma todos os dias o que me faz ser quem sou, se por um roteiro diferente minha vida seria outra, eu sofri durante muito tempo uma solidão que me estigmatizava, eu tentei me enquadrar, dar uma resposta pra isso não me faz livre da sensação de erro e falta de ajuste, mas deixa um tanto mais claro esse caminho sem mapa que faço em direção ao meu destino.
outubro 02, 2013
Um dor física que parece prever algo ruim, uma sensação de estar presa a esse corpo, aquele velho desencaixe agora é também interno. Meu corpo dói, não há mais prazer em nada, não tem luz na fim do túnel, só essa vontade de não fazer parte de mais nada, o que vejo em volta é um vazio, mas a dor física agora grita mais alto do que qualquer desilusão com o mundo.
A velha sensação de depressão pós-coito, o mundo gira mais lentamente, ninguém nota o desequilíbrio com que vagueio, tudo é apatia, tudo é insalubre, não quero nada e faço muita força pra alcançar meu objetivo. Não há o que querer, mas ficar pra trás é uma derrota, meu corpo dói, preciso dormir, mas não quero sonhar, o mundo dos meus sonhos é pior que realidade, é la que me encontro comigo mesma, não é saudável o que vejo.
É muita lamentação pra um destino tão pequeno, é muito abismo pra pouco peso, tudo parece tão escuro e frio como sempre, a distancia é cada vez maior, já não vejo mais ninguém.
Não são os males violentos que nos marcam, mas os males surdos, insistentes, toleráveis - aqueles que fazem parte de nossa rotina e nos minam meticulosamente, como o tempo.
A velha sensação de depressão pós-coito, o mundo gira mais lentamente, ninguém nota o desequilíbrio com que vagueio, tudo é apatia, tudo é insalubre, não quero nada e faço muita força pra alcançar meu objetivo. Não há o que querer, mas ficar pra trás é uma derrota, meu corpo dói, preciso dormir, mas não quero sonhar, o mundo dos meus sonhos é pior que realidade, é la que me encontro comigo mesma, não é saudável o que vejo.
É muita lamentação pra um destino tão pequeno, é muito abismo pra pouco peso, tudo parece tão escuro e frio como sempre, a distancia é cada vez maior, já não vejo mais ninguém.
Não são os males violentos que nos marcam, mas os males surdos, insistentes, toleráveis - aqueles que fazem parte de nossa rotina e nos minam meticulosamente, como o tempo.
setembro 11, 2013
“Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida…
Sou isso, enfim…
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.”
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida…
Sou isso, enfim…
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.”
agosto 19, 2013
A
loucura bateu a porta de casa, todas foram prontamente abrir, entrou devastou o
que ainda restava de pé.
A loucura varreu os meus dias mais
doces, me mostrou quanto pesa o viver.
A loucura arrastou com ela os
esforços pra me manter entre os outros, ditou sua regra.
A loucura não ouve ninguém, por mais
que se diga, a verdade não existe na sua presença.
A loucura testa os nervos e as regras
sociais, é dona de si, é dona do mundo.
A loucura violenta derruba as portas
e pula das janelas do último andar.
A loucura pensa que é gênio, que é
arte, mas não enxerga a destruição que produz, ela só pode ser dor.
A loucura bateu minha porta, estava inteira e desviou sua
fúria de mim
julho 29, 2013
Só me toque quando eu mandar
Ok, se temos mesmo que tratar desse assunto deixe eu explique melhor meu ponto de vista.
Não se trata unicamente de de aversão, é antes de qualquer coisa uma falta de habilidade incrível para tanto, o que existe antes de tudo no campo dos sentimentos é a sensação de violação da intimidade, uma certa inadequação para que haja troca, quesito básico nesse assunto. É claro há desejo, que a evitação vai muito além da insegurança com o corpo, o que assusta é o outro, o mistério que ronda cada um, a incapacidade do contato, o medo da dependência e rejeição que sempre parece tão certa.
As questões são sempre as mesmas, o que tem de desejável em alguém, que não seja exatamente igual ao que há no outro? O que tem pra amar em quem em alguém que nunca amou?
Racionalizar tudo isso torna a coisa mais sacra, mais santa, a ciência é a nova religião, ela nos livra do outro, o torna menor, nos coloca acima dos animais que se entregam à seus instintos, a razão nega a pele, nega o toque, controla a vida. A razão cura a demência, mantém a ordem, exorciza os demônios, é Deus.
A verdade liberta, mas fere, endurece, nem sempre cura, a verdade é super valorizada, seria mais leve sem essa busca por uma verdade por tras de tudo, mas agora já não tem como negar a que a ternura se foi. Não procuro provar que estou certa, quero apenas que minha atitude não seja interpretada como arrogância, descuido, quero apenas que não seja eu a causadora de alguma mal àqueles que ainda acreditam, quero voltar para casa sem deixar feridas em alguém, mesmo que o preço disso seja
não deixar nenhuma marca no mundo.
"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."
Não se trata unicamente de de aversão, é antes de qualquer coisa uma falta de habilidade incrível para tanto, o que existe antes de tudo no campo dos sentimentos é a sensação de violação da intimidade, uma certa inadequação para que haja troca, quesito básico nesse assunto. É claro há desejo, que a evitação vai muito além da insegurança com o corpo, o que assusta é o outro, o mistério que ronda cada um, a incapacidade do contato, o medo da dependência e rejeição que sempre parece tão certa.
As questões são sempre as mesmas, o que tem de desejável em alguém, que não seja exatamente igual ao que há no outro? O que tem pra amar em quem em alguém que nunca amou?
Racionalizar tudo isso torna a coisa mais sacra, mais santa, a ciência é a nova religião, ela nos livra do outro, o torna menor, nos coloca acima dos animais que se entregam à seus instintos, a razão nega a pele, nega o toque, controla a vida. A razão cura a demência, mantém a ordem, exorciza os demônios, é Deus.
A verdade liberta, mas fere, endurece, nem sempre cura, a verdade é super valorizada, seria mais leve sem essa busca por uma verdade por tras de tudo, mas agora já não tem como negar a que a ternura se foi. Não procuro provar que estou certa, quero apenas que minha atitude não seja interpretada como arrogância, descuido, quero apenas que não seja eu a causadora de alguma mal àqueles que ainda acreditam, quero voltar para casa sem deixar feridas em alguém, mesmo que o preço disso seja
não deixar nenhuma marca no mundo.
"Sou demasiado orgulhoso para acreditar que um homem me ame: seria supor que ele sabe quem sou eu. Também não acredito que possa amar alguém: pressuporia que eu achasse um homem da minha condição."
julho 15, 2013
“Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar.Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.”
É incrivel como o Caio vai e vem na minha vida, ele parece tão adolescente as vezes, não se enquadra mais com a minha idade, mas tem dias que ele sabe dizer exatamente o que acontece, Leminsk disse que é a poesia ou a prosa nesse caso é feita pra suprir a necessidade do poeta, mas poeta também é o receptor da poesia, então é disso que vivemos os que escrevem e os que leem, de poesia.
É incrivel como o Caio vai e vem na minha vida, ele parece tão adolescente as vezes, não se enquadra mais com a minha idade, mas tem dias que ele sabe dizer exatamente o que acontece, Leminsk disse que é a poesia ou a prosa nesse caso é feita pra suprir a necessidade do poeta, mas poeta também é o receptor da poesia, então é disso que vivemos os que escrevem e os que leem, de poesia.
julho 11, 2013
Pensei em te ligar hoje, pra dizer o que voce esta cansado de saber, as coisas se esvaziam de vez
em quando, fico muito aflita com essa falta de habilidade de lidar com a minha vida, fico angustiada
de ter que falar com alguém sobre isso quando ninguém consegue realmente chegar mais perto sem
que eu pire.
Eu penso em te ligar, mas logo em seguida vem aquele freio que não permite que eu peça ajuda a
ninguém, sou racional o suficiente pra saber que o que preciso realmente é de atenção
quando me sinto invisível, preciso criar problemas pra me certificar que existo realmente, a única
forma de existir e ser reconhecido pelo outro, se o outro não te procura voce inventa um história e
ele te enxerga de alguma forma.
Eu penso em ligar quando to decida a ir embora, mas se eu te ligasse e voce pedisse pra eu ficar
seria pelo motivo errado, se eu te ligasse e voce me mostrasse que eu quero ficar eu acharia que
voce esta só dizendo o obvio quando na verdade eu to mesmo é cansada, não quero que ninguém
me diga nada, só que alguém queira olhar pro meu abismo sem ter medo, é um buraco negro que
pode esta meio cheio ou meio vazio, a escolha é sua.
As pessoas me cansam, me machucam suas atitudes, queria me manter quentinha, protegida, como
quando ainda habitava o útero da minha mãe, as vezes me pergunto por que diabos foram me tirar
de lá, minha caixinha de proteção, o mundo é vasto, aberto e frio, posso ser engolida por sua
grandeza, estar exposto doi.
Quando finjo que não quero machucar ninguém na verdade estou tentando proteger a mim mesma, quando digo que não gosto de ninguém por perto, quero me manter longe da possibilidade de que não me queiram. Eu não sei mais o que é real em mim, eu nem sei onde estou quando estou contigo, o papel que eu interpretei por muito tempo é tudo que restou do que eu realmente sou, a confusão é tamanha que quando as luzes se apagam e as cortinas fecham não tenho mais pra onde ir.
Não vejo outra caminho, ou eu aceito o teatro da minha vida e represento até o fim essa peça louca ou eu assumo que não sei nem por onde começar a escrever minha própria história, você não pode ser responsável pelo roteiro, o cenário é desolador o final eu ja sei qual é.
A primeira diligência do espírito é a de distinguir o que é verdadeiro do que é falso. No entanto, logo que o pensamento reflete sobre si próprio, o que primeiro descobre é uma contradição.
em quando, fico muito aflita com essa falta de habilidade de lidar com a minha vida, fico angustiada
de ter que falar com alguém sobre isso quando ninguém consegue realmente chegar mais perto sem
que eu pire.
Eu penso em te ligar, mas logo em seguida vem aquele freio que não permite que eu peça ajuda a
ninguém, sou racional o suficiente pra saber que o que preciso realmente é de atenção
quando me sinto invisível, preciso criar problemas pra me certificar que existo realmente, a única
forma de existir e ser reconhecido pelo outro, se o outro não te procura voce inventa um história e
ele te enxerga de alguma forma.
Eu penso em ligar quando to decida a ir embora, mas se eu te ligasse e voce pedisse pra eu ficar
seria pelo motivo errado, se eu te ligasse e voce me mostrasse que eu quero ficar eu acharia que
voce esta só dizendo o obvio quando na verdade eu to mesmo é cansada, não quero que ninguém
me diga nada, só que alguém queira olhar pro meu abismo sem ter medo, é um buraco negro que
pode esta meio cheio ou meio vazio, a escolha é sua.
As pessoas me cansam, me machucam suas atitudes, queria me manter quentinha, protegida, como
quando ainda habitava o útero da minha mãe, as vezes me pergunto por que diabos foram me tirar
de lá, minha caixinha de proteção, o mundo é vasto, aberto e frio, posso ser engolida por sua
grandeza, estar exposto doi.
Quando finjo que não quero machucar ninguém na verdade estou tentando proteger a mim mesma, quando digo que não gosto de ninguém por perto, quero me manter longe da possibilidade de que não me queiram. Eu não sei mais o que é real em mim, eu nem sei onde estou quando estou contigo, o papel que eu interpretei por muito tempo é tudo que restou do que eu realmente sou, a confusão é tamanha que quando as luzes se apagam e as cortinas fecham não tenho mais pra onde ir.
Não vejo outra caminho, ou eu aceito o teatro da minha vida e represento até o fim essa peça louca ou eu assumo que não sei nem por onde começar a escrever minha própria história, você não pode ser responsável pelo roteiro, o cenário é desolador o final eu ja sei qual é.
A primeira diligência do espírito é a de distinguir o que é verdadeiro do que é falso. No entanto, logo que o pensamento reflete sobre si próprio, o que primeiro descobre é uma contradição.
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